Maior nas dimensões, mas sem perder a filosofia irreverente, o Mini Countryman apela cada vez mais às famílias e a um estilo de vida ativo, oferecendo um interior mais funcional e tecnológico. E este SUV também está em linha com a estratégia de eletrificação da marca do Grupo BMW, por contar com sistema “mild hybrid” de 48 V.
O Countryman, automóvel apresentado originalmente em 2010, permitiu que a Mini entrasse em segmento novo (Sport Utility Vehicles compactos), ação que originou mais sentimento de espanto do que angústia entre os adeptos mais puristas da marca propriedade do consórcio BMW, por afastar-se muito do conceito introduzido em 1959. Agora, mais de 10 anos depois e depois de produzidas duas gerações do modelo, o Countryman assume-se, definitivamente, como SUV para as famílias. E o aumento generalizado das dimensões promove mesmo esse estatuto.
Comparado com o antecessor, o automóvel novo, q mede mais 13 cm de comprimento e 8 cm de altura
Comparado com o antecessor, o automóvel novo, que tem a particularidade de fabricar-se na na Alemanha, mede mais 13 cm de comprimento (4,444 m) e 8 cm de altura (1,661 m). Soma-se a distância entre eixos de 2,692 m, razão por trás do aumento das cotas de habitabilidade, principalmente nos lugares traseiros, onde dois adultos podem sentar-se de forma cómoda e sem apertos. Esta é uma das melhorias mais importantes num Countryman com orientação bem mais familiar, também por ter ganho versatilidade (os bancos posteriores podem mover- de longitudinalmente até 13 cm, comprando-se o pacote que integra esta equipamento, e os encostos admitem rebatimento, na proporção 60/40, o que permite aumentar a capacidade da bagageira de 450 litros para 1460).
O crescimento das dimensões não originou a perda da identidade Mini do Countryman, como podemos observar na dianteira, na grelha com contorno destacado e nos faróis LED. Existem outros elementos de desenho em destaque, nomeadamente a linha de cintura sobrelevada e o tejadilho muito reto, o que contribui para uma impressão mais volumosa deste modelo. Os grupos óticos têm assinaturas luminosas exclusivas que admitem personalização.
Interior mais nostálgico
Ironicamente, se o exterior quase não tem contactos com o modelo original idealizado por Sir Alec Issigonis, o interior presta homenagem ao automóvel de 1959 de forma mais evidente. O monitor tátil de grandes dimensões posicionado no centro do painel, de bordo apresenta-se-nos como base do sistema multimédia e o centro de controlo de funções e sistemas do Mini. Este ecrã com tecnologia OLED tem 240 mm de diâmetro e está estruturado de forma lógica, com as informações de viagem principais na parte superior, dados da navegação (ou outros) ao centro, e climatização na zona inferior.
O sistema é intuitivo e tem leitura e utilização fáceis
O sistema é intuitivo e tem leitura e utilização fáceis, mas ainda admite melhorias, sobretudo no acesso a funções e na rapidez de resposta. Android Auto e Apple CarPlay são compatíveis sem fios, mas a apresentação carece de otimização, e a regulação da temperatura durante a condução também não funciona da forma mais correta. Por fim, “pedia-se” comando por voz com mais capacidade(s).
O condutor também pode contar com o apoio de sistema Head-Up Display” (outro opcional inscrito num “pack” de equipamentos), recurso que torna a condução mais segura, devido à manutenção dos olhos na estrada. Já a qualidade de construção é elevadíssima, o que apoia a ambição da Mini de posicionar-se num patamar mais “premium”. E usto percebe-se até nos comandos e nos interruptores que encontramos na consola central (eis outra homenagem ao passado!), e nos materiais têxteis coloridos utilizados nos revestimentos de “tablier” e portas. Sentimo-nos muito bem a bordo do Countryman novo!
Motorização híbrida
Baseado numa plataforma moderna que admite o recurso quer a mecânicas térmicas, quer a motorizações híbridas e elétricas, o Countryman consolida a aposta da Mini na eletrificação, apresentando-se equipado com sistema “mild hybrid” de 48 V. Assim, reduzem-se consumos e gases de escape, e melhoram-se as “performances” (mas só muito ligeiramente!). O pacote ténico combina motor de 3 cilindros e 1,5 litros a gasolina (156 cv), máquina elétrica (19 kW), bateria com 0,96 kWh de capacidade e rede elétrica suplementar de 48 V.
Nos consumos, versão “mild hybrid” aquém dos valores declarados pela marca britânica (6,3 l/100 km), com média de 7,9 l7100 km durante este teste, mesmo optando pelo modo Green.
A Mini, para este SUV, declara 170 cv e 280 Nm. Na prática, isto traduz-se em resposta rápida, mesmo no modo de condução Green, o mais ecológico/económico. No desportivo Go-Kart, o sistema muda os parâmetros de funcionamento do Countyman, para promoção da dinâmica com reações mais precisas e rápidas – direção, resposta ao acelerador 0-100 km/h em 8,3 s). A atuação da caixa automática também é adaptada e, assim, o SUV é capaz de entusiasmar-nos, também por contar com chassis pensado para a satisfação dos adeptos de desportivos. A suspensão tem acerto firme, mas este modelo, devido às dimensões e ao formato, não tem a agilidade e as reações apuradas do Mini mais pequeno, embora consiga divertir-nos e tenha níveis de estabilidade acima da média. Em contrapartida, esta configuração “rouba” conforto aos passageiros e a suavidade de rolamento não é beneficiada pelas jantes de 19’’.
Equipamentos organizados em pacotes
O Countryman, na base da gama, tem esta versão 1.5 MHEV (preços a partir de 40.150 €). No caso da versão, Favoured, a fatura a pagar é de 45.637 €. Escolhendo este modelo, desfruta-se de bancos desportivos em Vescin perfurada (cor “Vintage Brown”), tejadilho com forro em tonos escuro (a Mini fabrico-o com materiais reciclados) e volante desportivo aquecido. Entre os elementos exteriores específicos, jantes de 18’’ (na versão ensaiada, tinham pneus 245/45 e jantes de 19’’, opcional proposto por 690 €).
Menos apelativo é o conceito de opcionais integrados em “pacotes” (S, M, M Plus, L e XL). Na unidade ensaiada, “Pacote L” (5990 €) com regulação longitudinal dos assentos dos bancos traseiros, faróis Full LED Matrix adaptativos, bancos dianteiros aquecidos, Head-Up Display, Experience Modes, Parking Assist Plus, navegação MINI com realidade aumentada, sistema de som Harman Kardon Premium e teto panorâmico, entre outros itens.
Condução “à” Mini!
Independentemente das considerações estéticas ou do que os puristas da marca pensem do Countryman, nunca este SUV foi tão atrativo, por combinar espaço a bordo com qualidade de acabamentos e construção acima da média, tecnologia moderna e chassis desportivo, o que permite condução “à” Mini!
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