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Emissões “tramam” desportivos na Europa

As normas relativas às emissões poluentes na Europa estão a “extinguir” os automóveis desportivos equipados exclusivamente com motor de combustão no “Velho Continente”. O Honda Civic Type R é o membro mais recente de uma lista que tem tendência para aumentar no futuro.


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A “guerra” declarada pela União Europeia (UE) às emissões poluentes resultantes do setor dos transportes está a ter como consequência mais evidente a saída de cena de alguns automóveis desportivos munidos unicamente com motores de combustão interna.

 

Nem mesmo a decisão recente da UE de agilizar a soma da média das emissões de CO2 no agregado dos anos de 2025 a 2027, em contraponto com a norma anterior que apontava para uma redução estrita anualmente já a partir de 2025, demoveu a Honda de acabar com a carreira comercial do Civic Type R nos mercados deste continente, com o desportivo de motor 2.0 turbo prestes a despedir-se em breve (com edição especial limitada alusiva).

 

Mas esse está longe de ser caso único no mercado europeu, já que vários outros modelos sucumbiram à necessidade de cortar na média das emissões de toda a gama, sobretudo num momento em que a apetência por modelos 100% elétricos arrefeceu ligeiramente, obrigando muitos construtores a repensarem as suas estratégias para os próximos anos.



Na Hyundai, a gama N com motores de combustão também foi abandonada, com o i20 N e i30 N a saírem de cena em 2024, antecipando-se ao apertar da malha de emissões e alinhando-se também com a estratégia da própria marca sul-coreana de investir cada vez mais em modelos elétricos.

 

Outros modelos também tiveram presença curta na Europa, embora por combinação de razões, aliando-se as emissões poluentes às normas relativas da cibersegurança. Foram os casos de modelos como o Toyota GR86, que apenas esteve em comercialização na Europa durante cerca de um ano. Em breve, o GR Supra seguirá o mesmo caminho, preparando-se a sua despedida também com versões finais. Ainda assim, estes modelos chegaram a ser vendidos neste continente, ao contrário do GR Corolla, modelo que ficou de fora das opções da companhia nipónica.

 

As normas de cibersegurança também causaram o fim dos Porsche 718 Boxster e Cayman na Europa.

 

Noutras paragens, a Abarth acabou com todos os seus modelos novos com motor de combustão interna. Em seu lugar, os 500E e 600E são comercializados unicamente em versões elétricas.


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“Fintar” o destino? 

No entanto, há ainda alguns casos de modelos desportivos com motor de combustão interna que persistem, tirando partido de gamas mais amplas em que os veículos eletrificados permitem equilibrar as médias de emissões de CO2. Ou seja, alguns construtores tentam “fintar” o destino fatalista para os modelos de altas prestações com emissões poluentes.

 

Entre os exemplos mais óbvios estão os de marcas “premium”, como BMW, Audi ou Mercedes, estas três com “resistentes” de alto calibre ainda de quatro, cinco, seis ou de oito cilindros, dependendo dos modelos em questão – o Audi RS 3 dispõe de um bloco de cinco cilindros em linha, o BMW M2 Coupé de um seis cilindros em linha e o AMG GT de um V8, apenas para formalizar alguns casos.

 

Mas, há também fabricantes generalistas que mostram esforço para manter os seus modelos mais desportivos, sendo o caso da Volkswagen, com o Golf GTI (e seus derivativos Clubsport e R) a figurarem como conceitos cada vez mais isolados daquela que já foi a filosofia dos “petrolheads”. Porém, os Golf deixaram de ter caixa manual.

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