top of page
Foto do escritorJosé Caetano

Leclerc e Leclerc na Scuderia Ferrari

Pela primeira vez na história da Fórmula 1, no início da ronda que encerra a edição 75 do Campeonato do Mundo de 2024, o treino livre 1 (esta sexta-feira, a partir das 9h30 de Portugal Continental) para o Grande Prémio do Abu Dhabi, no Yas Marina, dois irmãos como parceiros de escuderia: os pilotos monegascos Charles e Arthur Leclerc, na Ferrari!



A Scuderia Ferrari tem pela frente fim de semana eletrizante, devido à hipótese de poder sagrar-se campeã de construtores pela 17.ª vez e vencer o primeiro título na Fórmula 1 desde 2008, ano em que ganhou o campeonato, coletivamente, com os pilotos Kimi Raikkonen e Felipe Massa, mas contabiliza menos 21 pontos do que a McLaren-Mercedes, a favorita à vitória – e, curiosamente, o “jejum” dos britânicos é ainda mais prolondado; dura desde 1998 (Mika Hakkinen e David Coulthard)!


Os italianos entregaram o volante do SF-24 de Carlos Sainz ao monegasco Arthur Leclerc, 24 anos, irmão de Charles Leclerc, 27.

 

Curiosamente, a Scuderia decidiu iniciar fim-de-semana tão importante de forma diferente, apresentando dupla de pilotos inédita no primeiro treino livre do Grande Prémio do Abu Dhabi, no circuito Yas Marina, esta sexta-feira (arranca às 9h30 em Portugal Continental)! Os italianos entregaram o volante do SF-24 de Carlos Sainz ao monegasco Arthur Leclerc, 24 anos, irmão de Charles Leclerc, 27. Assim, pela primeira vez desde 1950, o ano da primeira edição do Mundial, irmãos em ação na Fórmula 1 como companheiros de equipa!



A decisão da Scuderia Ferrari deve-se ao regulamento da Federação Internacional do Automóvel (FIA), que exige a utilização de piloto com o máximo de dois grandes prémios na Fórmula 1 durante um treino livre 1. E, este ano, os italianos fizeram-no só no México, com Oliver Bearman, britânico de 19 anos – competirá com a Haas-Ferrari em 2025 –, ao volante do monolugar de Charles Leclerc. No entanto, como o inglês já tem três corridas na categoria-rainha do desporto automóvel (substituiu Carlos Sainz na Arábia Saudita e Kevin Magnussen no Azerbaijão e em São Paulo), a escuderia de Maranello, Itália, teve de recorrer à alternativa Arthur Leclerc, piloto de desenvolvimento e reserva da equipa!



Arthur Leclerc não tem o currículo do irmão mais velho (Charles venceu o GP3 em 2016, a Fórmula 2 em 2017 e, pela segunda vez em sete temporadas na Fórmula 1, pode terminar o Mundial de Pilotos na segunda posição, pois está na terceira, só a oito pontos de Lando Norris!), mas também tem talento reconhecido. Fez parte da Academia Ferrari e, recentemente, no Bahrain, conduziu o Ferrari 499P no teste de “rookies” (estreantes) organizado depois do ponto final do Mundial de Resistência (WEC), o que “abre porta” a carreira na categoria de topo de disciplina do desporto automóvel de regresso à ribalta, devido ao número de hipercarros no campeonato.



Outros irmãos na Fórmula 1 

Arthur e Charles Leclerc não são, no entanto, os primeiros irmãos na Fórmula 1. E não precisamos de recuar muitos anos para encontrarmos familiares adversários! Na década de 1990, primeiro Michael (1991), depois Ralf (1997), popularizaram os Schumacher – mais o primeiro, que foi sete vezes campeão, do que o segundo – e, curiosamente, os dois entraram na categoria pela “porta” da Jordan e, em 2001, no Canadá, estiveram no pódio do Grande Prémio do Canadá, com o segundo, então num Williams-BMW, a superiorizar-se ao primeiro, que representava a Ferrari. E os dois coabitaram no Mundial entre 1997 e 2006.

 

Antes, na década de 1970, Emerson Fittipaldi, campeão de 1972 e 1974, partilhou grelhas de partida com o irmão Wilson, e o sul-africano Jody Schekter, o vencedor do Mundial de 1979, teve o irmão Ian como adversário em 18 grandes prémios. No entanto, se o primeiro foi muito bem-sucedido, o segundo nunca somou pontos.

0 comentário

Posts Relacionados

Ver tudo

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page