Acidente de 2023 no Circuito Citadino dell’EUR (Roma) na origem da mudança na localização da “etapa” italiana do Mundial de monolugares elétricos! Neste fim de semana, dois ePrix!

O Mundial de Fórmula E, depois da passagem inédita por Tóquio e pelo Japão, está na Europa pela 1.ª vez nesta Época 10, para as rondas 6 e 7 de temporada que tem o número recorde de 16 ePrix. É a estreia do Circuito Marco Simoncelli no mapa do campeonato, por troca com o Circuito Citadino dell’EUR, em Roma, após acidente em 2023 que originou só apenas danos materiais, mas fez com que a organização procurasse localizações alternativas para manter Itália no calendário. E a pista em Rimini, próxima do Adriático, apresentou mais e melhores argumentos que Imola e Vallelunga!
Em Misano, já este fim de semana, segunda jornada dupla da temporada, primeira no Velho Continente, depois das visitas à América do Norte, Ásia e América do Sul. O programa de sábado, genericamente, é igual ao de domingo, com a qualificação de manhã (9h20 em Portugal Continental) e a corrida à tarde (14h04), as duas com 28 voltas a circuito com 3,382 km e 14 curvas desenhado – no MotoGP, a pista tem configuração diferente, com 4,226 km e 16 curvas.

Na Época 10 do Mundial de monolugares elétricos, cinco ePrix, cinco vencedores, registo que ilustra a competitividade da Fórmula E, o “abre o apetite” para este fim de semana com duas corridas, que pode valer um máximo de 60 pontos – vitórias, “pole position” e voltas mais rápidas em ambos os ePrix… – e, por isso, baralhar as contas do(s) campeonato(s). No Treino Livre 1, DS Penske mais rápidos, com Jean-Éric Vergne a superiorizar-se ao parceiro de equipa Stoffel Vandoorne, por 0,197 s, após volta em 1.17,546 m. António Félix da Costa, no 9XX Electric da Porsche, foi o 11.º, com 1.18,276 m, a 0,730 s do francês.
“Estou num bom momento, depois de duas corridas muito positivas, que terminei entre os primeiros. Antecipa-se fim de semana bastante intenso, o circuito é novo para todos. O objetivo é sempre lutar pelos pódios e somar pontos, o que obriga a demonstrar agressividade e motivação», declarou António Félix da Costa, que está nas “bocas do mundo” na Fórmula E depois de conhecer-se o teste da Porsche em Almería, Espanha, entre o ePrix de Diriyah, Arábia Saudita, e São Paulo, Brasil, que teve as presenças quer do piloto português, quer do parceiro de equipa, o alemão Pascal Wehrlein, e do suíço Nico Müller, piloto da ABT Cupra, o que “abriu a porta” à especulação sobre o futuro do campeão de 2020 na estrutura.

Félix da Costa: adeus Porsche, olá à Lola ou ABT?!
Müller é 16.º no Mundial, com 6 pontos, tantos quantos a equipa que representa e a Porsche tem-no debaixo de olho, independentemente de também competir pela Peugeot no Mundial de Resistência (WEC)! Na próxima temporada, na ABT-Cupra, mudança de parceiro técnico, com a troca da Mahindra pela Lola-Yamaha, equipa que tem Mark Preston, ex-diretor de Félix da Costa na Teechatah, no ano do título, como homem-forte, facto que alimenta mais a especulação sobre a possibilidade de António “mudar de ares” no final desta Época 10, com a Lola e ABT na “primeira linha” das alternativas à equipa alemã.
No Mundial de Pilotos, Pascal Wehrlein no comando, com 63 pontos, apenas mais dois que o neozelandês Nick Cassidy (Jaguar) e um que o britânico Oliver Rowland (Nissan). António Félix da Costa, depois de mau início de época, com três corridas consecutivas sem pontos, no México e na Arábia Saudita (duas), foi 6.º no Brasil e 4.º no Japão, e é 11.º na classificação, com 20 pontos. Entre as equipas, Jaguar na liderança, com 100 pontos, contra os 83 da Porsche e os 70 da Andretti. A campeã em título, a Envision, encontra-se na 8.ª posição, com 41.

Originalmente, em Misano, “pontapé de saída” na NXT Gen Cup, mas esta série de suporte com o LRT NXT1 baseado no elétrico Mini Cooper SE e reservada a pilotos com idades entre os 15 e os 25 anos foi cancelada por razões relacionadas com o promotor. O campeonato integrava seis corridas, quatro coincidentes com rondas da Fórmula E na Europa (Misano, Mónaco, Berlim e Londres). Ainda assim, durante o dia de hoje, mais ação no Marco Simoncelli, com o primeiro teste para “rookies” do ano: Taylor Barnard, britânico da McLaren, foi o mais rápido, com 1.18,762 m, à frente de Robert Shwartzman, israelo-russo da DS Penske (+0,154 s).
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