Este Mustang Mach-E já “foi à Lua”
- Pedro Junceiro

- 23 de jul.
- 2 min de leitura
A longevidade das baterias dos veículos elétricos é tema frequente de debate, mas existem cada vez mais casos reais de automóveis com longa quilometragem e perdas mínimas de capacidade das baterias. É o caso de um Ford Mustang Mach-E que em três anos já percorreu mais de 400.000 km, ou seja, mais do que a distância da Terra à Lua.

Proprietário de um Ford Mustang Mach-E Premium desde 2022, David Blenkle ajuda a desconstruir o mito em torno da duração e fiabilidade das baterias dos veículos elétricos. Tendo a seu cargo um serviço particular de transporte de passageiros em Santa Cruz, na Califórnia (EUA), Blenkle já percorreu mais de 250.000 milhas (algo como 402.000 km), com o Mustang Mach-E, mais do que a distância de uma ida à Lua.
Antes de começar o seu negócio, David pesquisou no mercado por um automóvel que fosse fiável, confortável para os passageiros e económico, com a sua escolha a recair sobre o Mustang Mach-E, desmistificando alguns preconceitos sobre a mobilidade elétrica, sobretudo no que toca à bateria de tração.
“O maior preconceito que encontro é sobre a duração da bateria e a autonomia e então mostro-lhes o odómetro do carro”, refere David Blenkle, que admite ter como único cuidado a rotina de carregamento em casa, embora não evite uma recarga rápida num posto DC se necessário.

“Tenho um carregador doméstico da Ford e ligo-o todas as noites, programado para carregar quando as tarifas de eletricidade são mais baixas”, explica, acrescentando que, nos dias em que faz mais quilómetros, por vezes é necessária uma paragem rápida de 15 a 20 minutos num carregador rápido DC.
Esses hábitos mais “saudáveis” contribuem para a longevidade da bateria, de acordo com a marca americana que, assente na experiência do condutor, revela que após as 250.000 milhas feitas, a bateria continua a garantir cerca de 467 km (290 milhas) de autonomia quando carregada até ao limite estabelecido de 90%, naquele que é outro hábito de David Blenkle. Note-se que a autonomia estimada pela Ford, no ciclo de condução homologado pela EPA, é de 487 km.
Se a chapa do Mustang Mach-E apresenta alguns riscos próprios da “vida” na estrada, por vezes com dias de trabalho de 12 horas, Blenkle destaca outra alteração importante ao utilizar um elétrico – os cuidados de manutenção, que são mais simples e menos dispendiosos, incidindo sobretudo na rotação dos pneus, inspeção rotineira de alguns componentes e filtros de habitáculo. Já as pastilhas de travão ainda são as de origem.















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