A marca de Hiroshima apresenta atualização de subcompacto que valeu quase um quarto das vendas que fez em Portugal durante 2023. Se o objetivo era aumentar a diferenciação para o modelo de que deriva, o Toyota Yaris, missão cumprida.
A abordagem da Mazda (Explore os nossos elegantes, avançados e premiados veículos | Mazda PT) aos desenvolvimentos no automóvel é específica, por existir a perceção da importância de adaptação tecnológica às necessidades de cada região. Competindo globalmente, percebe-se. A velocidade da eletrificação muda de continente para continente, com o europeu posicionado no “pelotão da frente” da corrida à revolução no paradigma dominante na indústria há mais de 100 anos, depois de comprometer-se com um ponto final no comércio das mecânicas de combustão interna em 2035.
O sucesso da “empreitada” apresenta-se como uma espécie de “pescadinha de rabo na boca”, uma vez que está dependente de massificação nas vendas possível só com aumento na procura que proporcione o crescimento na produção necessário para reduzir o custo da tecnologia e, consequentemente, o preço do automóvel. E a competitividade comercial da tecnologia necessita de mais… vendas. A fórmula híbrida, por associar a mecânica térmica ao motor elétrico e dispensar o recurso a baterias com grande capacidade e, por isso, muito caras, é mais acessível e tem a vantagem de proporcionar quer o contato com uma forma nova de condução, quer a redução nos consumos de combustível e nas emissões poluentes.
O 2 encontra-se na terceira geração. Trata-se de automóvel com carreira longa, se considerarmos que a produção arrancou em julho de 2014. Para prolongá-la mais no tempo, a Mazda modernizou o subcompacto tanto em 2019 como em 2023. Na Europa, todavia, abordagem (muito) diferente, explorando o potencial da ligação à Toyota. Em 2022, sobre a base da quarta geração do Yaris, de 2019, introdução do Hybrid. O êxito da operação expressa-se em números: mais de 20.000 exemplares vendidos desde o lançamento, o que representa cerca de 20% do total de registos do subcompacto na região, incluindo 278 em Portugal no ano passado.
O mercado nacional, dissecado, é demonstrativo da importância do 2 Hybrid (Mazda2 Hybrid | Automóvel citadino | Compacto | Economia de combustível) para a Mazda. Em 2023, o segmento B valeu 19,91% das vendas em Portugal – mais, só o C, com 20,31%. Os híbridos significaram 28% dos registos na classe, abaixo dos 36% dos modelos com mecânicas a gasolina, mas acima dos 18% dos elétricos. A Mazda matriculou 1238 automóveis e o subcompacto representou 22,5% do total. Esta atualização do modelo torna-se, por tudo isto, muito importante para a marca no nosso País. Mas, o que há de novo no subcompacto?!
Gémeo do Toyota Yaris também no sistema híbrido!
Tecnicamente, este 2 de 2024 é igual ao de 2022, o que significa, nomeadamente, a manutenção do sistema híbrido com 116 cv, que associa mecânica a gasolina (3 cilindros de 1,5 litros com 92 cv) a motor elétrico (80 cv) alimentado por bateria de iões de lítio com 0,76 kWh de capacidade e caixa de variação contínua. No pacote fornecido pela Toyota, encontra-se segundo motor elétrico que atua apenas como gerador, por isso nunca intervindo no movimento das rodas dianteiras.
O sistema distingue-se por permitir muito tempo de condução de forma elétrica, o que tem impacto muito positivo na eficiência do Mazda 2 Hybrid, como demonstra o consumo médio homologado de 3,8 a 4,2 l/100 km, dependendo das dimensões das jantes e do nível de equipamento, o que representa emissões de CO2 entre 87 e 97 g/km. Também de acordo com a marca de Hiroshima, aceleração 0-100 km/h em 9,7 s e velocidade máxima de 175 km/h. O acumulador de energia recarrega de modo automático durante as desacelerações e travagens.
No Mazda 2 Hybrid, três programas de condução que influenciam, principalmente, a capacidade e a velocidade de resposta do sistema aos movimentos no pedal do acelerador: Normal, Eco e Power. Em todos os modos, condução ágil, agradável e, sobretudo, eficiente e suave, por circular-se muitos quilómetros de forma elétrica em ambientes urbanos, “habitat” natural de automóvel que também tem aptidões para viagens maiores, incluindo em autoestrada(s), por dispor de chassis capaz no plano dinâmico, devido a regulação que privilegia o comportamento sem penalizar o conforto de rolamento. Na prática, só qualidades (re)conhecidas.
No Mazda 2 de 2024, comparativamente ao Mazda 2 de 2022, muda só o desenho exterior (faróis, grelha, para-choques, portão)
No 2 de 2024, comparativamente ao 2 de 2022, mudam apenas o desenho exterior (faróis, grelha, para-choques, portão), a apresentação do interior e o equipamento de série, que muda de versão para versão, exceto no caso da instrumentação, que tem sempre painel digital com 12,3’’. Já o monitor tátil do sistema multimédia tem até 10,5’’ e os modelos de topo também contam com Head-Up Display. Na Mazda, mesmo num subcompacto do segmento B, materiais e montagem de qualidade. A gama foi submetida a processo de simplificação, mas inclui cinco versões (Prime-Line, Centre-Line, Exclusive-Line, Homura e Homura Plus). Conduzimos a de topo, que reconhecemos tanto pelas jantes de 17’’ como pelo tejadilho panorâmico. Na marca de Hiroshima, entre os argumentos de conquista, pacote completíssimo de assistências eletrónica à condução e 6 anos ou 150.000 km de garantia.
O 2 Hybrid, sem despesas de legalização, transporte e preparação, tem preços de 26.127 € (Prime-Line) a 33.827 € (Homura Plus). Equacionando Mazda com pintura metalizada, no mínimo, mais 650 € na fatura a pagar.
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