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Dolphin Surf com preço de “combate”

Mais recente aposta da BYD para o mercado europeu, o Dolphin Surf reforça a aposta da marca chinesa na mobilidade elétrica, com propostas mais acessíveis e tecnológicas para concorrer com modelos como os Citroën ë-C3, Fiat Grande Panda ou Dongfeng Box. O preço e o equipamento são argumentos.



Marca número 1 a nível mundial no que diz respeito às vendas de automóveis de novas energias (NEV), ou seja combinando híbridos “plug-in” e elétricos, a BYD é uma das marcas que mais tem crescido também em Portugal, país ao qual chegou há cerca de dois anos: cingindo-nos apenas ao ano corrente, entre janeiro e abril, a companhia chinesa apresenta um crescimento de 189,5%, o mais elevado de todos os fabricantes que ocupam o “top-20”.

 

Mas, para dar continuidade ao seu esforço, a BYD apresenta agora o seu décimo modelo em solo português (e também na Europa), o Dolphin Surf, modelo 100% elétrico que se posiciona entre os segmentos A e B com argumentos como a tecnologia, equipamento e, naturalmente, o preço. Estes são aspetos relevantes para um mercado que regista um dos maiores potenciais de crescimento da Europa no que à tecnologia eletrificada diz respeito, sobretudo atendendo ao facto de apenas dez dos veículos NEV atualmente à venda neste segmento (entre os 3,6 e os 4,1 metros de comprimento) terem um custo abaixo dos 25.000€.



No Dolphin Surf (vendido noutros mercados como Seagull), a BYD aplica muita da receita já vista noutros modelos, como a E-Platform 3.0 com integração da própria bateria “Blade battery” na estrutura, numa solução que permite otimizar recursos ao nível da verticalização de fornecimento dos componentes e também melhorar o espaço a bordo e a eficiência geral.

 

Além disso, a unidade motriz assenta no conceito “8-em-1”, sendo mesmo o primeiro de produção em massa no mundo, o que também permite incrementar a eficiência e a facilidade de integração entre os diversos componentes, como a Unidade de Controlo do Veículo, a transmissão, o inversor, o conversor ou a unidade de gestão da bateria. Também na segurança, a marca destaca a utilização de aços de resistência ultra-elevada, atingindo os 68% no total.



Imagem vibrante 

Um dos pontos nos quais a BYD mais aposta é na imagem, com o Dolphin Surf a ter desenho agressivo e muito dinâmico, sendo também de apontar algumas semelhanças curiosas com um automóvel com que nada tem a ver – o Lamborghini Huracán, sobretudo na feição dos faróis. A razão prende-se com a influência do “designer” Wolfgang Egger, ex-elemento do Grupo Volkswagen (e da Lamborghini…) e responsável pela imagem dos BYD desde 2017.

 

Independentemente disso, revela visual dinâmico com cintura ascendente rumo à traseira (reforçado ainda pelo vinco na secção lateral), elementos de proteção nas cavas das rodas (“piscando o olho” aos SUV) e traseira com farolins esguios unidos por um filete horizontal e “spoiler” superior avantajado. Voltando à lateral, atente-se nas jantes de liga leve de 15 ou de 16 polegadas para complementar a imagem irreverente.



As dimensões colocam-no no “coração” do segmento B, com 3.990 mm de comprimento, 1.720 mm de largura, 1.590 mm de altura e 2.500 mm de distância entre eixos. Isto também se traduz num habitáculo com desafogo para quatro ocupantes – tanto para as pernas, como em altura – e bagageira que varia entre os 308 e os 1.037 litros. Falta a chapeleira, naquela que parece ser tendência dos carros chineses.



Interior “hi-tech” 

No interior, pautado por materiais rígidos na sua maioria, mas com construção muito cuidada, o Dolphin Surf destaca-se por elementos tecnológicos como os dois ecrãs, um para a instrumentação e outro para o sistema de infoentretenimento, de 10,1 polegadas, rotativo e de série em todas as variantes. Neste ecrã regulam-se todos os sistemas, como a navegação, a regulação da temperatura (utilizando a técnica dos três dedos deslizando pelo ecrã) e recorre-se também aos sistemas Android Auto e Apple CarPlay. Entre outras peculiaridades, dispõe de sistema de karaoke e aplicações integradas, como jogos para passar o tempo durante os carregamentos.

