top of page
Logotipo | e-auto

BYD Tang Flagship

O Tang ocupa um lugar especial na gama da BYD, sendo o responsável pela entrada da marca chinesa na Europa. Alvo de uma renovação profunda que lhe trouxe, por exemplo, uma nova bateria de maior capacidade, o Tang quer reforçar a sua posição no segmento dos SUV elétricos com 7 lugares.


BYD Tang Flagship

Lançado originalmente em Portugal em maio de 2023, o BYD Tang chegou ao mercado numa altura em que a oferta de modelos 100% elétricos de sete lugares era escassa, contexto que, entretanto, ganhou uma nova dinâmica com a chegada de modelos como o Peugeot E-5008 e o Tesla Model Y com três filas de bancos. Não é por isso de estranhar que a BYD tenha implementado uma abrangente modernização ao seu grande SUV, quer ao nível da condução, quer igualmente ao nível dos conteúdos tecnológicos que o equipam.


Exteriormente, o Tang incorpora agora a mais recente linguagem de design da BYD, aproximando-o visualmente dos restantes modelos da gama. A frente conta com novos faróis full LED e a já habitual lâmina prateada da BYD, elementos que, em conjunto com um novo para-choques, renovam por completo a identidade frontal do Tang. Novas são também as jantes de liga leve de 21 polegadas, com um design mais aerodinâmico, bem como os farolins traseiros com efeito tridimensional.


BYD Tang Flagship

A bordo, e em linha com o seu posicionamento “premium acessível”, há que destacar, desde logo, a sensação de qualidade elevada que se faz sentir. Uma seleção de materiais de qualidade combinada com acabamentos bastante convincentes faz do habitáculo do Tang um excelente sítio para se estar e viajar. Ao nível da, atualmente “obrigatória”, digitalização, o maior dos modelos da BYD foi reforçado com um novo sistema de infotainment com ecrã rotativo de 15,6 polegadas, com boa definição e tempo de resposta reduzido, o qual permite uma experiência mais personalizada e intuitiva. Neste aspeto, nota positiva para o assistente de voz, através do qual é possível controlar, por exemplo, o ar condicionado, os modos de condução ou os vidros elétricos. Novo é também o head-up display, um sistema mais evoluído do que o já disponível noutros modelos da gama. O elevado conforto a bordo é ainda complementado por elementos como os bancos dianteiros aquecidos e ventilados, o enorme teto panorâmico, o controlo independente da temperatura na segunda fila de lugares, bem como pelo poderoso sistema de som da Dynaudio.


BYD Tang Flagship

Em termos de habitabilidade, é importante destacar, desde logo, a fácil acessibilidade proporcionada pelas grandes portas traseiras. A regulação longitudinal da segunda fila permite “jogar” com os centímetros livres para as pernas ou com o espaço disponível lá mais atrás, garantindo versatilidade e adaptabilidade às necessidades de transporte de mais passageiros ou de bagagens. Na posição mais recuada do assento, o espaço na segunda fila é muito amplo, sendo ainda possível reclinar o encosto para maior conforto nas longas viagens.



Para os dias em que cinco lugares não chegam, o par de bancos adicional é facilmente elevado a partir do piso da bagageira, sendo apenas necessário retirar a chapeleira de rolo e guardá-la fora do Tang, uma vez que não existe na restante bagageira um local específico para o fazer. O acesso aos dois pequenos lugares traseiros é feito de forma relativamente fácil, com o banco da segunda fila a reclinar-se para a frente e a garantir uma abertura que, embora não exija um grande esforço, talvez seja mais aconselhável a pessoas de estatura mais pequena ou a crianças. Com os devidos ajustes feitos à segunda fila, sem comprometer exageradamente o conforto de quem ali estiver sentado, é possível viajar com folga suficiente lá mais atrás. Os joelhos vão, como é hábito, muito elevados, mas o espaço disponível até surpreende pela positiva considerando o que é usual encontrar no segmento. Os passageiros da terceira fila contam ainda com saídas de ar, luzes de cortesia, suporte para copos e altifalantes dedicados. Já a capacidade da bagageira, do piso ao tejadilho, varia entre os 235 litros disponíveis na configuração de sete lugares e os 1.655 litros com as duas filas traseiras rebatidas. Com lotação para cinco passageiros, o volume útil é de 940 litros.



Os quase cinco metros de comprimento do grande SUV familiar da BYD escondem, no entanto, uma configuração elétrica de números impressionantes, dignos de desportivo. A combinação de uma máquina elétrica por cada eixo proporciona uma potência máxima de 380 kW – 517 cv – e um binário total de 700 Nm, um incremento de 20 Nm relativamente à geração de produto anterior. Não é por isso de estranhar que, embora declare uma tara de 2.630 kg, o Tang consiga acelerar de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos, só parando de ganhar velocidade ao atingir os 190 km/h. A já conhecida Blade Battery da BYD foi também alvo de melhorias, continuando a apostar numa composição química LFP, lítio-ferro-fosfato, mas dispondo agora de 108,8 kWh de capacidade em vez de 86,4 kWh. A autonomia declarada passou, assim, dos 400 quilómetros para uns bem mais expressivos 530 quilómetros segundo o ciclo WLTP combinado, valor teórico que, neste teste, quase conseguimos atingir com um consumo médio final de 21 kWh/100 km. A potência máxima de carregamento DC suportada pelo novo Tang é de 170 kW, estando igualmente equipado com um carregador de bordo AC de 11 kW.


BYD Tang Flagship

Ao volante, a experiência é dominada pela imediata sensação de conforto, a qual é, em grande parte, explicada pelo controlo de amortecimento inteligente DiSus-C, cujo funcionamento varia de acordo, por exemplo, com o modo de condução selecionado, o ângulo de direção, a posição do pedal do acelerador e a velocidade.


A suspensão consegue, quase sempre, manter bem controlados os movimentos excessivos da carroçaria, algo que, com um peso total superior a 2,6 toneladas, não é tarefa fácil.

O desconforto que daí poderia resultar é eficazmente compensado, conferindo ao Tang excelentes capacidades enquanto rolador, algo que as grandes famílias irão, certamente, apreciar. Selecionando-se o modo de condução mais desportivo – entre os quatro disponíveis: Sport, Normal, Eco e Snow - o amortecimento torna-se mais firme, permitindo uma condução mais ágil. Com praticamente 1,75 metros de altura, o Tang não é, nem pretende ser, uma referência dinâmica. Mas o bom trabalho da suspensão, a colocação baixa da grande bateria e a muita capacidade e adaptabilidade da tração integral inteligente, potenciada pela eficaz “borracha” Michelin Pilot Sport 4 de medida 265/45, deixaram impressões positivas.


BYD Tang Flagship

O Tang está, sem quaisquer dúvidas, melhor. A oferta tecnológica foi amplamente reforçada e, tão ou mais importante num veículo familiar que será, garantidamente, utilizado para as longas viagens nas férias, a bateria é agora maior e suficiente para mais de 500 quilómetros de autonomia, suportando ainda uma potência superior de carregamento que, no posto certo, permitirá repor o nível de carga pretendido mais rapidamente. Não é por isso de estranhar que, apesar de reconhecer a especificidade da sua proposta, e de reconhecer que a concorrência é agora maior, a BYD tenha estabelecido o objetivo de incrementar as vendas anuais do Tang em cerca de 50%, apontando-o, por exemplo, às empresas, com um preço final de 61.057 euros, antes de impostos.


BYD Tang Flagship


Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page