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Comerciais Renault inovadores no desenho e tecnologia

Previstos para meados de 2026, os Renault Estafette, Goelette e Trafic traduzem o esforço disruptivo da marca francesa no segmento dos veículos comerciais ligeiros. Estreiam arquitetura de 800 V, conectividade de ponta e a sua plataforma de estilo “skate” permite-lhe modularidade elevada a pensar nas necessidades dos clientes modernos.



Marca com grandes pergaminhos na conceção de veículos comerciais ligeiros, a Renault dá corpo à sua ambição de liderar este mercado com uma geração completamente nova de elétricos de visual disruptivo, mas que escondem muitas outras competências, adaptando-se às necessidades dos clientes empresariais.

 

Posicionados de forma análoga em comparação com os seus homólogos com motor de combustão, os Renault Estafette, Goelette e Trafic permitem à marca oferecer soluções multienergias diversificadas, não abandonando os combustíveis tradicionais, mas juntando novas opções elétricas que incrementam a disponibilidade da gama, em adição aos Kangoo E-Tech e Master E-Tech já em comercialização.



Estes três modelos novos resultam da Flexis, “joint-venture” estabelecida entre os Grupos Renault, Volvo e CMA-CGM para o desenvolvimento de veículos comerciais altamente avançados e em que o conceito central é o da arquitetura SDV, ou seja, “Software Defined Vehicles”, automóveis conectados entre si e que possuem características que podem ser atualizadas ao longo da sua vida útil. Dessa forma, mantêm-se atuais e apelativos para os clientes, além de poderem ainda receber ecossistemas dedicados com aplicações profissionais graças à digitalização.


Comum aos Estafette, Goelette e Trafic é, então, a plataforma de tipo “skate” concebida para otimizar a capacidade de carga (a bateria está localizada sob o piso), com extremidades curtas, motor elétrico traseiro compacto e “design” altamente aerodinâmico, a pensar na eficiência. A manobrabilidade é outra das duas características, já que o diâmetro de viragem é semelhante ao de um Clio (10,3 metros), o que beneficia a sua utilização urbana.



Duas opções de bateria 

Os Trafic, Goelette e Estafette E-Tech contam com motor de 204 cv (150 kW) e 345 Nm, produzido na Europa, e podem ser associados a duas soluções de bateria – de 60 ou de 81 kWh, apontando a diferentes necessidades tipos de cliente. Para quem faz das deslocações mais curtas o seu trabalho diário, a Renault recomenda a bateria LFP (fosfato de ferro-lítio) de 60 kWh, mais sustentável e menos dispendiosa, com autonomia combinada WLTP de até 350 km no caso da Trafic.

 

Para os condutores que percorrem distâncias mais longas, a escolha deverá recair na bateria de 81 kWh, de tecnologia NMC (níquel-manganês-cobalto), cuja densidade energética é maior e com autonomia WLTP de até 450 km, uma vez mais no caso da Trafic.

 

Os modelos beneficiam da tecnologia de carregamento rápido de 800 V, que permite repor de 15 a 80% da carga da bateria em menos de 20 minutos.

 

Em termos de tecnologia, os três VCL elétricos vão oferecer funcionalidades “Vehicle-to-Load” (V2L) e “Vehicle-to-Grid” (V2G): a primeira permite carregar outros dispositivos através de ficha a bordo dedicada e até auxiliar diretamente nas transformações, como em carrinhas frigoríficas, enquanto a segunda permite fornecer energia da bateria à rede elétrica, graças ao carregador bidirecional.



Trafic: o mais sonante 

Nome sonante, o Trafic vai na terceira geração, com mais de 2.5 milhões de unidades vendidas desde o lançamento, em 1980, com a quarta geração prestes a “abrir a porta” à revolução elétrica.

 

A plataforma modular permite duas versões: a L1 é a mais curta com 4,87 m de comprimento, permitindo 5,1 m3 de capacidade de carga, ao passo que a L2 mede 5,27 m de comprimento e disponibiliza 5,8 m3 de capacidade de carga. Sempre iguais, a largura é de 1,92 m e a altura é de 1,90 m, esta última com a particularidade de permitir agora acesso generalizado aos parques de estacionamento subterrâneos.

