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Diesel e H2: combinação promete reduzir CO2

Investigadores australianos exploram redução drástica das emissões de dióxido de carbono com a combinação de grande proporção de hidrogénio com gasóleo.


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Uma equipa de investigadores australianos da Universidade New South Wales em Sydney, Austrália, liderada pelo professor Shawn Kook, trabalhou no último ano e meio no desenvolvimento de um sistema de injeção direta para motores de combustão interna capaz de utilizar um combustível composto por uma mistura de 90% de hidrogénio e 10% de gasóleo.


Ao contrário de outras soluções já conhecidas, como por exemplo a desenvolvida pela Toyota, a qual usa o hidrogénio como único combustível, este projeto de investigação oriundo da Austrália pretende ser uma solução intermédia, usando o hidrogénio como meio de reduzir as emissões dos motores já existentes e não como um combustível novo ou alternativo.


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Este desenvolvimento, a confirmar-se a sua total eficácia e viabilidade, poderá ser uma forma muito eficiente de aproveitar o potencial existente em termos de motores de combustão interna. O mercado de automóveis novos na Europa, por exemplo, poderá passar a 100% elétrico já em 2035, mas continuarão a circular vários milhões de automóveis a combustão nas estradas.


As emissões de CO2 podem registar uma redução de até 86%

O processo desenvolvido pela equipa de investigadores baseia-se num sistema de dupla injeção direta de elevada precisão, o qual é capaz de garantir uma combustão muito mais completa e, assim, limpa. De acordo com os resultados dos primeiros testes, as emissões de CO2 podem registar uma redução de até 86%, bem como uma produção de NOx inferior à de um motor Diesel convencional moderno.


Outra das vantagens mencionadas, para além de um aumento global de 25% do nível de eficiência do motor, é que o hidrogénio utilizado não precisa de ter um grau de pureza muito elevado, reduzindo o custo de utilização comparativamente, por exemplo, ao hidrogénio utilizado pela tecnologia de pilha de combustível a hidrogénio dos veículos Fuel Cell.


O sistema desenvolvido pode inclusivamente ser incorporado em motores Diesel de grande dimensão, seja em camiões, autocarros, locomotivas automotoras ou máquinas pesadas. A tecnologia é assim especialmente apelativa também para aplicações industriais. Um grande desafio que se impõe para o sucesso da tecnologia é a produção ecológica do combustível, o chamado “hidrogénio verde”.

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