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KGM Korando 1.5 T-GDI K3

Foto do escritor: Pedro JunceiroPedro Junceiro

É o regresso ao mercado português de marca que mudou de nome, de SsangYong para KGM, depois de passar por várias mãos e arriscar até o desaparecimento do mapa da indústria. Fá-lo com gama diversificada. Este Korando representa-a no segmento C, categoria em que os SUV são determinantes. Conforto, espaço a bordo e facilidade de utilização são as qualidades mais importantes.


KGM Korando 1.5 T-GDI K3

A SsangYong, depois de comprada pelo KG Group em 2022, converteu-se em KGM (o acrónimo de KG Mobility), denominação nova alinhada com a ambição de expansão internacional. O ano passado, primeiros resultados positivos na Europa, com mais de 30 mil matrículas, registo que representou crescimento de 28% da comparação com os 12 meses precedentes. Agora, pelas “mãos” da Astara, marca sul-coreana em Portugal.

 

Para materializar essa mesma ambição, a KGM socorre-se de gama diversificada de modelos, na qual este Korando desempenha um papel importante, já que vai posicionar-se no segmento C, categoria “povoada” por muitos Sport Utility Vehicles (SUV) e, por isso, é determinante para todos os fabricantes com ambições no mercado europeu. Estreado pela SsangYong em 1983, este nome, e independentemente do desenho do modelo, significou sempre funcionalidade e robustez, duas caraterísticas que continuam a valorizar-se.



No passado, o Korando nunca primou pela imagem consensual, mas a quarta geração, de 2019, é muito mais apelativa, mudança que não teve impacto na sensação de robustez, nem originou a perda da identidade diferenciada. Medindo 4,450 m de comprimento, o KGM tem formato de SUV, com linhas horizontais (na dianteira, por exemplo), que parecem torná-lo mais largo. E as jantes de 18’’, mais as proteções inferiores, o portão saliente e os farolins volumosos, somam-lhe “músculo”.


Quarta geração muito mais apelativa

 

No interior, aposta-se na simplicidade e na sobriedade. O espaço é desafogado e a construção cuidada (revestimentos macios na zona superior do painel de bordo e duros na inferior, como acontece em muitos modelos da categoria, por isso não surpreendendo esta combinação) e a maioria dos comandos apresenta-se bem posicionada, o que torna a condução mais tranquila.


KGM Korando 1.5 T-GDI K3

A instrumentação digital permite algum nível de personalização da informação apresentada e a climatização beneficia de comandos físicos, de acesso fácil durante a condução. O monitor tátil de 9,0’’ no centro do “tablier” alberga sistema multimédia com grafismo e manuseamento simples, isto é, sem a modernidade dos equipamentos que encontramos nos rivais modernos. O “hardware”, lateralmente, conta com “teclas” de atalho para as principais funções e, embora conte com Bluetooth para ligação sem fios ao “smartphone”, a conetividade com Android Auto e Apple CarPlay é possível só por cabo USB-A. De resto, na consola central, existem comandos para algumas funções específicas, como o controlo de velocidade em descida (para percursos fora de estrada) e a gestão do nível de assistência da direção.


O espaço a bordo é muito bom

 

O espaço a bordo é muito bom – e é-o em todas as direções, sobretudo nos lugares posteriores. A capacidade da mala também rende pontos ao Korando, com valores entre 551 litros e 1248. O segundo obtém-se com o rebatimento dos encostos dos bancos de trás e o aproveitamento da capacidade do compartimento sob a plataforma do compartimento de carga.


KGM Korando 1.5 T-GDI K3

Boas respostas

Na versão ensaiada, caixa manual de 6 velocidades acoplada a motor 1.5 T-GDi com 149 cv e 280 Nm, combinação que se traduz em condução desenvolta que surpreende pela resposta a baixo regime desta mecânica a gasolina com sistema de sobrealimentação. Apoiado em caixa com seletor que tem manuseamento suave (ainda que nem sempre preciso) e escalonamento correto, o Korando consegue acelera com voluntarismo e também recupera velocidade com facilidade, ainda que, neste caso, seja preferível “baixar” de relação para aumentar a rapidez de movimento (ultrapassagem, por exemplo). E valorizem-se, ainda, o refinamento do motor e a insonorização correta do habitáculo.



Nas prestações, o Korando sai-se muito bem, mas os consumos são menos positivos, mesmo se o T-GDi não gasta muito mais do que o anunciado pela KGM (média de 7,8 l/100 km), facto que comprovámos durante este ensaio, com 7,9 litros num percurso de 100 km. Aplaude-se a seriedade da comunicação, mas não o nível de eficiência, mesmo contando-se com a atuação do sistema Start-Stop.


Graças à maior altura ao solo, o Korando pode percorrer (alguns) percursos fora de estrada

 

Na condução, merecem-nos apreciação positiva tanto a boa visibilidade como o desempenho de suspensão com amortecimento que privilegia o conforto de rolamento (o “pisar” é macio), mas sem perder a capacidade de controlar adequadamente os movimentos da carroçaria nas mudanças de apoio. A direção não é muito informativa, mesmo no modo mais desportivo, mas o formato do volante “estranha-se” mais – a parte inferior do aro é muito volumosa. Graças à maior altura ao solo, o Korando pode percorrer percursos fora de estrada, mas o facto de contar com tração apenas às rodas dianteiras condiciona a liberdade de ação.


Quanto aos assistentes eletrónicos à condução, pedia-se mais facilidade de acesso ao ajuste da atuação dos mesmos, já que a cacofonia de alertas sonoros se torna incomodativa depois de muitos poucos quilómetros ao volante do SUV compacto da KGM.


KGM Korando 1.5 T-GDI K3

Quebrar barreiras

O Korando é automóvel novo em Portugal, mas a KGM tem modelos mais recentes, já que este ainda representa herança da era da SsangYong. O que quer dizer que tem de quebrar barreiras para ganhar notoriedade. Concentrando-nos nos atributos, este SUV tem estética atrativa e interior que é prático e espaçoso, e está solidamente bem construído, mas pode melhorar quer no capítulo tecnológico, quer na qualidade dos revestimentos de algumas superfícies.


Abundante equipamento de série

Entre o equipamento de série, abundante, ar condicionado de duas zonas, bancos em tecido e pele sintética, luzes traseiras LED e jantes de 18’’, de liga leve. Outro ponto a favor: preços a partir de 30.450 €.


KGM Korando 1.5 T-GDI K3


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