Sexto “Grand Slam” de Max Verstappen
- José Caetano

- 21 de set.
- 3 min de leitura
Max Verstappen, em Red Bull-Honda RBPT, dominou a ronda 17 da temporada de 2025, no circuito citadino de Baku, no Azerbaijão, combinando o comando nas 51 voltas da corrida com a vitória e volta mais rápido de grande prémio que começou da “pole position”. Conseguiu-o apenas pela sexta vez em 11 épocas na categoria, igualando, assim, o segundo melhor neste registo estatístico – o número um, com oito, é Jim Clark. Esta tarde, Russell (Mercedes) segundo, Sainz (Williams).

A McLaren-Mercedes, na oitava edição do Grande Prémio do Azerbaijão e na nona corrida na história da Fórmula 1 do circuito de Baku, tinha a primeira possibilidade de ganhar o bicampeonato de construtores – matematicamente, para comemorá-lo, encontrava-se obrigada a somar mais nove pontos do que a Ferrari, mas nem a escuderia britânica conquistou o título, nem a italiana manteve a segunda posição no Mundial (a Mercedes ultrapassou-a). O insucesso deveu-se tanto ao abandono de Oscar Piastri, o comandante do Mundial, ainda durante a primeira volta da 17.ª ronda do calendário, como ao facto de Lando Norris não ter conseguido melhor do que a sétima posição, por isso capitalizando muito pouco os erros inesperados do parceiro de equipa (somando seis pontos, passou a contar com menos 25…).
Os resultados da qualificação da véspera denunciavam as dificuldades da equipa dominadora do Mundial de 2025 em Baku e confirmavam o (muito) bom momento de forma de Max Verstappen e da Red Bull-Honda RBPT, dupla vencedora da ronda 16 da temporada, em Monza, Itália. No Azerbaijão, o tetracampeão, arrancando da “pole position”, dominou de fio a pavio e comemorou a 67.ª vitória na Fórmula 1, a quarta nesta época. O neerlandês, com este resultado, reposicionou-se, também, na corrida ao título, ao reduzir a desvantagem para Oscar Piastri de 94 pontos para 69. Até ao final do Mundial, no calendário, sete grandes prémios e três corridas de “sprint”.

“É difícil antecipar tudo o que pode acontecer até ao final do campeonato. Segue-se Singapura, que será muito diferente, seguramente. Aqui, o nosso fim de semana foi incrível. Confirmou-se a expetativa de corrida difícil, sobretudo devido ao vento forte, mas tivemo-la sempre sob controlo. Estou feliz com o nível de ‘performance’ que apresentámos”, disse Verstappen, que comemorou a segunda vitória nas ruas de Baku (primeira em 2022) e igualou um recorde do piloto mexicano Sergio Pérez, ex-companheiro na Red Bull (e futuro adversário, com a Cadillac).

Erros (anormais) de Piastri, pódio de Sainz
Em Baku, surpreendentemente, o australiano Oscar Piastri, o vencedor da corrida de 2024, somou erros e, abandonando na primeira volta do grande prémio, depois de falsa partida que originou queda a pique na classificação, de nono para 20.º – o piloto da McLaren-Mercedes, para Singapura, “transporta” penalização de 5 s!... –, bloqueou as rodas dianteiras do monolugar na travagem para a curva, colidiu com o muro exterior da curva 5 e abandonou. E, assim, fim das séries de 34 corridas no “top-10” e 44 sem desistências.

Os erros de Piastri, anormais, abriam a porta à aproximação de Norris no Mundial, mas o britânico da McLaren, após qualificação discreta (sétimo), também teve dia menos bom e ganhou apenas seis pontos ao companheiro de equipa, passando a somar menos 25 no campeonato de pilotos. George Russell (Mercedes), segundo, conseguiu o sétimo pódio do ano, e Carlos Sainz (Williams), segundo na sessão de qualificação, conquistou a terceira posição e o primeiro “top-3” com a Williams. O espanhol não tinha resultado tão positivo desde o Abu Dhabi-2024, o dia do adeus à Ferrari.
“Honestamente, não consigo descrever o que sinto ou a importância do resultado. E é-o tanto para mim como para a equipa”, exclamou Carlos Sainz, depois do 28.º pódio da carreira, e o primeiro da Williams, que passou a contar com 314, desde a Bélgica-2021 (Russell).
































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