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Foto do escritorJoão Isaac

Luca de Meo exige flexibilidade à UE

Diretor do Grupo Renault considera que a meta de 2035 imposto pela União Europeia para o ponto final do comércio de automóveis novos com motores de combustão interna necessita de "flexibilidade" e "revisão".



Luca de Meo manifestou dúvidas sobre o calendário estabelecido pela União Europeia (UE) para a transição para os veículos elétricos. De acordo com a notícia publicada pelo Automotive News Europe, o diretor-geral do Grupo Renault disse que o fabricante que lidera terá de reduzir os custos se quiser cumprir os seus objetivos em matéria de automóveis elétricos.


"Precisamos de mais flexibilidade no calendário", disse Luca de Meo, que também lidera a associação europeia de fabricantes de automóveis (ACEA), ao jornal francês "Les Echos", acrescentando ainda que, "no entanto, seria um grave erro estratégico abandonar pura e simplesmente o objetivo devido ao atual abrandamento da procura no mercado".


O tema voltou a ser falado uma vez que a transição para automóveis elétricos desempenha um papel fundamental na redução das emissões globais de carbono e o ritmo a que esta mudança irá ocorrer transformará a indústria automóvel e o ambiente.


São cada vez mais os apelos para que se ponha fim à proibição da venda de automóveis novos com motores de combustão interna em 2035.

Dada a recente realização de eleições na UE - num momento em que a procura por veículos elétricos é menor -, são cada vez mais os apelos para que se ponha fim à proibição da venda de veículos novos com motores térmicos em 2035, decisão que deverá ser revista durante 2026.


Questionado sobre as ambições da Renault de converter 100% da sua produção automóvel europeia para veículos elétricos no atual contexto de um mercado interno fraco, Luca de Meo afirmou: "A verdade é que ainda não estamos na trajetória certa para atingir 100% de automóveis elétricos até 2035. Essa é a verdade. Se os clientes não nos seguirem, somos todos responsáveis. Temos de reduzir os custos".

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