 

O Trafic foi desenhado para ser bastante aerodinâmico (valendo-se por exemplo de “spoiler” traseiro) e destaca-se pelo “design” vanguardista, sobretudo quando visto de frente. Sobressai pela faixa de luz na frente, pelo logótipo iluminado e pelas guias de luz que se estendem até às luzes diurnas dianteiras, num conjunto que dá a sensação de maior largura. O estilo futurista do Trafic também pode ser visto no para-brisas tipo viseira, composto pelo próprio para-brisas e por duas janelas laterais.



Detalhe a pensar no contraste visual, mas também a dar pistas para a sustentabilidade, o exterior é agraciado com alguns componentes em preto granulado, feitos de forma mais sustentável e que refletem a robustez dos comerciais. Nas laterais, a parte inferior em plástico de granulado preto remete para a ideia da bateria elétrica, enquanto os padrões a laser demonstram atenção à imagem.

 

O Trafic é também o primeiro Renault a receber assinatura luminosa traseira (esculpida em 3D) e, tal como nos ligeiros de passageiros, o logótipo é colocado diretamente na carroçaria, na porta traseira direita, acompanhado pela denominação Trafic, à esquerda, com novo “lettering”.



 A bordo, revela a sua “frescura” tecnológica, com um painel de bordo em forma de tubo, que vai de um lado ao outro do habitáculo, pautado pelos dois ecrãs – o de instrumentos com 10 polegadas e o de infoentretenimento com 12 polegadas. Os bancos têm revestimento em mistura de tecido cinzento e “Azul Jean Zeta”, com pespontos amarelos no cinzento e brancos no “Azul-Jean”.


Sendo um comercial focado no trabalho, a arrumação é parte fundamental, tirando partido de vários compartimentos de dimensões generosas: além do porta-luvas fechado, inclui suportes para copos, porta-documentos sob o ecrã central, áreas de arrumação atrás do painel de instrumentos, uma prateleira funda sob o "tubo" do lado do passageiro e dois níveis de arrumação nas portas, o mais alto para objetos pequenos e o mais baixo para objetos volumosos, como garrafas de água.

 

Refletindo a durabilidade do veículo, esta zona, visível tanto do exterior como do interior, é feita de compósitos de fibras naturais e de polipropileno (NFPP).



Goelette, o “camaleão” 

Também herdeiro de passado importante na Renault, o Goelette recupera a designação de modelo lançado em 1956, que ganhou popularidade como um dos furgões mais versáteis para os trabalhadores independentes ou para as pequenas empresas com necessidades específicas.

 

Partilhando a mesma plataforma e a mesma cabina do Trafic E-Tech (embora não pudesse ser vista durante a apresentação, em Birmingham), o Goelette E-Tech distingue-se por ser o “camaleão” de serviço, ou seja, com grande capacidade de transformação do espaço de carga.



 Graças aos seus eixos reforçados, pode transportar cargas até 1.4 toneladas, com a marca a garantir total capacidade para transformações efetuadas em fábrica pela Qstomize ou pela sua rede de transformadores certificados Renault, como, por exemplo, um chassis-cabina, uma caixa de grande volume ou uma cabina longa.


O chassis-cabina é um chassis simples após a zona da cabina, que pode ser equipado com qualquer carroçaria proposta pelos transformadores. O chassis pode ser equipado com uma caixa de carga de grande volume que pode ultrapassar os 10 m3, consoante as necessidades do cliente. Da mesma forma, a cabina longa, que combina o transporte de até seis pessoas com o espaço de carga amplificado, beneficiará das normas de qualidade de fabrico da Renault.



 Estafette nas entregas porta-a-porta 

Aproximando-se bastante do “concept car” visto em setembro de 2024, o Estafette E-Tech é definido pela Renault como o primeiro veículo concebido, do princípio ao fim, para refletir as especificações e a experiência do condutor de uma área de negócio específica: as entregas de última milha (“last mile”).

 

Com um nome histórico (deriva do furgão Renault de 1959 e que vendeu mais de meio milhão de unidades até 1980), o Estafette E-Tech promete chamar as atenções por onde quer que passe, sobretudo por ser bastante alto. Com 5,27 m de comprimento e 2.60 m de altura, permite que o motorista de entregas (até 1,90 m) possa ficar de pé e movimentar-se no interior do veículo sem problemas, enquanto a capacidade de carga é de 9,2 m3. A plataforma, apesar de tudo, é a mesma dos Trafic e Goelette.



