Dacia Sandero "motor" de recordes em 2024
- Pedro Junceiro
- 17 de jan.
- 4 min de leitura
A Dacia anunciou os seus dados de vendas relativos a 2024, ano em que a marca romena obteve os seus melhores registos de vendas na Europa (tanto em números, como em quota de mercado), com 676.340 unidades matriculadas, mais 2,7% face a 2023, e uma quota de mercado de 4,5% (excluindo comerciais ligeiros). Neste contexto, o Sandero foi mesmo o automóvel mais vendido da Europa.

A Dacia prossegue a sua tendência de crescimento na Europa. A marca do Grupo Renault deu a conhecer os seus números relativos a 2024 e evidenciou os ganhos obtidos ao longo dos 12 últimos meses em termos de matrículas e em termos de quota de mercado.
Tendo uma gama de produto bastante modernizada, com os novos Duster e Spring a chegarem ao mercado, a Dacia mantém-se como uma das marcas em crescimento no mercado europeu. De acordo com os dados avançados pela companhia romena, foram vendidos 676.340 veículos no ano passado, o que representa um aumento de 2,7% face ao ano precedente.
Em termos de quotas de mercado, a Dacia obteve valores recorde na sua história
Em termos de quotas de mercado, a Dacia obteve valores recorde na sua história, com 3,9% somando os veículos de passageiros e comerciais ligeiros (+0,1% face a 2023) e 4,5% no caso de se terem em conta apenas as vendas de veículos ligeiros (+0,1% face a 2023). A marca também manteve o seu lugar no pódio europeu das vendas a retalho, com uma quota de mercado de 8,2% (-0,1% em relação a 2023).

Estes bons resultados foram impulsionados por fortes desempenhos em vários países, que registaram um máximo histórico em termos de quota de mercado de veículos de passageiros: 4,2% na Áustria, 5,2% na Bélgica-Luxemburgo, 2,5% na Alemanha, 6,2% em Itália e 7,7% em Portugal (mais 0,3% em relação a 2023). Esses valores refletem os crescimentos de vendas em muitos países europeus, como na Áustria, onde cresceu 13,2%, na Bélgica-Luxemburgo, onde aumentou 15,4%, em Espanha, onde cresceu 12,4% ou em Portugal, em que o crescimento foi de 10,7%.
A título de curiosidade, a Dacia indica ainda que já vendeu mais de 9 milhões de veículos desde 2004.

Três eixos de crescimento
O crescimento nas vendas e consequente recorde de quotas de mercado assenta, basicamente, em quatro modelos, com o Sandero a ser destacado por larga margem. Aliás, de acordo com os dados provisórios revelados pela marca, este foi o mesmo o modelo mais vendido na Europa em 2023.
Com 309.392 unidades vendidas, o Sandero teve um aumento de 14,5% em relação a 2023, assumindo assim o estatuto de veículo mais vendido na Europa em todos os canais e o veículo mais vendido no mercado retalhista europeu desde 2017. O Sandero é também o primeiro veículo da Dacia a superar a fasquia das 300 mil unidades vendidas num ano.
Outro modelo de sucesso é o Duster
Outro modelo de sucesso é o Duster, que em 2024 fez o cruzamento entre a segunda e a terceira geração. Com 215.024 unidades matriculadas na Europa, o SUV registou um aumento de 7,3% face ao ano precedente, assumindo também o epíteto de segundo veículo vendido a clientes retalhistas na Europa, atrás do Sandero. O Duster já ultrapassou os 2.5 milhões de unidades na estrada desde o seu lançamento em 2010.

O Jogger teve um aumento de 2,4% nas vendas europeias, com um total de 96.440 unidades matriculadas. O único modelo a destoar da senda de ganhos foi o Spring, modelo que em 2024 teve também uma nova geração a chegar ao mercado. Com 22.884 unidades matriculadas na Europa, registou uma quebra de -63% face 2023, o que a marca explica não só com a mudança de geração, mas também com a redução de subsídios governamentais em muitos países, como a Alemanha.
Dado curioso é o de que nos modelos vendidos em 2024, 78% terem sido escolhidos com o nível de equipamento mais elevado, com o Duster a chegar mesmo aos 80% e o Spring a chegar aos 67%.

Ofensiva completa em 2025
Para 2025, a Dacia terá um ano já completo em termos de gama, prosseguindo a sua estratégia de eletrificação com a inclusão de mais sistemas híbridos, a saber o novo Hybrid 155 no Bigster, sendo mesmo o primeiro modelo do Grupo Renault a beneficiar desta nova motorização.
No mesmo tema da eletrificação, esta começará a ganhar mais peso nas vendas, a exemplo do que já se vê no Jogger, no qual o híbrido representou 29% das vendas. A Dacia aponta, precisamente, esse mesmo número para o Duster de nova geração, lançado em maio do ano passado.
Com o Bigster, a Dacia pretende oferecer aquilo que denomina de melhor relação qualidade-preço no segmento dos C-SUV, com preços a partir dos 24.250€ para as versões a GPL/gasolina e 29.500 € para as versões híbridas. Com encomendas abertas desde 9 de janeiro, o Bigster estará disponível na rede de concessionários a partir da primavera.

A capacidade de conquistar e fidelizar os seus clientes também foi destacada na apresentação de resultados da Dacia. Nos “Big-5”, os cinco maiores mercados da Europa (França, Reino Unido, Alemanha, Itália e Espanha), seis em cada dez clientes Dacia não eram anteriormente clientes do Grupo Renault (62,3%) e oito em cada dez clientes Dacia adquirem outro veículo do Grupo Renault (81,1%).
Neste âmbito, para reforçar a fidelização dos clientes, a marca propõe o contrato “Dacia Zen”, incuído nos pacotes de serviços Essential e Essential+ e cobre todos os veículos da gama com uma garantia de 12 meses ou 30.000 km, renovável até 7 anos ou 150.000 km.
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