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Citroën 2CV novo só em… espírito?!

O “renascimento” do Citroën 2CV, mesmo se numa reinterpretação moderna do ícone que a marca do “double chevron” produziu de 1948 a 1990 (fê-lo até em Portugal, na fábrica de Mangualde, de 1988 a 1990), pode mesmo concretizar-se, mas não de forma semelhante ao que fizeram Fiat, Mini, e Renault, por exemplo. Isto é, confirmando-se a “luz verde”, o carro não terá desenho reminiscente do original. De acordo com Xavier Chardon, o diretor do fabricante francês do consórcio Stellantis, o investimento na “mobilidade acessível”, a razão por detrás do desenvolvimento da lenda, é bem mais importante do que a apresentação exterior ou o formato da carroçaria.


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O sucesso de automóveis revivalistas como o Fiat 500 e o Renault 5 demonstra que esta “fórmula” é atrativa apetecíveis para número significativo de clientes, mas a Citroën não parece disposta a trazer de volta o 2CV, nem mesmo adaptado aos tempos modernos. O antecessor de Chardon no comando da marca, Thierry Koskas, admitiu essa possibilidade, mas o número um novo, no cargo desde maio de 2025, considera que é mais importante o espírito do 2CV e não reinterpretar o “design” do original.

 

“O 2CV é um símbolo da Citroën, mas temos de perceber as razões por detrás do estatuto. A história do carro começou ainda antes da II Guerra Mundial. À época, a marca era propriedade da Michelin, que pretendia desenvolver um automóvel que garantisse a venda de mais pneus. Depois do conflito, o objetivo e o propósito do modelo mudaram, a democratização da mobilidade individual tornou-se muito mais importante”, recordou Chardon em encontro com a Imprensa que teve a participação de E-AUTO. “A filosofia original é a parte mais relevante do legado do 2CV”, explicou.


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A possibilidade de “recuperar” o 2CV ganhou mais força com a possível criação de categoria nova de carros elétricos acessíveis na Europa. “Há espaço para esse tipo de interpretação, para encontrar proposta de mobilidade individual sustentável e acessível. A filosofia do 2CV pode inspirar-nos na forma como projetamos o nosso futuro”, concluiu.

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