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Stellantis “insiste” em Mangualde

Atualizado: 6 de jul.

A fábrica de Mangualde, unidade industrial responsável pela produção da gama de veículos comerciais ligeiros da consórcio Stellantis, “é peça fundamental” nos planos do companhia, garante Anne Abboud, diretora da divisão Pro One, que destacou o nível de eficiência acima da média daquela infraestrutura. No mercado europeu de VCL, sinais preocupantes de abrandamento na procura.


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Com três fábricas dedicadas à produção de veículos comerciais ligeiros compactos na Europa, a Stellantis continua a ter na infraestrutura de Mangualde uma peça-chave na sua rede logística da divisão Pro One, dedicada precisamente aos veículos direcionados ao setor profissional.

 

Elogiada por diversas vezes pelo anterior Diretor-Executivo da Stellantis, Carlos Tavares, a fábrica portuguesa parece não ter perdido o apelo positivo por parte dos responsáveis do grande grupo automóvel e continua a ser vista como um exemplo de eficiência no seio da divisão Pro One, produzindo os Citroën Berlingo, Fiat Doblò, Peugeot Partner e Opel Combo tanto em versões de trabalho e de passageiros, como também com motorizações térmicas e elétricas.

 

Essa mesma versatilidade e eficiência de laboração são destacadas por Anne Abboud, Diretora da Stellantis Pro One, em declarações realizadas durante uma mesa-redonda na qual a E-AUTO foi dos poucos meios portugueses presentes.


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“Mangualde, com Vigo [Espanha], é uma das fábricas mais eficientes dentro da rede da Stellantis”, enaltece Abboud, destacando que “[a produção] está a correr bastante bem com volumes elevados. Mangualde é fundamental na rede de quatro fábricas que temos para os modelos K9 [NDR: a gama de comerciais mais compactos]”.

 

A responsável confessa que “adora” a concorrência saudável que existe entre Mangualde e Vigo em termos de eficiência na produção dos veículos comerciais compactos, sobretudo numa malha que também se expandiu recentemente a África.


“Elsemere Port [Reino Unido] vai beneficiar a partir de meados de 2026 de um volume de produção maior devido ao encerramento de Luton e começámos em Oran, na Argélia, em outubro, novembro de 2024, estando ainda em fase de crescimento. A gama K9 é a mais vendida dentro da área da Stellantis… não existe outra linha de automóveis com um volume maior do que a dos K9, por isso precisamos de Mangualde para cumprir essa procura”, justifica.

 

Colocando por números, Abboud refere que “somos fortes na Europa, porque dentro dos cerca de 30% de quota de mercado que temos, cerca de 45% é dos K9, pelo que é chave dentro e fora da Europa”.



Mercado em decréscimo 

Apesar da relevância de modelos como o Peugeot Partner ou Citroën Berlingo, o setor dos veículos comerciais ligeiros está a atravessar um decréscimo em termos de volume, com Abboud a dizer que existe uma descida de 11% até final de maio em comparação com o mesmo período de 2024, naquele que “é um decréscimo bastante significativo” e mais rápido do que o antecipado.

 

“Penso que, no caso dos veículos comerciais, está relacionado com dois tópicos: o primeiro é a situação económica global da Europa, que não está a correr bem e o segundo está ligado à transição energética, com a passagem dos motores de combustão interna para os elétricos a bateria, onde existe muita incerteza. Além disso, há também a falta de incentivos em muitos países, com muitos a reduzirem também os incentivos aos veículos comerciais elétricos. Para mim, estas são as duas razões para o declínio do setor”, explicou, sem tecer quaisquer previsões num cenário global volátil.


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“Se vejo alguma reação a curto prazo? Não, vai continuar estável em redor dos -10% pelo resto do ano. Não posso dar mais números porque existe muita incerteza e se existe alguma guerra nalgum ponto do mundo a história é outra…”.

 

Abboud confia, no entanto, que a Stellantis Pro One é “flexível e está preparada para qualquer cenário” relativamente às atualizações regulamentares que possam vir da União Europeia nos próximos meses.

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