 

Este elétrico também dispõe de um comando de voz através da frase "Hi BYD" que lhe permite aceder a muitas funções-chave sem tirar as mãos do volante.

 

A marca apregoa ainda atributos como os bancos desportivos em pele vegan com regulação elétrica nas versões mais equipadas. O acesso pode ser feito através da tecnologia NFC, bastando encostar o smartphone ou um dispositivo “wearable” no sensor no espelho retrovisor do condutor para destrancar o veículo. Já o equipamento de segurança é bastante completo de série, incluindo os seis airbags, cruise control inteligente e adaptativo, controlo de máximos, alerta de colisão dianteira ou sistema de travagem automática de emergência.



Para outras utilidades, a BYD assegura tecnologia “Vehicle-to-Load” (V2L), que permite alimentar dispositivos externos com potência até 3,3 kW, recorrendo à bateria do Surf (como máquinas de café ou grelhadores elétricos).

 

Diferentes autonomias 

O Dolphin Surf recorre à badalada bateria “Blade Battery” da BYD, tratando-se de unidades de química LFP (fosfato de lítio-ferro), mais amigas do ambiente e cuja gestão térmica é mais eficaz, controlando melhor a sua temperatura em casos extremos. A curva de carregamento é também mais estável, mesmo que o pico de potência não seja o mais elevado. A marca garante ainda que a sua bateria poderá operar até 5.000 ciclos de carga.

 

Existirão duas baterias para diferentes versões: a de entrada, Active, conta com a bateria de 30 kWh para alimentar o motor elétrico de 88 cv (65 kW) de potência, acelerando dos 0 aos 100 km/h em 11,1 segundos. 220 km de autonomia, 25 minutos de 30 a 80% carregamento a 65 kW. Esta versão aponta até 220 km de autonomia, recarregando nos postos rápidos (DC) à potência máxima de 65 kW (30 a 80% em 25 minutos).



Num patamar intermédio situa-se a versão Boost, que utiliza o mesmo motor de 88 cv mas associado à bateria de maior capacidade, 43,2 kWh, para assim oferecer autonomia até 322 km. Esta versão acelera dos 0 aos 100 km/h em 12,1 segundos e carrega a 85 kW nos postos de carga DC (30 a 80% em 22 minutos).

 

Por último, a versão topo de gama, Comfort, combina a bateria de maior capacidade com o

motor elétrico de 156 cv (115 kW) e 220 Nm para aceleração mais rápida dos 0 aos 100km/h (9,1 segundos), para autonomia de 310 km em ciclo combinado WLTP. A potência máxima de carregamento DC mantém-se nos 85 kW (30 a 80% em 25 minutos).

 

O carregamento trifásico de 11 kW AC é transversal a toda a gama, levando 3h30 a carregar totalmente a bateria na versão Active e 5h00 nas versões Boost e Comfort.



Gama e equipamentos

Assumindo como objetivo a intenção de revolucionar a mobilidade elétrica com custos acessíveis, a  BYD propõe o Dolphin Surf a partir dos 20.885€ na versão Active (30 kW), ao passo que as versões Boost (43,2 kWh) e Comfort (43,2 kWh) estão disponíveis por 24.990€ e 27.990€, respetivamente, sem despesas de legalização e de transporte.

 

Por equipamento, a versão Active apresenta já elenco tecnológico muito completo, como o ecrã de 10,1 para o infoentretenimento, sensores de estacionamento traseiros, câmara traseira, V2L, entrada e arranque sem chave NFC, controlo de velocidade de cruzeiro adaptativo, ar condicionado, bancos em pele vegan e espelhos laterais ajustáveis eletricamente. A variante Boost inclui jantes de 16 polegadas, ajuste elétrico nos bancos dianteiros, sensores de chuva e espelhos laterais elétricos rebatíveis. Por fim, a versão Comfort inclui câmara 360 graus, faróis LED, bancos dianteiros aquecidos e carregamento de smartphone sem fios.

 

O modelo terá apenas quatro opções exteriores de cor (“Lime Green”, “Polar Night Black”, “Apricity White” e “Ice Blue”), prevendo-se que as primeiras unidades cheguem aos clientes a partir de junho. A BYD aponta garantia geral de seis anos (ou 150.000 km) e de oito anos para a bateria e o motor elétrico (ou 200.000 km com capacidade a 70%).



 

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