Visualmente, distingue-se por ser estreita e pela robustez exterior, com a proteção inferior da carroçaria a dispor de acabamento de granulado preto, contando depois com detalhes que apontam para a sua funcionalidade. As portas laterais deslizantes têm abertura exterior simplificada, até com o cotovelo quando as mãos estão ocupadas, sendo a do lado direito – a do passeio – mais leve graças à eliminação do mecanismo de descida do vidro. Atrás, a persiana traseira facilita a “acoplagem” aos cais de carga e o estacionamento, já que não há necessidade de contar com o espaço suplementar que seria necessário para a abertura de portas. As “lâminas” da porta deslizam ao longo do teto, em vez de formarem um rolo compacto de forma a não influenciar a altura e o acesso à secção traseira, o qual é facilitado pelo degrau inferior.

 

O formato tubular que percorre o painel de bordo em toda a largura é o mesmo do Trafic e do Goelette, mas o Goelette diferencia-se por ter o painel de bordo 20 cm mais alto, com disposição inferior simplificada, principalmente para criar espaço de arrumação adicional à direita do condutor - não estão previstos bancos de passageiros, com exceção de um banco rebatível para utilização ocasional ou para a formação de condutores.

 

O banco do condutor permite visão elevada e panorâmica do exterior, enquanto a sua deslocação para a área de carga foi facilitada.



Ecossistema digital 

Para a Renault, uma das “missões” destes modelos é a de criar um ecossistema que irá abarcar diferentes necessidades e com o sistema de infoentretenimento CAR OS (Car Operating System), concebido pela Ampere, no centro de tudo. Tem como base a tecnologia Google-Android, facilitando assim a aceitação de uma vasta gama de aplicações atuais e futuras, incluindo as das próprias empresas que desejem ter uma aplicação para o sistema nativo do veículo – por exemplo, uma empresa de distribuição poderá enviar aos seus motoristas todas as informações de rotas, itinerários ou contactos durante as suas deslocações.



 Os veículos com funções específicas, como os veículos refrigerados, as ambulâncias ou outras versões convertidas, também poderão utilizar a arquitetura inteligente dos SDV. Nos veículos refrigerados, por exemplo, a cadeia de frio será mantida como parte de uma abordagem preditiva, baseada em informações altamente detalhadas e em tempo real, como a temperatura exterior e o consumo real de eletricidade do veículo.

 

O sistema OpenR disponibiliza navegação adaptada aos VCL, tendo em conta as suas dimensões e carga para evitar percursos inadequados, além de rotas mais eficientes e tendo em conta zonas de recarga para a bateria. Os serviços Google Automotive, incluindo o Google Assistant e o Google Play, também estarão disponíveis. Nota para o catálogo de aplicações em constante expansão (mais de 50 aplicações que já podem ser descarregadas hoje) para enriquecer a experiência a bordo no ecrã de 12 polegadas, como o “browser” Vivaldi, a “app” de navegação Waze, a “app” de estacionamento EasyPark, ou as de multimédia Amazon Music, Spotify, Deezer e Prime Video.



Atualizações automáticas 

O “software” central está ligado à “nuvem” e pode ser atualizado remotamente e em tempo real, pelo que os veículos poderão ter assim maior longevidade e melhorar a sua utilização com o tempo. Além disso, em grande destaque está a função de manutenção preventiva, podendo identificar, antecipadamente, situações em que seja necessário substituir uma peça por desgaste de um componente. Com isso, evita o tempo de paragem por via de diagnósticos à distância. Esta funcionalidade será particularmente útil para os gestores de frotas, permitindo-lhes otimizar os custos, bem como o tempo de funcionamento e a disponibilidade dos veículos.

 

Também importante, a função de serviço de bordo “Safety Coach”, um assistente virtual que recorre aos diferentes sensores do veículo e inteligência artificial para analisar a condução do motorista, avaliá-lo no final da viagem e fornecer-lhe dicas dos pontos a melhorar. O Monitor de Segurança, por sua vez, apresentará informações em tempo real sobre o comportamento de condução diretamente no painel de instrumentos, mantendo o condutor permanentemente informado.



Fabricado em França 

Previsto para lançamento em meados de 2026 – ainda sem preços e sem datas concretas para cada um - este trio será fabricados em França, na fábrica do Grupo Renault, em Sandouville, juntamente com o Trafic com motor de combustão, que prossegue a sua carreira no mercado. Também ali, num edifício próximo da fábrica principal, vão ser construídas as carroçarias por medida para a Qstomize, a filial da Renault especializada na personalização e transformação de VCL.

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