Citroën revela preços do C5 Aircross
- Pedro Junceiro
- 18 de jul.
- 6 min de leitura
A Citroën está apostada em assumir-se como uma das marcas mais ativas do ano, tendo no C5 Aircross uma das suas grandes novidades. Com desenho arrojado e várias soluções a bordo nas quais a tecnologia está aliada ao conforto, este SUV terá versões híbridas e 100% elétricas. Com preços a partir de 33.490€, as primeiras entregas estão previstas para o último trimestre.

A Citroën não poupa nos adjetivos para descrever o C5 Aircross, apontando-o como o “mais espaçoso, mais tecnológico e mais avançado SUV alguma vez feito pela Citroën”, o que dá o mote para este modelo cuja “árvore genealógica” reflete a própria evolução das preferências dos condutores europeus: dos monovolumes assumidos Xsara Picasso, C4 Picasso, C4 Spacetourer ao SUV C5 que estreou a designação Aircross na geração anterior.
Posicionado no segmento D e com uma postura aspiracional, o novo modelo da Citroën diferencia-se pela aparência robusta, inspirando-se largamente no “concept” apresentado em outubro do ano passado, com linhas muito retas e precisas, opondo-se à aparência da geração anterior. Esta é uma circunstância pautada pelas necessidades aerodinâmicas, com o capot mais reto, linha de tejadilho inclinada após a segunda fila e as entradas de ar também otimizadas. A própria configuração dos farolins “Light Wings” atrás tem efeito aerodinâmico, além da aparência mais arrojada, já que servem propósitos funcionais e aerodinâmicos.
De resto, o estilo está alinhado com o de muitos outros modelos recentes da marca, criando-se assim uniformização da gama. Existem algumas diferenças entre as versões com motor de combustão e as elétricas, com estas últimas a terem, por exemplo, grelha dianteira totalmente fechada para melhorar a eficiência.

Apologia do conforto
Algo por que a Citroën é conhecida é pela noção de conforto, voltando a fazê-lo neste SUV, sem efetuar concessões, ao contar com bancos e suspensões “Advanced Comfort”. Os bancos têm espuma híbrida com reforço adicional de 15 mm e almofadas ajustáveis para melhorar o suporte do corpo, ao passo que os bancos dianteiros podem ser de ajuste elétrico, aquecidos, ventilados e ter massagem com vários programas. De acordo com a marca, a segunda fila beneficia de mais espaço para os ocupantes, aproximando-se do espaço do C5 X, com os bancos traseiros a poderem ter aquecimento consoante a versão.
Já no capítulo da suspensão, a marca volta a recorrer à solução técnica dos amortecedores com batentes hidráulicos progressivos, que fazem parte dos equipamentos de série do modelo gaulês. Além dos muitos espaços de arrumação a bordo (perfazendo um total de 40 litros), a marca promete também bagageira com 650 litros.
A melhoria do espaço a bordo deriva do aumento das dimensões face à geração precedente: mede 4.652 mm de comprimento (mais 16 cm), 1.902 mm de largura (mais 5 cm), 1688 mm de altura (idêntica) e 2.784 mm de distância entre eixos (mais 6 cm).

Reforço tecnológico
A tecnologia surge aliada ao conforto de vivência com diferenças estéticas discretas entre os diferentes níveis de equipamento. Entre os destaques apontados pela Citroën está o painel de instrumentos com ecrã de 10 polegadas (personalizável), complementado com o “Extended head-up display” com mais 30% de área face ao C5 X, o que lhe permite oferecer mais e melhores conteúdos aos condutor sem que este desvie os olhos da estrada.
Mas o ponto ao qual a Citroën dedica maior atenção é o do ecrã central na vertical a que deu o nome de “waterfall” (em cascata), inserido na consola central e que é o maior alguma vez utilizado num modelo da Stellantis, com 13 polegadas. Criado para ser mais intuitivo de utilizar, o sistema de infoentretenimento apresenta funções fixas na parte superior e na parte inferior para facilitar a vida durante a condução, destacando-se, naturalmente, na zona inferior os comandos da climatização.

O sistema é descrito pela marca como uma evolução, com maior rapidez e facilidade de utilização, além de ter atributos como a possibilidade de conectar dois smartphones por Bluetooth, dispor de Android Auto e Apple CarPlay sem fios, integração de inteligência artificial ou programação de rotas “elétricas” no caso das versões a eletrão.
Não falta, ainda, lista ampla de assistentes à condução com vários radares e sensores, incluindo câmara multifunções no para-brisas, câmara 180°, faróis Matrix LED com controlo adaptativo do feixe de luz de máximos, travagem automática pós-colisão, câmara de monitorização do condutor, alerta ativo de transposição involuntária de faixa, alerta de tráfego cruzado traseiro, cruise control adaptativo com stop e assistente de mudança de faixa semiautomática. Estes sistemas estão disponíveis de acordo com o nível de equipamento selecionado.

