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Foto do escritorPedro Junceiro

Marcas chinesas assustam Ford

Atualizado: 24 de set.

Jim Farley, diretor da Ford, depois de visita à China, disse-se admirado com a qualidade das marcas locais e as capacidades dos automóveis elétricos que fabricam, em comparação com o que as construtoras norte-americanas e europeias produzem.



Enquanto na Europa e nos Estados Unidos da América os construtores ainda se debatem com a conceção de automóveis elétricos de baixo custo, na China esse cenário é já uma realidade, com alguns fabricantes locais a proporem veículos 100% elétricos de custo acessível e autonomia considerável.

 

Foi também isso que Jim Farley, CEO da Ford, e John Lawler, responsável financeiro da companhia americana, descobriram após uma viagem à China efetuada no ano passado, de acordo com o jornal Wall Street Journal (conteúdo fechado), citado pelo site Carscoops, que deu conta do enorme passo em frente que as marcas daquele país deram nos últimos anos e da impressão que isso terá causado àqueles dois executivos.



Segundo a informação avançada pelo WSJ, os dois responsáveis da Ford decidiram testar um SUV elétrico da Changan Automobile, marca com a qual a Ford detém uma parceria para aquele país, com ambos a ficarem impressionados com a qualidade geral do automóvel. A surpresa foi tanta que Lawler terá dito a Farley que “eles estão muito à nossa frente”.


Noutro sinal de inquietude quanto ao progresso dos fabricantes da China, o próprio Jim Farley terá confessado a outro executivo da Ford, neste caso, John Thornton, que existe uma “ameaça existencial” em torno da expansão dos chineses a mercados como o americano e europeu.

 

Note-se que a Ford tem como objetivo transformar-se também numa marca de automóveis 100% elétricos, incluindo um modelo de baixo custo, mas viu-se forçada a retrair-se nas suas aspirações devido ao arrefecimento pela procura de modelos elétricos na América do Norte e na Europa. Atualmente, para o segmento médio, a Ford tem em vigor uma parceria com a Volkswagen que lhe permite utilizar a plataforma MEB para produzir os seus próprios elétricos, como o Explorer e o futuro Capri.

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