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Citroën C3 Aircross Híbrido 145 Plus

O Citroën C3 Aircross, na geração nova, mesma mantendo a ousadia que caracterizava o antecessor, ganhou maturidade em muitos domínios. Não é maior apenas nas dimensões e no espaço que encontramos no interior. Também muda de formato, passando a apresentar-se como Sport Utility Vehicle (SUV) de “corpo inteiro”. A eletrificação, que ganhou a condição de obrigatória, está presente na motorização, que tem 145 cv e tecnologia “mild-hybrid”.


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A Citroën é uma das marcas que mais tem beneficiado com o aumento da popularidade dos SUV no segmento B, no mercado europeu, com o C3 Aircross a posicionar-se como um dos automóveis de eleição dos condutores que procuram carro que tenha imagem “fora da caixa” e, sobretudo, conforto, simplicidade de condução e soluções práticas.

 

Esses argumentos voltam a ser utilizados pela marca francesa na geração mais recente do C3 Aircross que, tal como o C3, adota visual mais musculado com inspiração no protótipo Oli, ou seja, linhas mais direitas, grupos óticos com assinaturas luminosas de três segmentos, logótipo redesenhado e para-choques volumoso na dianteira. A pose aventureira é assegurada pelas proteções inferiores da carroçaria e pela distância ao solo de 200 mm.


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A plataforma Smart Car (partilhada com modelos como o Opel Frontera) permitiu ao C3 Aircross ficar mais funcional, verificando-se aumento importante nas dimensões face ao modelo precedente, aproximando-se mesmo do segmento acima: cresce 235 mm, para 4,39 m, enquanto a distância entre eixos passou de 2,60 m para 2,67 m, com benefícios enormes para a habitabilidade.


Versão de sete lugares disponível

Assim, pode contar com versão de sete lugares (sem alterar o comprimento), embora a unidade testada, de cinco lugares, ofereça outras vantagens, nomeadamente no espaço da segunda fila, cujo banco surge recuado em 65 mm face à variante de sete lugares. Desta forma, apresenta conforto inatacável para dois adultos, havendo muito espaço para as pernas e em altura, numa evolução notória por parte da gama, agora apta para famílias mais pequenas. Tanto mais que a bagageira foi ampliada e, nesta versão, chega aos 460 litros de capacidade, podendo rebater-se os encostos dos bancos posteriores, na proporção 40/60, de forma a conseguir-se compartimento com 1600 litros, valor impressionante para SUV com dimensões tão compactas.


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Interior despretensioso 

Avaliando o interior do C3 Aircross, observa-se predominância de plásticos duros, ainda que de aparência robusta, havendo apenas escassos revestimentos em tecido nos painéis das portas (no encosto de braço) e no painel de bordo. Todos os painéis têm apresentação robusta e montagem cuidada, mas fica a sensação de um interior modesto na conceção e votado à simplicidade.


Tecnologicamente, “herda” do C3 o painel de instrumentos elevado de fácil leitura, com nível básico de informações (e parca personalização), ao passo que o ecrã central tátil de 10,25‘’ flutuante conta com sistema multimédia que também é simples na aparência e nas funções, embora conte com ligação sem fios para equipamentos Android Auto e Apple CarPlay.


Nota positiva para os comandos físicos do ar condicionado e os apontamentos coloridos em bronze. Outros itens mereciam tratamento melhor, como os terminais do desembaciador do óculo à vista...


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Sempre o conforto 

Característica da qual a Citroën não abdica é a do conforto e o C3 Aircross não é exceção, recorrendo à filosofia Advanced Comfort para os bancos com até mais 15 mm de espuma (efetivamente bastante confortáveis) e para a condução, mediante a utilização de suspensão específica com batentes hidráulicos progressivos (dois batentes progressivos por amortecedor, um para a compressão e outro para a extensão), resultando na sensação de serenidade a bordo, isolando os passageiros da larga maioria das irregularidades do asfalto para viagens realmente mais confortáveis, mesmo se à custa de alguma agilidade dinâmica, com rolamento da carroçaria mais pronunciado quando se força o ritmo em curva ou nas transferências de apoio.

 

No entanto, o C3 Aircross consegue ser suficientemente ágil quer em cidade (aqui valendo-se de direção ligeira), quer em trajetos extraurbanos para agradar aos condutores que procuram, acima de tudo, segurança na condução e previsibilidade nas reações, acima de pretensos laivos desportivos, para os quais existirão propostas mais alinhadas.


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A versão em teste trata-se de versão eletrificada com sistema “mild-hybrid” de 48 V já conhecido da Stellantis e que combina o motor 1.2 PureTech com 136 cv e 230 Nm a motor elétrico síncrono de ímanes permanentes com 29 cv (21 kW) e 55 Nm. A potência combinada, ao abrigo da nova metodologia do grupo, é de 145 cv.


Na prática, este sistema garante desempenho muito satisfatório, adaptando-se bem a diferentes tipos de condução, sendo mais recompensador quando usado com maior foco na economia. Ou seja, se se conduzir com suavidade e sem pisar muito o acelerador, é possível circular em modo EV por largos metros, o que acontece frequentemente em cidade e mesmo em subidas. Por outro lado, pisando-se o acelerador com maior veemência, o motor turbo assume o protagonismo, embora frequentemente ajudado pela máquina elétrica, demonstrando-se importante nas recuperações, apesar de breve indecisão da caixa automática e-DCT quando é preciso retomar o ritmo muito depressa.



O motor elétrico é alimentado por bateria de iões de lítio com 0,89 kWh de capacidade nominal e que recarrega durante as desacelerações e travagens (notando-se a redução muito pronunciada da velocidade). Uma vez que descarrega rapidamente, também recarrega com facilidade. Em suma, esta motorização “mild-hybrid” mostra muita competência e atributos úteis tanto em cidade, como em viagens mais longas, uma vez que mesmo em vias rápidas o motor elétrico consegue assumir a função motriz, sem com isso prejudicar a agradabilidade no desempenho. Os consumos são moderados, com valores pouco acima dos 5 l/100 km (no teste, média de 5,7).


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Escolha certa? 

A gama é proposta com versões a gasolina de 100 cv, híbrida de 145 cv e elétrica de 113 cv, mas fazendo a relação entre economia e desempenho, a motorização eletrificada com 145 cv pode muito bem ser a que faz mais sentido para quem conduz muito em ambiente urbano, mas não pretende estar limitado a este tipo de utilização. Além disso, por via do aumento das dimensões, o C3 Aircross aproxima-se dos automóveis que encontramos no segmento acima, na capacidade da mala ou na habitabilidade, e faz do conforto e do espaço a bordo duas bandeiras importantes que poderão chamar condutores com famílias pequenas.

 

Anunciada por 25.390 €, esta versão híbrida, no nível Plus, também acaba por ser atrativa no equipamento de série, muito amplo, por incluir bancos e suspensão Advanced Comfort, ecrã tátil de 10,25’’, câmara traseira, jantes de 17’’ com embelezadores ou barras no tejadilho em preto brilhante.


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