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MG MGS5 EV Luxury 64 kWh

Atualizado: 31 de out.

O MGS5 EV é o novo representante da MG no segmento dos Sport Utility Vehicles (SUV) médios com motorizações elétricas, apresentando-se como um automóvel muito “polido” no desempenho geral, na tecnologia disponibilizada e na configuração do interior. A relação preço/equipamento representante mais-valia importantíssima, sobretudo na versão mais potente da gama, com 231 cv, que também é a que tem mais autonomia, por dispor de bateria com 64 kWh de capacidade.


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A MG encontra-se entre as marcas que mais progrediram nas matrículas de automóveis novos no mercado nacional durante os primeiros seis meses do ano, com um aumento de 95,4% no número de registos, na comparação com o período homólogo de 2024, de acordo com dados da ACAP. Este desempenho comercial comprova o sucesso da estratégia cada vez mais abrangente da marca detida pelo consórcio chinês SAIC, sempre com incidência na eletrificação, tecnologia que tem vindo a desenvolver muito rapidamente.

 

O resultado mais recente desse empenho na área da eletrificação é o MGS5 EV (chama-se só MG ES5 na China), SUV com que “ataca” um dos segmentos mais competitivos e importantes na Europa, fazendo-o com a ambição de ganhar ainda maior protagonismo na região. A base do automóvel novo não é desconhecida, uma vez que a plataforma modular utilizada é partilhada com o MG4, embora a marca diferencie muito bem os dois modelos em termos de gama.


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O MGS5 EV é um SUV proposto apenas como elétrico e isso reveste-se de grande importância na definição do espaço a bordo. Com 4,476 mm de comprimento e 2,700 mm entre eixos, este automóvel destaca-se pela habitabilidade nos lugares traseiros, onde dois adultos, mesmo de maior envergadura/estatura, encontram espaço abundante em todas as direções. A largura interior e a ausência de túnel central no piso até facilitam a instalação do terceiro ocupante no banco central posterior, mas essa solução é de recurso limitado, devido ao assento e ao encosto muito duros.


Passando para a frente, o banco do condutor beneficia de ajuste elétrico e de aquecimento, ao passo que o volante hexagonal remete para abordagem mais desportiva. As informações de viagem são apresentadas em painel digital de 10,25’’, de interpretação fácil e personalizável (mas pouco...), ao passo que a grande maioria das funções de bordo está disponível no ecrã tátil de 12,8’’, no qual se encontra um sistema multimédia simples e, por isso, fácil de utilizar “q.b.” (lamenta-se, todavia, a desinspiração do grafismo).



O sistema divide-se em submenus – Climatização, Conveniência, MG Pilot, Cluster e Status –, dando acesso rápido a várias funções, nomeadamente modos de condução, regeneração de energias nas desacelerações e travagens, assistentes de segurança ou informações sobre o funcionamento do sistema de propulsão. Causa-nos estranheza, porém, a utilização de alguns termos, como “frenagem” (correto, mas pouco comum) ou construções frásicas (como “Me seguir para casa”). Esperemos por atualização de “software” OTA (acrónimo de “Over-The-Air”, ou realizada remotamente)!


O habitáculo tem poucos botões físicos, mas saúda-se a manutenção de ajustes manuais para os retrovisores e de pequeno grupo de teclas de comando rápido sob o ecrã tátil, facilitando o controlo da climatização e do sistema áudio. A quantidade de locais de arrumação a bordo é outra mais-valia.


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Além disso, note-se a qualidade apreciável dos materiais utilizados pela MG, conferindo um toque mais refinado ao interior, percetível nos revestimentos em pele presentes no painel de bordo, nos painéis das portas e nos bancos (com inserções em tecido). A dividir os dois bancos dianteiros, a consola central volta a combinar pele e microfibra no local do carregador “wireless” para o smartphone, (na versão Luxury). Com 453 litros, a bagageira é suficientemente versátil para uma pequena família, admitindo-se o ajuste do piso em duas alturas e, na versão Luxury, com abertura elétrica e regulação em altura do portão.



Rapidez e serenidade 

A versão mais potente dispõe de motor elétrico traseiro com 231 cv (170 kW) e 350 Nm, o que capacita este SUV para prestações mais do que satisfatórias, nomeadamente quando é ativado o modo de condução Sport, que torna a entrega da potência mais contundente. Mas mesmo o programa Normal já garante resposta muito interessante, o que faz com que este SUV supere bem a generalidade das situações, com a benesse suplementar de não penalizar a eficiência no consumo energético – num trajeto misto com 100 km e no modo de condução Normal, média de 13,3 kWh/100 km, pelo que é admissível percorrer, realisticamente, até cerca de 450 km (o que está em linha com os 465 km reivindicados pela marca inglesa que ganhou nacionalidade chinesa).


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Os quatro modos de regeneração (incluindo “pedal único”) ajudam na obtenção desse registo, mas gostaríamos de contar com patilhas no volante para gerirmos mais facilmente a intensidade da recuperação de energia, que apenas pode ser feita no ecrã posicionado no centro do painel de bordo. Este SUV ainda dispõe de modos Conforto, Neve e Personalizado (admite apenas a regulação da entrega da potência e da assistência da direção).


Assinale-se, ainda, o comportamento muito seguro e sereno, graças à conjugação de fatores como a plataforma elétrica mais evoluída, baixo centro de gravidade e suspensão otimizada para conforto de rolamento. Sem grandes rasgos desportivos – de resto, essa pretensão também não é expressa por ninguém! –, o MGS5 EV prima pelo refinamento e boa insonorização, num conjunto que se torna excelente numa utilização quotidiana.

 

Existe, no entanto, espaço para melhorias: a potência de recarga com corrente alternada é de apenas 6,6 kW e o sistema de reconhecimento dos sinais dos limites de velocidade não prima pela precisão.


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Proposta muito séria 

Com o MGS5 EV, a marca reposiciona-se na luta pelas posições de destaque no segmento C-SUV com uma proposta bastante equilibrada e moderna, tanto por fora, como por dentro, refletindo ainda uma abordagem tecnológica correta, por apresentar-se em linha com o espírito atual da indústria automóvel. Porém, um dos maiores atributos deste SUV é o preço.


A gama começa nos 29.990 € da versão de entrada (170 cv e bateria LFP com 49 kWh de capacidade). A versão testada está disponível desde 35.990 €, valor amplamente justificado tanto pelos ganhos na potência e na autonomia como pelo equipamento de série: jantes Rotor de 18’’, sete “airbags”, câmaras 360º, banco do condutor com ajuste elétrico, carregador “wireless” para “smartphones” ou portão elétrico inteligente, entre muitos outros itens. E, assim, relação custo/benefício entre os trunfos a considerar!


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