Fórmula E: Ian James na Jaguar
- José Caetano
- 2 de ago.
- 2 min de leitura
A Jaguar prepara mudanças importantes na escuderia de Fórmula E, depois de Época 11 muito bem-sucedida – segunda classificada nos campeonatos de pilotos (Nick Cassidy), equipas e construtores. James Barclay deixa a operação para comandar a McLaren no WEC, sucedendo-lhe Ian James, ex-McLaren e Mercedes-EQ. E António Félix da Costa está próximo de tornar-se companheiro do neozelandês Mitch Evans.

Ian James, diretor das equipas Mercedes-EQ de 2019 a 2022 e Neom McLaren de 2022 a 2025, prepara-se para assumir o comando das operações da Jaguar na Fórmula E, sucedendo a James Barclay, que "reintroduziu" a marca britânica na competição automóvel e desempenhou o cargo durante nove temporadas, mas está de saída para a McLaren Endurance Racing, estrutura que competirá no Mundial de Resistência (WEC), na categoria de topo (Hypercar), a partir de 2027. E, assim, não existindo mudança inesperada de planos, nomeadamente no "adeus" de António Félix da Costa à Porsche, está escolhido o "chefe" do português (e do neozelandês Mitch Evans) na Época 12 do campeonato de monolugares elétricos, que tem “pontapé de saída” marcado para 6 de dezembro, em São Paulo, Brasil.
A Jaguar TCS Racing, equipa baseada na região de Coventry, Inglaterra, despediu-se da Época 11 em muito boa forma, conseguindo três vitórias consecutivas, todas "assinadas" pelo piloto neozelandês Nick Cassidy, segundo classificado no Mundial de Pilotos, também a classificação da formação britânica nos campeonatos de Construtores e as Equipas. Cassidy encontra-se a caminho da Stellantis, consórcio com duas marcas nesta competição. A Jaguar, na disciplina, desde a estreia na Época 3 (2016-2017), e em 127 ePrix, contabiliza 22 vitórias (seis em 2024-2025), 13 “poles”, 53 pódios e o título de Equipas de 2023-2024.

Comparativamente, Neom McLaren menos bem-sucedida. A equipa baseada em Bicester, Inglaterra, nas três temporadas que esteve no Mundial, competiu sempre com monolugares da Nissan e conseguiu apenas uma vitória (Sam Bird, São Paulo-2024), seis “poles” e oito pódios. A formação, nas grelhas de partida, sucedeu à Mercedes-EQ, que também esteve três épocas na categoria, mas foi mais competente, com sete vitórias, seis “poles”, 22 pódios e, ainda, dois títulos de pilotos (Stoffel Vandoorne em 2020-2021 e Nyck de Vries em 2021-2022) e dois de equipas.
Ian James ainda procurou comprador para a McLaren, que decidiu abandonar a Fórmula E para redirecionar recursos financeiros e humanos para programa novo no WEC (a Hyundai, conta-se, esteve entre os interessados…), mas o esforço não produziu resultados positivos e, assim, a licença da equipa volta à propriedade do promotor da Fórmula E. Este desfecho, teoricamente, deixa Sam Bird e Taylor Barnard sem volantes para a Época 12. O primeiro, 38 anos, pode abandonar o campeonato, enquanto o segundo, 21, depois de protagonizar uma mão cheia de corridas eletrizantes, estuda alternativas para 2025-2026.
Comentários