top of page
Logotipo | e-auto
Cetelem_Simulador_AutoUsado_1200x630_V2.jpg

Skoda Felicia Fun “pick-up” revisitado

O Felicia Fun “pick-up” é o mais recente automóvel da história da Skoda a ser revisitado por membro da equipa de “designers” da marca checa do Grupo Volkswagen, que decidiu “transportar” este modelo para a modernidade. Mas, apesar de ter “boa pinta”, esta proposta não passa de estudo criativo desenhado de acordo com a linguagem Modern Solid.


ree

Este “outsider” desejado por quem procurava abordagens mais aventureiras e carro com orientação acima da média foi produzida pela Skoda em Kvasiny de 1997 a 2000 e apresentava diversos elementos únicos - o mais notável era a divisória traseira deslizante atrás dos bancos dianteiros que, se movida para a plataforma de carga, criava espaço para dois bancos adicionais ao ar livre, que podiam ser cobertos por capota de lona. O modelo também apresentava um “spoiler” distinto no portão.

 

Embora estivesse disponível em três combinações de cores, todas as carroçarias eram pintadas de amarelo — os clientes podiam escolher só entre amarelo, verde ou laranja para os para-choques, guarnições dos guarda-lamas, soleiras laterais, “spoiler” e outros detalhes. O Felicia Fun teve apenas 4216 unidades produzidas, sendo, por isso, um dos carros “modernos” mais raros da Skoda.


ree

Agora, na saga de reinterpretação de ícones que a Skoda tem levado a cabo, este modelo foi revisto e modernizado de acordo com os cânones atuais da marca checa. O autor do estudo, que é somente virtual, chama-se Julien Petitseigneur, que adaptou a linguagem de “design” Modern Solid ao formato de “pick-up” muito compacta.

 

“O carro original era pura diversão. Não se levava a sério e destacava-se, mesmo para os padrões da Skoda. Para um projeto paralelo descontraído durante o meu tempo livre, pareceu-me uma escolha óbvia. E envolvi-me tanto neste processo que até comecei a pensar em comprar o original”, disse o projetista francês.


ree

Diversão sem excessos 

Petitseigneur abordou o estudo de forma realista, evitando exageros, em comparação com o modelo original, do qual descartou a divisória traseira deslizante eletricamente e a segunda fila de bancos. Embora refira que o protótipo poderia acomodar essas características, o “designer” preferiu capturar a “vibração descontraída da praia” num formato que se encaixasse, naturalmente, na gama atual da Škoda.

 

Ou seja, o estudo tem claramente inspirada nos automóveis elétricos atuais da marca e, também, no protótipo Vision 7S, com a grelha “Tech-Deck Face” combinada com faróis LED finos em forma de “T”, conceito repetido na traseira, na qual Julien adicionou farolins cor-de-rosa unidos por barra de LED. A cor rosa também aparece no logótipo, nos vidros escurecidos, nos detalhes das rodas e nos para-choques.


As proporções, no entanto, são modernas: rodas de grandes dimensões com coberturas aerodinâmicas e para-choques, proteções das rodas e soleiras em preto contrastante. Para Julien, adaptar o carro da década de 1990 à nova linguagem de “design” foi simples, surpreendentemente: “Os automóveis daquela época tinham formas simples e ornamentação mínima, por isso foi fácil atualizar o desenho”, adiantou.


ree

Já o interior destaca-se pelo painel de bordo com um monitor a toda a largura e grafismos inspirados nos videojogos antigos. Julien também utilizou ferramentas modernas para dar vida à sua visão, nomeadamente a inteligência artificial (IA), utilizando-a como “pontapé de saída” para o desenvolvimento do conceito.

 

“Pesquisei sobre o carro, testei diferentes sugestões e ajustei-as na IA para criar conceitos iniciais que capturassem o espírito original. Isso permitiu-me encontrar depressa algumas direções possíveis e decidir a melhor forma de proceder”, afirmou. Satisfeito com as “sugestões”, o francês trabalhou todos os detalhes à mão: “Os resultados da IA são sempre muito rudimentares, parecendo-se mais com esboços. Apliquei o meu próprio estilo ao conceito escolhido e refinei-o completamente”, explicou.


Julien disse, ainda, que dedicou muitas horas ao projeto, tendo trabalhado “durante cerca de duas semanas e ao ritmo de três horas por noite, sempre depois do horário normal de trabalho”.

Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
bottom of page