A Mercedes-AMG causou surpresa ao optar por motores de 4 cilindros nalguns dos seus desportivos mais recentes, o caso do C 63 E Performance com sistema híbrido Plug-In. Apesar das críticas dos adeptos mais puristas dos automóveis da marca alemã, esta aposta é mesmo para continuar.
Quando lançou a mais recente geração do C 63 E Performance, a Mercedes-AMG destacou o facto de contar com um motor de 4 cilindros e 2 litros associado a um sistema híbrido de altas prestações, como demonstra a potência total de 680 cv. Se este valor é capaz de entusiasmar, a forma de o alcançar nem tanto, pelo menos para os mais puristas, que teceram críticas à opção pela arquitetura da mecânica de combustão interna.
Por preferirem motores mais “volumosos”, existem clientes que têm optado por soluções desportivas de outras marcas rivais, nomeadamente da BMW e da Audi. Porém, isso não deverá ser suficiente para demover a marca de Affalterbach, que não tem quaisquer planos para recorrer a motorizações térmicas maiores.
Jaime Cohen Benítez, diretor-geral da divisão australiana da marca, referiu ao meio digital Carsales que estas motorizações são para continuar e que, comparando-as com a ascensão dos "smartphones", a polémica não passa de "uma questão de hábito".
“Eu também preferia telemóveis com teclados. Como poderiam vender-se sem teclados? Pois, aqui está um sem teclado [referindo-se ao seu]. O progresso leva o seu tempo e, no final de contas, tem êxito por convencer e satisfazer as pessoas”, diz Cohen.
Para corroborar a sua opinião, também recorda a questão das caixas manuais, lembrando que, no início da proliferação dos sistemas automáticos, ainda eram muitos os clientes que preferiam as manuais.
Comments