A marca americana de automóveis elétricos anunciou uma quebra nas entregas dos seus automóveis novos. É a primeira vez desde 2020 que tal acontece
A Tesla revelou os seus dados de entregas de automóveis no primeiro trimestre, anunciando que apenas procedeu à entrega de 386.810 unidades, aquém dos 422.875 veículos que entregou aos clientes no período homólogo de 2023.
Apesar disso, a marca anunciou um total de 433.000 unidades produzidas, justificando dificuldades logísticas nos transportes da China para a Europa, devido aos constrangimentos verificados no Mar Vermelho, onde os ataques dos Houthis aos navios de mercadorias obrigam a novas alternativas, mais demoradas e dispendiosas. Ainda assim, importa notar uma alteração na indústria automóvel.
Sem especificar a gama de modelos produzidos, a Tesla revela que foram produzidos 412.376 unidades dos Model 3 e Model Y, mas apenas foram entregues 369.783 veículos. Dos restantes Model S, Model X e Cybertruck foram produzidos 20.995 unidades, mas entregues 17.027 veículos.
A existência de cada vez mais “protagonistas” no mercado dos automóveis elétricos, entre as novas fabricantes chinesas e os construtores tradicionais que também começam a orientar-se para esta tecnologia. Esta foi a primeira vez que a Tesla anunciou uma quebra nas entregas desde 2020, ano que ficou marcado pela pandemia de Covid-19.
As ações da marca norte-americana caíram mais de 5% em bolsa, com alguns analistas a desconfiarem do potencial da companhia num futuro não muito distante
Porém, apesar destes resultados, a Tesla voltou a ser a marca líder global na venda de automóveis 100% elétricos, que era da BYD desde o final de 2023, já que esta vendeu 300.114 elétricos a bateria no primeiro trimestre, em contraponto com os 525.409 VE vendidos no último trimestre de 2023. Porém, se se efetuar uma comparação direta com o primeiro trimestre de 2023, a BYD cresce 13%.
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