Alargando o lote competições nacionais em que estará envolvida, a Toyota Gazoo Racing apresentou o Yaris Rally 2 para a temporada de 2025 do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), que se junta aos Hilux T1+ Evo para o Todo-o-Terreno e o Supra GT4 para a velocidade. Lançamento coincidiu com a chegada a Portugal do GR Yaris renovado para as estradas.
Reforçando o seu compromisso para com o desporto automóvel português, a Toyota Gazoo Racing Caetano Portugal apresentou mais uma aposta para a temporada de 2025, com o GR Yaris Rally 2 pronto para participar no Campeonato de Portugal de Ralis (CPR). O importador abre assim mais uma “frente” de competição ao mais alto nível em Portugal, já que a serão mantidas as apostas no Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno (CPTT) e no Campeonato de Portugal de Velocidade e Iberian Supercars.
No caso do GR Yaris Rally 2, a Toyota Gazoo Racing tira partido dos ensinamentos obtidos ao longo dos últimos anos no patamar principal dos ralis internacionais, o Mundial de Ralis (WRC), para criar uma versão menos elaborada para a categoria WRC2, na qual Sami Pajari e Jan Solans já obtiveram triunfos nesta temporada (incluindo no Rali de Portugal).
Agora, aquele modelo da Toyota Gazoo Racing está pronto para as provas nacionais, com a Salvador Caetano a anunciar a participação no CPR de 2025, numa entrada com um único carro único e ainda sem dupla de pilotos confirmada. O importador confirmou a E-AUTO que estão a ser avaliadas diversas hipóteses para o lugar de piloto, entre a aposta na juventude ou na experiência, devendo ser anunciado um nome muito em breve. A preparação do carro estará a cargo da estrutura Sports & You, liderada por José Pedro Fontes.
Único modelo WRC2 com motor 1.6 de três cilindros
Em relação aos principais rivais do campeonato, o GR Yaris Rally 2 assume a característica distintiva de ser o único modelo WRC2 com motor 1.6 de três cilindros, associado a caixa Sadev sequencial de cinco velocidades e com um peso homologado de 1230 kg (incluindo roda suplente). O Yaris Rally 2 cumpre com todos os requisitos de segurança e especificações da FIA para a categoria WRC2 e vem agora enriquecer o panorama nacional dos ralis.
Yaris Rally2 “bem-nascido”
Para permitir aos jornalistas sentirem as emoções deste Rally 2, a Toyota Gazoo Racing Salvdor Caetano “montou” uma operação no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), na qual contou com a sua “frota” de modelos de competição – o GR Supra GT4 pilotado por José Pedro Fontes, o Hilux T1+ Evo pilotado por João Ramos e o Yaris Rally 2 com Bruno Magalhães de regresso aos comandos de um carro de ralis.
Tricampeão do CPR entre 2007 e 2009 e vencedor de múltiplas provas internacionais de ralis, Magalhães esteve ao “serviço” nesta ação, acabando também por dar a sua opinião quanto ao potencial do carro, que considera ser um “modelo bem-nascido”.
“Vê-se que é um carro desenvolvido por pessoas que sabem o que é importante num carro de ralis, bastante equilibrado e com muito potencial de desenvolvimento”, referiu Magalhães, após uma série de passagens por um troço bastante técnico e degradado pelo surgimento da chuva na região algarvia e, também, pelas passagens de outro Toyota para terrenos de terra, neste caso, o Hilux T1+ de João Ramos, que teve a mesma função.
Nessas primeiras sensações a bordo do GR Yaris Rally2, pilotado por Magalhães, sublinham-se duas notas: a sonoridade característica do bloco de três cilindros muito alterado e a capacidade de pilotagem de Magalhães que, apesar de estar sem competir há dois anos, mantém intacto o seu talento.
GR Supra pela noite
Outra experiência a bordo de um dos modelos de competição da Toyota Gazoo Racing deu-se com o GR Supra GT4, tratando-se de uma aposta da marca com vista à restituição da emoção nas pistas nacionais e ibéricas em termos de competições de velocidade.
Categoria de grande sucesso, a GT4 tem como base os carros de GT, dispondo neste caso de um motor de 3.0 litros e seis cilindros em linha, para uma potência de 430 cv. A caixa de velocidades de sete velocidades é automática com patilhas atrás do volante para controlo sequencial e foi especificamente trabalhada para esta versão de competição, havendo ainda diferencial traseiro e escape da Akrapovic, entre outros atributos, para um peso total de 1370 kg.
O sistema de travagem é melhorado através da utilização de pinças de travão de competição, com seis pistões à frente e quatro pistões atrás, enquanto corre com pneus Pirelli.
A experiência a bordo deste carro, com Fontes ao volante, decorreu já de noite no AIA, com o GR Supra GT4 a destacar-se, mais do que pela capacidade de aceleração, pela forma como trava, além de excelente capacidade de rotação em curva, o que faz com que seja particularmente ágil em pista.
O grande aileron traseiro de múltiplos ajustes incrementa a carga aerodinâmica nas curvas rápidas, o que se revela particularmente útil nas curvas longas e em apoio do circuito de Portimão. A este respeito, já conhecidas por serem “cegas”, as curvas do AIA tornam-se ainda mais desafiantes pelo facto de se percorrer a pista apenas com recurso aos faróis do Supra GT4, adensando um pouco mais as emoções desta experiência automobilística proporcionada também pelo talento de José Pedro Fontes.
Toyota “veio para ficar” também na pista
Ao chegar a Portugal, em 1969, a Toyota acompanhou-se do lema “A Toyota veio para ficar”, sendo curioso apontar que o mesmo se aplica ao automobilismo. A marca japonesa tem vindo a compor vários troféus em pista e também nos troços de ralis e de todo-o-terreno: desde a estreia com o Corona MK2, a marca já teve modelos em competição como os Starlet, Carina, Corolla, Yaris, Rav4 e Hilux, demonstrando também que a competição faz parte da sua filosofia.
Isso mesmo foi evocado por Rita Dória, Diretora Geral da Toyota Salvador Caetano, destacando que a Toyota Gazoo Racing, enquanto marca de altas prestações da companhia nipónica, “tem vindo a servir de laboratório para conceber automóveis desportivos melhores em termos de tecnologia e de componentes”. Uma estratégia em pirâmide em que “no topo está o conjunto das modalidades de desporto automóvel, na parte intermédia a criação de automóveis desportivos de alto nível e, na base, a gama GR Sport com design mais desportivo para incrementar as vendas de automóveis”.
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