Altamente concorrencial, o mercado chinês tem mais uma marca de veículos elétricos em sérias dificuldades financeiras, neste caso a HiPhi, cuja proprietária, a Human Horizons Group, pediu uma reestruturação financeira
A startup chinesa HiPhi, cuja aposta está no mercado de automóveis premium, pode ser a mais recente vítima do concorrido mercado chinês. A companhia “mãe”, a Human Horizons Group, efetuou um pedido de reestruturação financeira para evitar a falência, assumindo que não consegue pagar aos seus fornecedores na China.
O pedido de reestruturação foi entregue num tribunal de Yancheng, indicando que os seus bens já não cobriam as dívidas a fornecedores, pelo que poderia entrar em falência brevemente, de acordo com um documento publicado pelo próprio tribunal a 9 de agosto.
Perante estes factos, aquele tribunal entendeu que a Human Horizons Group cumpre com os requisitos para uma reestruturação financeira, sendo-lhe selecionado um administrador para controlar o processo por um período de seis meses, havendo a possibilidade de se estender por mais três meses.
A resolução mais drástica passará pelo encerramento de portas desta companhia, cuja fundação data de 2019, momento em que se assistiu a um “boom” de startups chinesas com vista à produção de veículos elétricos, visando, sobretudo, a expansão para o mercado europeu, no qual os construtores tradicionais tinham ainda uma presença diminuta.
Com o aumento de rivais na Europa, mas sobretudo na China – a HiPhi vendeu cerca de 8000 unidades localmente, em 2023 –, cresceram também as dificuldades de implantação da marca, que parou de produzir veículos em fevereiro deste ano.
Ao mesmo tempo, a Human Horizons Group procurou também encontrar investidores dispostos a salvar a marca, algo que também caiu por terra com este pedido entregue em tribunal. O iAuto Group chegou a ser bastante falado como potencial investidor, mas o negócio nunca chegou a ser concretizado.
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