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Carros pequenos e baratos na UE!

Atualizado: há 12 minutos

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apoia a iniciativa para o desenvolvimento e a produção de “Automóveis Pequenos e Acessíveis na Europa”, inspirando-se, talvez, no exemplo dos “kei cars” do Japão. Esta sexta-feira, reunião importante com os representantes da indústria.


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A presidente da Comissão Europeia (CE), a alemã Ursula von der Leyen, durante o debate do Estado da União, no Parlamento Europeu (PE), em Estrasburgo, França, manifestou, indiretamente, apoio à proposta de Stellantis e Renault para a criação de categoria nova de automóveis (“acessíveis e pequenos”, disse), que não trave a mudança de paradigma do motor térmico para o elétrico, mas represente barreira à ambição de domínio do mercado das marcas chinesas. Esta sexta-feira, a alemã discute o tema com os representantes da indústria…

 

Ursula von der Leyen, reconhecendo a necessidade de proteger indústria que vale muitos milhões de empregos na Europa, não admitiu “marcha atrás” nas políticas que expõem as vulnerabilidades de indústria confrontada com regulamentos cada mais restritivos, abrandamento na procura de automóveis elétricos e crescimento da concorrência das marcas chinesas, que não desistiram da conquista da região, mesmo com o aumento das barreiras à importação (agravamento de tarifas).


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As marcas chinesas estão a ganhar, rapidamente, quotas de mercado importantes no mercado europeu, aproveitando o facto de contarem com automóveis elétricos e eletrificados com preços muito competitivos, sobretudo na comparação com os rivais europeus. Para a alemã, a UE, sem abandonar a tecnologia que impõe como obrigatória a partir de 2035, precisa de reagir depressa para “construir os carros do futuro. Deveríamos investir em viaturas mais pequenas e acessíveis”, reconheceu, anunciando iniciativa que não dissecou. “E temos de fazê-lo tanto para a UE como para responder ao aumento global da procura”, concluiu.

 

A presidente da CE, no PE, anunciou plano para trabalhar com os construtores em programa novo para o desenvolvimento e a produção, dentro das fronteiras da UE, de carros mais pequenos e, sobretudo, acessíveis. “Milhões de europeus esperam por esses automóveis e a China não pode ganhar este mercado”, exclamou Ursula von der Leyen. O tema está na agenda da reunião desta sexta-feira entre membros da equipa comandada pela alemã e os representantes da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), a terceira ronda de “diálogo estratégico” sobre o futuro da indústria no Velho Continente. Também em discussão, as emissões de CO2 e os apoios às compras de baterias e semicondutores.


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O consórcio Stellantis, em comunicado, disse-se muito satisfeito com a iniciativa. De acordo com o segundo maior fabricante europeu, “automóveis mais pequenos e acessíveis significam ar mais limpo, estradas mais seguras, aumento importante da produção industrial e descarbonização mais rápida”. E a empresa recordou que o segmento (quase) desapareceu do mercado. “Em 2019, existiam 49 modelo com preços inferiores a 15.000 € e que representavam um milhão de unidades por ano. Em 2025, há apenas um! Isto significou uma redução na produção para menos de 100.000 unidades e, consequentemente, o envelhecimento da frota em circulação nas estradas europeias”, lê-se no mesmo documento.

 

E a Stellantis, que propõe pacote de medidas para a recuperação do setor, explica a razão por detrás da situação: “A regulamentação excessiva aumentou os custos, tornando quase impossível produzir estes carros de uma forma rentável”. O Dacia Spring é comercializado por menos de 15.000 € nalguns mercados da UE (16.900 € em Portugal), mas a marca romena do Grupo Renault fabrica-o na… China.

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