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Foto do escritorJosé Caetano

Skoda Enyaq Laurin & Klement Ultra 85

A designação da empresa boémia que antecedeu, historicamente, a marca checa do Grupo VW combina os nomes dos fundadores de Václav Laurin e Václac Klement e encontra-se apenas nos automóveis mais bem equipados (e distintos!) da gama. É o caso do modelo em exame, que está equipado com o motor elétrico mais moderno do consórcio alemão.



A Skoda tem planos ambiciosos para o futuro próximo, mas, aqui, foco apenas na versão 85 do Enyaq com a “etiqueta” Laurin & Klement, que anuncia quase tudo o que encontramos num Sport Utility Vehicle (SUV) com 4,649 m de comprimento apresentado em tempos de pandemia de Covid-19, no outono de 2020, facto que perturbou, naturalmente, o arranque da carreira de modelo que é uma espécie de quintessência da marca checa.


O Enyaq assenta na plataforma MEB do consórcio alemão, arquitetura que também é a base de Audi Q4 e-tron e VW ID.4.

 

O Enyaq assenta na plataforma MEB do consórcio alemão, arquitetura técnica que também é a base de Audi Q4 e-tron ou VW ID.4, mas distingue-se da concorrência interna tanto pela imagem diferenciadora como pela habitabilidade excecional. O Laurin & Klement apresenta-nos, ainda, o argumento do equipamento completo e da qualidade muito acima da média do interior, com acabamentos, revestimentos e montagem que merecem a classificação de “premium”. Entre os opcionais, apenas a bomba de calor (1115 €), a pintura metalizada (635 €) e o gancho de reboque (790 €).



O SUV tem habitáculo muito prático, com os elementos “Simply Clever” da Skoda a valorizarem o conforto a bordo e a funcionalidade e versatilidade de modelo que também surpreende pela capacidade “XXL” da mala – 585 a 1710 litros, em função da configuração dos bancos traseiros, que não admitem adaptação em inclinação dos encostos, nem a deslocação longitudinal dos assentos, movimentos necessários para um aproveitamento ainda melhor do espaço que encontramos. O cabo para carregamento da bateria pode arrumar-se em compartimento sob a plataforma de carga.



O painel de bordo está digitalizado, com monitores para a instrumentação (5,3’’) e o equipamento multimédia (13’’), que também recebeu modernização. O sistema funcionava vezes a mais com pouca precisão e muita lentidão, mas foi melhorado, por isso merecendo nota mais positiva do que até aqui, sobretudo pela arrumação nova dos menus. O Head-Up Display é de série e tem a vantagem de permitir que o condutor receba informação importante sem desviar o olhar da estrada.



No Enyaq Laurin & Klement, a Skoda propõe motor elétrico novo e bateria bastante otimizada, o que explica o aumento da autonomia entre recargas para até 564 km. A marca também melhorou o carregamento rápido (corrente contínua), reduzindo o tempo da operação de alimentação de 10% para 80% - passa a demorar menos de 30 minutos, mesmo admitindo uma potência máxima de “apenas” 135 kW. O SUV da Skoda tem tração traseira e apresenta velocidade máxima limitada a 180 km/h. A capacidade de aceleração progride de forma significativa, comparativamente ao 80 com 204 cv que este 85 substitui, com os 6,7 s reivindicados para o 0-100 km/h a representarem menos 1,8 s!


Autonomia entre recargas da bateria aumenta para até 564 km. Potência máxima de carregamento com corrente contínua (rápida): 135 kW. 10% a 80% de carga em menos 30 minutos.

 

Entre as novidades introduzidas no Enyaq em simultâneo com a versão 85 e o nível de equipamento Laurin & Klement, pré-aquecimento da bateria antes de operação de carga rápida – ativa-se em botão ou automaticamente, introduzindo-se o ponto da paragem na navegação – e desaparecimento do sufixo “iV” dos nomes de todos os automóveis elétricos da Skoda.



Dinamicamente, devido ao aumento da potência, o Enyaq também melhorou, mas este SUV com resposta rápida aos movimentos no pedal do acelerador, devido aos 545 Nm disponíveis de forma quase imediata, não tem ambição desportiva, antes privilegiando o conforto e a suavidade de rolamento dos automóveis de orientação mais familiar. É possível aumentar-se ou diminuir-se a intensidade da regeneração de energia durante as desacelerações e travagens – patilhas na coluna da direção, posição B da caixa e submenu no sistema multimédia –, mas não qualquer função do tipo “One Pedal”, ao contrário do que acontece nalguns concorrentes.



Existem modos de condução para mudança nos parâmetros de funcionamento do acelerador e da direção. A passagem do Comfort para Eco sente-se de forma mais expressiva, por registar-se diminuição significativa na rapidez de reação, exceto se pressionarmos o pedal com vigor para ativarmos o “kick-down”. Neste programa, a limitação da velocidade máxima diminui para 130 km/h e o consumo médio ronda os 15 kWh/100 km. O Enyaq, devido ao posicionamento da bateria entre os eixos e ao centro de gravidade muito baixo, tem comportamento estável, preciso e seguro – em curva, o rolamento da carroçaria não é excessivo, o que beneficia a agilidade. Deceção? Apenas o comportamento dos travões, culpa dos tambos montados no eixo traseiro! Aquecem demasiado e perdem eficácia, conduzindo o automóvel de forma mais “intensa”.



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