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Stellantis perde 2,3 mil milhões de euros

Atualizado: 22 de jul.

A Stellantis, consórcio que detém marcas como Peugeot, Citroën, Opel ou Fiat, anunciou um prejuízo líquido de 2,3 mil milhões de euros no primeiro semestre do ano, justificando-o com o impacto das tarifas nos EUA e o decréscimo das vendas nesse mercado e na Europa.


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Os resultados financeiros preliminares do Grupo Stellantis, referentes ao primeiro semestre de 2025, revelam um prejuízo líquido de 2.3 mil milhões de euros, reflexo não só dos efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos a veículos e componentes importados, mas também do decréscimo das vendas nesse mercado e na Europa.

 

O consórcio, agora liderado por Antonio Filosa no cargo de Diretor-Executivo, apresentou receitas líquidas totais de 74.3 mil milhões de euros nos primeiros seis meses de 2025, ou seja, um decréscimo de 12,5% face ao valor do período homólogo de 2024, que foi de 85 mil milhões de euros, por sua vez, uma redução de 14% face a 2023.

 

Uma das justificações, aponta a Stellantis, está na questão das tarifas que os Estados Unidos da América impõem a produtos importados, uma medida que penaliza em grande medidas as marcas americanas do grupo (como a Dodge ou Chrysler). Em comunicado, o consórcio explica que estes resultados refletem “os efeitos iniciais das tarifas dos EUA – 0.3 mil milhões de euros de tarifas líquidas incorridas, bem como a perda de produção planeada relacionada com a implementação do plano de resposta da empresa”.


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Menos entregas 

Ao efeito das tarifas e consequentes paragens na produção na América junta-se o período de renovação de algumas das gamas mais importantes na Europa, assistindo-se assim a um volume menor de entregas a nível global de todo o grupo. Cingindo-se aos dados do segundo semestre, foram entregues menos 6% de veículos em comparação como mesmo período de 2024, com 1.447 milhões de veículos entregues contra 1.537 milhões do ano passado.

 

A região que mais influencia estes números é a da América do Norte, sem surpresa, com um decréscimo de 25% nas entregas a clientes, com 322 mil de veículos entregues, contra 431 mil do período homólogo comparável. Uma vez mais, a Stellantis cita como causas “a redução no fabrico e nas remessas de veículos importados, mais afetados pelas tarifas, e vendas mais baixas no canal de frotas”.

 

As entregas no segundo trimestre na Europa Alargada diminuíram aproximadamente 50 mil unidades, representando uma queda de 6% face a igual período do ano anterior, devido, principalmente, a fatores de transição de produtos. Os veículos do segmento B da plataforma “Smart Car”, lançados recentemente, estão apenas agora a atingir seus níveis máximos de produção e as comparações com o ano anterior são afetadas pela interrupção da produção do Fiat 500 térmico, que aguarda a chegada de seu sucessor “mild-hybrid”.


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As entregas dos quatro modelos baseados na plataforma “Smart Car” (Citroën C3 e C3 Aircross, Opel/Vauxhall Frontera e Fiat Grande Panda) aumentaram 45% sequencialmente no segundo trimestre de 2025, ou 25 mil unidades, em comparação com o primeiro trimestre de 2025. Ou seja, este dado gera algum otimismo na companhia.

 

Nas restantes regiões da Stellantis, as entregas cresceram 71 mil unidades no total, representando um aumento de 22% em relação ao período homólogo de 2024, impulsionadas, principalmente, pela subida de 30% no Médio Oriente e África e de 20% na América do Sul, aqui beneficiando de volumes mais elevados na indústria, em especial na Argentina e no Brasil.

 

Os resultados financeiros definitivos do primeiro semestre de 2025 serão divulgados, conforme previsto, a 29 de julho de 2025.

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