Rowland e Nissan dominam Mundial
- José Caetano
- há 2 dias
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Oliver Rowland (Nissan) ganhou o segundo ePrix de Tóquio, Japão, no programa da Época 11 da Fórmula E. Britânico de 32 anos, em nove corridas, conta com quatro vitórias e três segundos lugares. E tem o título cada vez mais nas mãos! Português António Félix da Costa (Porsche) abandonou.

Oliver Rowland e a Nissan cumpriram o que prometeram e, depois de falharem na véspera, no primeiro ePrix do fim de semana de Tóquio no programa do Mundial de Fórmula E, impuseram-se na segunda, que marcou o início da segunda metade da Época 11. Piloto e equipa, que tiveram o apoio do patrão novo da marca japonesa, o mexicano Ivan Espinosa, encontram-se cada vez mais firmes nos comandos das três classificações do campeonato – soma-se, ainda, a primeira posição na tabela dos construtores.
Este domingo, em Tóquio, o ePrix teve somente 32 voltas, menos quatro do que no dia anterior, e cumpriu-se sem paragens obrigatória nas boxes para carregamento das baterias dos monolugares elétricos. Ainda assim, corrida muito movimentada, sobretudo na segunda metade e depois de cumpridas as duas ativações do Attack Mode, programa ativo durante o máximo de 8 minutos e que aumenta a potência e ativa o sistema de quatro rodas motrizes.

Félix da Costa paga erro com abandono
Rowland, arrancando da “pole position”, manteve o comando na primeira parte da corrida, mas perdeu-o para Dan Ticktum, da Cupra KIRO, na volta 8, e recuperou-o apenas na 26, depois de ultrapassagem a Pascal Wehrlein, da Porsche, piloto que tinha ganho a primeira posição na 16. Então, já o português António Félix da Costa estava fora de cena, abandonando na 12 com a suspensão dianteira direita do 9XX Electric danificada, na sequência de toque no Mahindra de Edoardo Mortara, após ativação do Safety Car Virtual para limpeza de detritos na pista. Erro por distração que pagou com a perda da segunda posição no Mundial – baixou de segundo para terceiro, a 88 pontos de Oliver.
“Não há muito para dizer: erro meu. Ponho a mão no ar e assumo a culpa! Calculei mal a distância para o carro da frente e a velocidade de desaceleração. O toque foi mínimo, mas a suspensão partiu e tive de abandonar”, disse António. “Esta corrida até estava a correr-me bem, encontrava-me próximo da frente, na luta pelo pódio, o que torna tudo mais frustrante. Perdi muitos pontos, é pena, mas as corridas são assim e tenho de olhar para a frente. Vem aí Shanghai e ganhei lá no ano passado”, acrescentou. Sinceramente, é complicado recuperar atraso tão grande, sobretudo para alguém que está tão forte. Mas não desisto. Agora, é tentar ser mais agressivo e ganhar corridas”, concluiu.
Depois, até final, corrida eletrizante, com muitos ataques atrás de Oliver Rowland e mais cinco pilotos de olho na vitória e no pódio. Taylor Barnard encontrava-se no grupo, mas o jovem da McLaren também saiu de cena de forma inglória, depois de toque em rival que danificou o monolugar, razão por detrás de colisão com muro e da entrada do Safety Car. A ação seria relançada só com uma volta para cumprir e Rowland acabou por superiorizar-se à concorrência. Pascal Wehrlein, da Porsche, o campeão em título, acabou na segunda posição, e Dan Ticktum, da Cupra KIRO, na terceira, conquistando o primeiro pódio pessoal e da equipa na Fórmula E.

Britânico pensa só “corrida a corrida”
O campeonato desloca-se para Shanghai, na China, para mais duas corridas, nos dias 31 de maio e 1 de junho (no ano passado, Félix da Costa ganhou a segunda), e com Oliver Rowland instalado, confortavelmente, no comando da classificação: o piloto britânico da Nissan soma mais 77 pontos do que o segundo, Wehrlein, mas não planeia mudar de estratégia. “Honestamente, pretendo manter a mentalidade com que cheguei até aqui, pensando só corrida a corrida. Esta série de resultados é incrível, com quatro vitórias e três segundos lugares, mas tenho de agradecê-la à equipa, que melhorou muito da Época 10 para a 11. Por fim, depois de três ‘poles’ e dois segundos lugares, ganhámos em Tóquio, sucesso importante para a marca”, disse o britânico de 32 anos.

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