A Stellantis, depois de BMW e Mercedes, propõe pacote tecnológico que admite o Nível 3 de condução autónoma. O sistema novo chama-se AutoDrive e funciona a velocidades até 60 km/h e com visibilidade limitada, nomeadamente à noite e sob chuva (ligeira, não torrencial). Apresentam-no como “pronto a implementar”, mas desconhecem-se os automóveis (e as regiões) em que pretendem estreá-lo.

Na corrida à condução autónoma, a Stellantis posiciona-se no mesmo patamar de BMW e Mercedes com a introdução da tecnologia AutoDrive. Este sistema de Nível 3 permite que o condutor, cumprindo-se mão cheia de pré-requisitos, concentre a atenção noutras atividades, mas mantendo a capacidade de reassumir o controlo do automóvel sempre que as condições de circulação mudem.
O AutoDrive, anuncia-o a Stellantis, pode implementar-se quase de imediato, mas a verdade é que o consórcio, na apresentação do programa novo, não anunciou os automóveis (nem as regiões) em que pretende estreá-lo. A tecnologia, igualmente de acordo com a empresa, atua até 60 km/h, no pára-arranca comum em cidades, à noite e até sob “condições climatéricas adversas”. Para o anúncio da tecnologia, o construtor recorreu a carros da norte-americana Jeep e da italiana Alfa Romeo.
Na conceção do AutoDrive, a Stellantis considerou a possibilidade de atualização (rápida!…) do sistema, apresentando-o, por isso, preparado para poder manter-se ativo até aos 95 km/h e até durante a utilização do automóvel em percurso fora de estrada.
Na Alemanha, a Mercedes, no Classe S, propõe, opcionalmente, o Drive Pilot, que funciona até 95 km/h. O sistema apresentado em 2022 encontra-se já na segunda geração. Mais recentemente (2024), a BMW, no Série 7, introduziu o Personal Pilot, sistema que funciona “apenas” até aos 60 km/h. A Honda também tem tecnologia de condução autónoma de Nível 3, mas ainda não a homologou na Europa ou nos EUA.
No caso da Stellantis, o AutoDrive, atuando apenas no Nível 2, admite velocidades maiores, mas mantém o condutor no controlo da operação, mesmo após ativação do programa. A passagem para o Nível 3 faz-se em comando específico e somente quando as condições de circulação o permitem, incluindo à noite ou sob chuva, já que o programa integra função de limpeza automática dos sensores. Desconhece-se o tipo de sensor utilizado pelo consórcio que integra Citroën, Chysler, Fiat, Jeep, Peugeot & Cia., mas este tipo de equipamentos, por norma, conta com tecnologia laser que cria imagens e mapas dos obstáculos na estrada.
O entusiasmo pela condução autónoma de Nível 3 diminuiu, devido aos custos da tecnologia. A Renault, por exemplo, considera-os muito elevados para uma marca generalista. A Audi também abandonou o projeto em que trabalhava, mas admite-se que possa contar com este tipo de sistema a partir de 2027 – no ano passado, o Grupo Volkswagen anunciou acordo com a Mobileye, empresa que planeia propor equipamento capaz de autorizar “até 130 km/h em autoestrada”. E a Ford também admite a disponibilidade de dispositivo com competências semelhantes em 2026.
Comments