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Chineses movem mercado europeu

Os números ainda são preliminares, mas a DataForce, especialista em análises do mercado automóvel, antecipa crescimento de 11% nas vendas de carros novos na Europa em setembro, comparativamente ao mesmo mês de 2024. Este progresso, diz-se, explica-se, sobretudo, com o progresso da procura dos híbridos Plug-In das marcas chinesas, fabricantes que conseguiram, combinados, uma quota-recorde de 7,4%! Tesla, com o Model Y, teve o modelo mais bem-sucedido na região.


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Os registos de carros novos na Europa aumentaram 11% em setembro, no frente a frente com o mesmo mês do ano passado, de acordo com números provisórios da DataForce, consultora alemã especializada em análises do mercado automóvel. O estudo confirma o abrandamento no ritmo de crescimento da procura de elétricos e, ainda, o crescimento das marcas chinesas na região, alavancado por BYD e MG – comparativamente a setembro de 2024, progrediram 149% (!), conseguindo uma quota-recorde de 7,4%. No mesmo período, os fabricantes europeus “aceleraram” 9,7%, os sul-coreanos ganharam 2% e os japoneses mantiveram-se estáveis, sem avanços ou recuos dignos de registo!

 

No acumulado de 2025, e também de acordo com a DataForce, o crescimento nas vendas não excede os 1,5%. Em setembro, dissecando os números da consultora, e focando-nos só nas propostas alternativas às mecânicas de combustão interna, mais 22% nas vendas de carros elétricos, 63% nas de híbridos Plug-In, 16% nas de híbridos. As marcas chinesas, que passaram a propor mais automóveis equipados com motorizações térmicas apoiadas por motores elétricos e sistemas de recarga externa das baterias (PHEV) depois da União Europeia (EU) impor o pagamento de taxas aduaneiras maiores aos carros elétricos “made in” China.


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BYD à frente da FIAT, mas (ainda?) atrás da MG 

Por isso, e durante o mesmo período, quatro PHEV de marcas chinesas entre os 10 híbridos Plug-In mais vendidos no mercado europeu, com BYD Seal U no comando da tabela! E este fabricante especializado em carros com Energias Novas (NEV) foi mesmo o protagonista do maior crescimento de vendas de automóveis na Europa, comparativamente a setembro do ano passado, com um aumento impressionante de 444% (!), para 24.336 automóveis. Este número posicionou-o em 20.º na tabela da região, imediatamente à frente da FIAT.

 

Há, no entanto, marca chinesa ainda mais bem classificada no “ranking” do que a BYD. Trata-se da MG, fabricante com raízes em Inglaterra sob propriedade da SAIC desde 2006, que registou um aumento de 77%, com 33.536 automóveis registados em setembro, número que garantiu a 15.ª posição na tabela, à frente de empresas como Volvo, Nissan, Citroën ou Cupra! Leapmotor (3338 unidades “contra” 42 em 2024), Chery (1690 “contra 0) e Jaecoo e Omoda, também da Chery (9461 e 7302, respetivamente), registaram crescimentos ainda mais expressivos tanto de carros vendidos, como percentualmente.



Alfa Romeo e Citroën em alta, Land Rover e Tesla em baixa 

Entre as marcas europeias, em setembro, referência especial para o desempenho comercial da Alfa Romeo (+74%, para 5712 carros), resultado que deve ao êxito do Junior, e para os progressos da Cupra (+45%) e da Citroën (+27%). O fabricante do consórcio Stellantis registou atrasos na produção das gerações novas dos C3 e C3 Aircross, mas o problema, aparentemente, encontra-se resolvido, antecipando-se, por isso, mais crescimento(s) nos próximos meses.

 

Em contrapartida, Land Rover (-25%), Tesla (-12%) e Suzuki (-10%) protagonizaram as quebras mais significativas. Ressalve-se, todavia, o regresso ao topo dos norte-americanos, depois da quebra de 29% acumulada entre janeiro e agosto, no frente a frente com os primeiros oito meses de 2024 – o Model Y foi o carro mais vendido na Europa em setembro, mesmo registando redução de 8,6% na procura, ainda na comparação com o mesmo mês do ano passado, com 25.938 unidades entregues a clientes (em julho, o Sport Utility Vehicle foi apenas 60.º na tabela e, em agosto, classificou-se em 17.º).


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Durante o terceiro trimestre do ano, comparativamente ao mesmo período do ano passado, os lucros da Tesla diminuíram 1,39 mil milhões de dólares, o equivalente a 1,95 mil milhões de euros, mesmo registando-se um aumento de 12% na receita e, sobretudo, um número recorde de automóveis novos (497.099), devido à corrida protagonizada pelos clientes dos EUA aos créditos fiscais concedidos para apoio à compra de carros elétricos.

 

Elon Musk, patrão do construtor, prometeu progressos nos números da Tesla, mas só depois do arranque da produção de automóveis 100% autónomos. A tecnologia Full Self-Driving encontra-se já na fase final do processo de desenvolvimento e, se o programa de ação for cumprido, encontrar-se-á montada em todos os CyberCab da marca norte-americana até ao final do ano. Atualmente, os derivados do Model Y disponíveis em frotas nos EUA, por medida de segurança, ainda têm condutores.


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O Renault Clio (-1,6%, 20.146 unidades), carro que tem geração nova na rampa de lançamento, a sexta desde 1990, e o Dacia Sandero (+3,2%, 19.200) completaram o “top-3”. Nas posições seguintes, três Volkswagen: o T-Roc “made in” Autoeuropa de Palmela, modelo que também tem será substituído por carro novo muito, muito brevemente, o Golf e o Tiguan. No acumulado do ano, de acordo com a DataForce, Sandero primeiro (185.947), Clio segundo (170.256) e T-Roc terceiro (160.730).

 

Renault, Stellantis e Geely registam progressos 

Por construtores, o Grupo Renault foi o consórcio que registou aumentou maior de volumes de vendas (15%), com 113.594 carros em setembro, devido ao contributo muito positivo da Dacia. A Stellantis progrediu 13%, aproveitando os crescimentos de Citroën, FIAT e Opel. Finalmente, a Geely, proprietária de Volvo & Cia., também cresceu acima da média do mercado, ao contrário do que aconteceu com o Grupo Volkswagem, a BMW, a Nissan, a Mercedes-Benz, a Toyota e a Hyundai-Kia.

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