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Citroën não fecha a porta ao conceito “retro”

A Citroën não fecha a porta à possibilidade de revisitar alguns dos seus modelos icónicos do passado, olhando também com atenção para a tendência “retro” que tem sido abordada por vários construtores automóveis. A E-AUTO, Thierry Koskas, CEO da Citroën, abordou a questão e, embora não tenha feito qualquer confirmação, deixou no ar a ideia de que o tema está em cima da mesa.


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A tendência “retro” é já comum na indústria automóvel, com muitas marcas a revisitarem de forma constante o seu passado para lançarem novos produtos, modernos na técnica, mas nostálgicos na aparência. Nos últimos anos, entre os vários fabricantes, contam-se modelos com os Mini, o Fiat 500, o Honda e ou, mais recentemente, os Renault 5 E-Tech e 4 E-Tech.

 

Um ponto em comum é a grande recetividade que todos esses modelos tiveram (embora o modelo da Honda tenha sido prejudicado pelo seu preço elevado atendendo à época de lançamento). Porém, para uma marca centenária como a Citroën, este segmento tem sido pouco explorado, embora a questão se torne pertinente: estará a marca a planear algo neste sentido?

 

“É uma boa pergunta a que… eu não posso responder!”, retorquiu Thierry Koskas, CEO da Citroën, interrogado se está a trabalhar em algum modelo do género para aproveitar a “onda” nostálgica atualmente existente no setor automóvel. “Peço desculpa, mas não vou responder a esta questão”, acrescentou, embora tenha depois aprofundado a sua posição e... deixado tudo em aberto.


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“Bem, podem tirar as conclusões que quiserem, mas não quero dizer nada. Para responder de forma mais precisa, não sou um grande adepto do desenho ‘retro’, para ser sincero, de recordar as coisas do passado. Mas podem existir algumas exceções, porque é verdade que temos tantos modelos icónicos que talvez pudéssemos considerar [fazê-lo] a determinado ponto. Mas, uma vez mais, não quero fazer um Renault 4 ou Renault 5 ou seja o que for. Não quero fazer isso. Mas é verdade que temos alguns carros mesmo muito icónicos”, aprofundou ainda, recordando que o conceito não é totalmente estranho à Citroën, tendo já sido abordado de outro ângulo.

 

“É engraçado porque temos uma carrinha chamada Citroën Holidays para a qual temos a opção de por alguns autocolantes e dar-lhe uma forma mais aproximada à da Type H, a carrinha mais antiga que tínhamos antes. Podemos fazer este tipo de coisas, mas temos de ter cuidado para não o tornar numa coisa generalista, como se cada carro tivesse de ser uma evocação do que quer que seja. Mas não me oponho a considerar alguma exceção”, prosseguiu Koskas, referindo-se depois ao desafio que seria o posicionamento de um carro do género numa marca que procura ter uma abordagem mais acessível, mas vista também como uma marca a primar pelo conforto.


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“[Pode resultar] se for algo super icónico em que as pessoas compram-no porque valorizam a recordação do passado. Ou seja, imaginemos que, por exemplo, sendo completamente teórico, um dia fazemos um 2CV [reinterpretado], esse era um modelo super popular, barato e acessível. Se o fizermos hoje – puramente teórico –, não preciso necessariamente de ter algo que seja super barato, porque as pessoas vão comprá-lo porque será divertido ter algo que faça lembrar o 2CV e estarão dispostas a pagar por ele. É como um objeto de desejo. Não é necessariamente algo de que se necessite”, explicou.


Pode existir algum espaço para algo realmente icónico

 

“Como sabem, a Citroën é uma marca com muitos adeptos em todo o mundo e, por exemplo, o 2CV é conhecido em todo o mundo. Por isso, existem muitas pessoas que adoram este carro, só pela ideia. Mas se pegarem nos meus colegas da Fiat, embora não goste muito de falar dos outros, eles têm o 500 e não é um carro barato. Mas [as pessoas] compram-no porque existe o valor da imagem ou assim. E ao mesmo tempo vendem carros mais baratos como o Panda. Por isso penso que pode existir algum espaço para algo realmente icónico, mas tem de o ser e as pessoas comprariam-no porque o adoram, não necessariamente porque precisam dele. Poderia ser. Até mesmo a Citroën poderia fazê-lo”, concluiu o responsável máximo pela marca francesa do Grupo Stellantis, deixando no ar a ideia de que toda esta questão já foi discutida no plano de produto da Citroën.


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Não havendo confirmações desta índole, o que já está garantido é que a gama da marca será renovada em força no ano de 2025, com os modelos C3, C3 Aicross, C4, C4 X e, mais para o final do ano, o C5 Aircross como novo topo de gama.

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