Nissan fecha ciclo do GT-R R35
- Pedro Junceiro
- 26 de ago.
- 3 min de leitura
A Nissan terminou a produção da geração atual do GT-R (R35), fechando-se assim o ciclo deste superdesportivo depois de cerca de 48.000 unidades produzidas e de 18 anos de existência. A marca japonesa garante, porém, que a história do GT-R não termina aqui, demonstrando a intenção de dar continuidade a este legado.

Após 18 anos de produção, a Nissan encerrou o ciclo do GT-R R35, com a última unidade produzida a sair da linha de montagem de Tochigi na versão T-Spec com pintura roxa. O Japão era a última região na qual este modelo ainda estava à venda.
Desde o seu lançamento, em 2007, que o GT-R foi um símbolo de desempenho e de engenharia automóvel, tornando-se não só um ícone nas estradas, mas também nas pistas de competição, além de ganhar popularidade também em termos culturais, já que surgiu em capas de videojogos, tornando-se objeto de sonho para muitos aficionados.
No total, foram produzidas aproximadamente 48.000 unidades desta geração, com o último modelo a ser produzido na fábrica de Tochigi, a 100 km de Tóquio, em versão especial T-Spec e pintura em roxo “Midnight Purple” para um cliente no Japão, último mercado em que o GT-R podia ser encomendado.

Mecanicamente, o GT-R foi sendo evoluído ao longo dos anos em vários aspetos, demarcando-se por atributos como o motor V6 biturbo VR38DETT, o sistema de tração integral ATTESA ET-S e a aerodinâmica eficaz na estrada e em pista. Notavelmente, ao longo do seu ciclo de produção, uma equipa central de apenas nove mestres artesãos – chamados “Takumi” – na fábrica de Yokohama montou apaixonadamente à mão cada um dos motores instalados nas 48.000 unidades produzidas. Os seus nomes estão imortalizados numa placa afixada em cada motor.
Ao longo da produção, a potência máxima aumentou de 480 cv no lançamento para 570 cv a partir do modelo de 2017. Os engenheiros da NISMO conseguiram extrair um pouco mais de potência, adotando turbocompressores com especificações de carros de corrida GT3, bem como peças de alta precisão e peso melhorado, como os pistões, bielas e molas de válvula, entre outros componentes. O resultado traduziu-se em 600 cv para os modelos GT-R NISMO.

“Não é um adeus ao GT-R”
Apesar de sair de cena agora, o GT-R promete regressar, embora continue a ser uma incógnita em que moldes, sendo que a eletrificação deve fazer parte da receita vindoura.
“Após 18 anos notáveis, o R35 GT-R deixou uma marca duradoura na história automóvel. O seu legado é uma prova da paixão da nossa equipa e da lealdade dos nossos clientes em todo o mundo. Obrigado por fazerem parte desta jornada extraordinária. Aos muitos fãs do GT-R em todo o mundo, quero dizer que isto não é um adeus ao GT-R para sempre, o nosso objetivo é que a marca GT-R um dia volte”, afirmou Ivan Espinosa, Presidente e Diretor-Executivo da Nissan.
A Nissan garante que os ensinamentos do R35 serão incluídos no modelo seguinte, garantindo que o seu legado evolve enquanto elevamos a fasquia do desempenho”.
“Compreendemos que as expectativas são elevadas, o emblema GT-R não é algo que possa ser aplicado a qualquer veículo – é reservado para algo verdadeiramente especial e o R35 estabeleceu um padrão elevado. Por isso, tudo o que posso pedir é a vossa paciência. Embora ainda não tenhamos um plano preciso finalizado, o GT-R irá evoluir e ressurgir no futuro”, acrescentou Espinosa.
Por agora, é momento para o descanso de mais um “samurai”...
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