MHEV, PHEV E BEV
O C5 Aircross tem por base a plataforma STLA M da Stellantis, que é multifacetada e permite maximizar o espaço interior e baixar o centro de gravidade do veículo, otimizando ainda a arquitetura geral eletrificada. Desta forma, estará disponível em motorizações “mild-hybrid” (MHEV), híbrida “plug-in” (PHEV) e 100% elétricas (BEV).
A variante MHEV consiste na solução já conhecida com o motor 1.2 de três cilindros de 136 cv apoiado por unidade elétrica compacta que fornece 28 cv (21 kW), para um valor combinado de 145 cv de potência. O conjunto dispõe ainda de caixa automática eletrificada de seis velocidades e bateria de iões de lítio de 0,9 kWh de capacidade. A marca aponta para mais de 950 km autonomia, destacando a conveniência e simplicidade deste sistema que permite conduzir em modo totalmente elétrico a baixa velocidade em diversos momentos.
Podendo vir a representar entre 30 a 40% das vendas da gama C5 Aircross, as versões elétricas também estarão disponíveis desde o lançamento, sendo produzidas em Rennes, França, com as baterias a serem também fabricadas naquele país. Saliente-se o esforço do grupo Stellantis de se “isolar” do crescente clima de tensão em termos de comércio internacional. Ainda no que toca à produção, a Citroën destaca que o C5 Aircross contém 160 kg de metais reciclados e 47 kg de plásticos reciclados ou de origem biológica.
As duas variantes terão autonomia superior a 500 km, com a de entrada a surgir com 210 cv de potência, associada a bateria de iões de lítio de 73 kWh, com autonomia WLTP homologada de 520 km, ao passo que a versão de topo debita 230 cv e recorre a bateria maior, de 97 kWh, para oferecer até 680 km de autonomia entre recargas. A potência máxima de carregamento é de 160 kW nos postos DC, enquanto nos postos AC é de 11 kW no lançamento, estando prevista para uma fase posterior a chegada de um carregador de bordo de 22 kW, que será disponibilizado como opcional.
A versão híbrida “plug-in” (PHEV), que tem chegada prevista para 2026
Falta abordar a versão híbrida “plug-in” (PHEV), que tem chegada prevista para 2026, aliando motor 1.6 a gasolina de 150 cv a um motor elétrico de 125 cv, para uma potência combinada de 195 cv. A sustentar o sistema elétrico está uma bateria de 21 kWh de capacidade bruta, o que lhe permitirá percorrer, de acordo com a Citroën, até 85 km. Neste caso, recorre-se a uma caixa automática de sete velocidades.

Quatro níveis de equipamento
O C5 Aircross estará disponível com quatro níveis de equipamento, dos quais três são base – You, Plus e Max – e o quarto é de índole profissional, denominado Business.
O primeiro será exclusivo da versão Hybrid de 145 cv, incluindo logo de série elementos como as jantes de 18 polegadas, o ecrã tátil central de 13 polegadas, os bancos “Advanced Comfort”, o cruise control adaptativo ou o assistente de luzes de máximos.
Os outros dois níveis de equipamento (Plus e Max) estarão disponíveis para todas as motorizações (incluindo a Hybrid), passando a incluir leque de equipamento gradualmente mais recheado, como as jantes de 19 polegadas, câmara traseira 180º com sensores dianteiros ou carregamento por indução do smartphone. Na variante de topo, contam-se jantes de 20 polegadas para as motorizações PHEV e BEV, a que se juntam ainda o “Extended head-up display” ou os faróis LED Matrix, entre outros.
Os preços agora revelados para o híbrido de 145 cv são de 33.490€ para o nível de equipamento You, subindo para os 36.590€ da variante Plus e terminando nos 39.590€ do topo de gama Max. Para o ë-C5 Aircross Elétrico (210 cv) Autonomia Longa, os valores são de 40.690€, 43.790€ e 46.790€, respetivamente, para as variantes You, Plus e Max.
Para a clientela profissional, a versão 100% híbrida tem preço de lançamento de 37.590€, enquanto o modelo 100% elétrico é proposto por 44.790€.
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