Em Monza, Max e muitos recordes!
- José Caetano

- 7 de set.
- 4 min de leitura
O piloto neerlandês Max Verstappen, em Red Bull-Honda, ganhou a 76.ª edição do Grande Prémio de Itália, 75.ª no Autódromo Nacional de Monza. É a 66.ª vitória do tetracampeão na Fórmula 1, e a terceira nesta corrida e em 2025. No segundo e no terceiro lugares da corrida com 53 voltas, classificaram-se, respetivamente, Lando Norris e Oscar Piastri, ambos em McLaren-Mercedes. E, assim, no campeonato, o britânico passou somar menos 31 pontos do que o parceiro de equipa australiano, que lidera o Mundial, depois de cumpridas 16 corridas de calendário com 24.

O nome de Max Verstappen encontra-se inscrito em diversos capítulos do livro dos recordes da Fórmula 1. A categoria-rainha da competição automóvel foi criada em 1950, encontrando-se, pois, a cumprir 75 anos e na 76.ª temporada. Esta tarde, no Templo da Velocidade, o cognome do Autódromo Nacional de Monza, circuito a 35 km de Milão que recebeu o Grande Prémio de Itália pela 75.ª vez – foi a 76.ª edição da corrida, mas a de 1980 realizou-se em Imola –, o tetracampeão mundial somou outro máximo a lista cada vez mais extensa, depois de protagonizar, na véspera, a volta mais veloz de sempre durante uma qualificação, com 5,793 km (e 11 curvas) em 1.18,792 m, à velocidade media de 264,682 km/h!
Max Verstappen, o primeiro piloto ganhar em Monza a partir da “pole” desde 2019, somou a 66.ª vitória da carreira da Fórmula 1, mas “apenas” a terceira em 2025. O neerlandês tem protagonizado temporada irregular – confirma-o a terceira posição no campeonato de pilotos, atrás do australiano Oscar Piastri e do britânico Lando Norris, ambos da McLaren-Mercedes –, mas não perdeu o hábito de ganhar, muito menos a capacidade de valer muito mais do que o monolugar da equipa austríaca. E, esta tarde, provou-o outra vez! O neerlandês ganhou em Monza pela terceira vez e acabou com o jejum que persistia desde 18 de maio, o dia do segundo triunfo da temporada, no Grande Prémio da Emília-Romanha, em Imola, também em Itália…
Recordes, recordes, recordes…
Mas, mais! Verstappen venceu a corrida mais rápida na história da Fórmula 1, com as 53 voltas cumpridas em 1:13.24,325 horas, o que corresponde a uma média de mais de 250 km/h, com 250,706 km/h (!), aproveitando as condições climatéricas excecionais e a ausência de Safety Cars (físicos e virtuais). Este registo “implodiu” o de Itália-2003, de 1:14.19,838 horas (247,588 km/h), também em Monza, corrida ganha pelo alemão Michael Schumacher, num Ferrari.

E Itália-2025, ronda 16 de temporada com 24 grandes prémios, teve mais registos históricos. Lando Norris, por exemplo, com 1.20,091 m na volta 53 (249,617 km/h de velocidade média) “derrubou” o recorde da volta mais rápida do grande prémio, que pertencia ao brasileiro Rubens Barrichello (Ferrari) desde 2004, com 1.21,046 m (e 247,585 km/h)! O britânico terminou na segunda posição, a 19,207 s de Max, e recuperou três pontos ao companheiro de equipa de Oscar Piastri, que passou a somar “apenas” mais 31 pontos no Mundial de Pilotos (logo, perdeu “só” três…).

O “fair play” de Oscar Piastri
Na ponta final da corrida, o australiano protagonizou momento de “fair play” cada vez menos comum na elite do desporto: a McLaren-Mercedes mandou-o parar nas boxes primeiro do que Norris, mudando a ordem de acontecimentos determinada pelas posições na pista, para garantir que o comandante do campeonato mundial conseguia proteger-se de ataque de Charles Leclerc, da Ferrari. Todavia, quando o britânico realizou a mesma operação, também para o cumprimento obrigatório da troca de pneus, a equipa demorou mais tempo do que o planeado e fez com que o britânico baixasse de segundo para terceiro. Oscar percebeu a situação e aceitou a “sugestão” para devolver a posição ao companheiro de equipa e rival número um na luta pelo título de 2025. Verstappen, através do rádio, soube da ação e riu-se…
Em Monza, num fim de semana com 370.000 adeptos nas bancadas durante todo o fim de semana, “tifosi” que não viram Leclerc nem Hamilton no pódio do Grande Prémio de Itália, Max perdeu o comando apenas temporariamente, primeiro após o arranque (excedeu os limites da pista na curva 1 e cedeu a posição a Norris, mas recuperou a primeira posição na volta 4!), depois com as paragens nas boxes para trocas de pneus (perdeu-o na 38, recuperou-o na 47 e manteve-o, tranquilamente, até à bandeira de xadrez, no final da 53).
Piastri e Leclerc também protagonizaram “mano a mano” eletrizante nas primeiras voltas da corrida, mas o australiano acabou por superiorizar-se ao monegasco. E a McLaren-Mercedes, em Monza, circuito que não conta com as características que mais beneficiam os monolugares da escuderia britânica, dominantes em 2025 – a gestão da degradação dos pneus e a rapidez nas curvas lentas! – conquistou mais dois pódios, passando a somar 24, registo que iguala o da Mercedes em 2016 (até ao Grande Prémio de Itália). Nessa temporada, os alemães conseguiram o recorde de 33 que a escuderia de Woking tem “debaixo de olho”!…





































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