Skoda recorda icónico 110 R
- João Isaac

- 30 de set.
- 2 min de leitura
Equipa de “design” da marca da Chéquia não resiste à tentação de propor reinterpretação moderna de automóvel clássico que serviu de base a máquinas de competição bem-sucedidas. Nesta edição, que antecipa carro de produção em série, motorização elétrica em vez de motor de combustão interna.

Os “designers” da Skoda, de forma mais regular do que o habitual na indústria automóvel, recorrem ao portefólio extenso de automóveis icónicos da marca propriedade do Grupo Volkswagen e trabalham na reinterpretação do desenho, fazendo-o de acordo com a mais recente filosofia de estilo Modern Solid. Desta vez, a “vítima” foi o 110 R, “coupé” com motor traseiro e tração às rodas posteriores produzido entre 1970 e 1980 (fabricaram-se apenas 56.902 unidades, de acordo com registos do fabricante), e que serviu de base ao desenvolvimento de algumas máquinas de competição bem-sucedidas.
O 110 R foi “reimaginado” por Richard Svec, membro da equipa de modelação digital da Skoda e fã assumido do “coupé”, que assumiu não pretender seguir qualquer tendência retro, mas sim trabalhar na criação de silhueta que fosse nova e contasse com alguns pormenores reminiscentes do carro original.

Porém, o “designer” reconheceu que não foi fácil capturar o espírito do 110 R sem recorrer demasiado à história, “pois cada elemento teve de ser tratado com muito cuidado, para evitar enveredar pela tendência ‘retro’ e preservar a identidade do automóvel. O mais importante era encontrar o equilíbrio certo entre formas volumétricas”, contou.
A carroçaria conta com superfícies depuradas que contrastam com os detalhes escuros do “spoiler” dianteiro, das saias laterais e do difusor traseiro. Nas laterais, sobressaem as entradas de ar funcionais abaixo dos vidros posteriores, elementos que homenageiam as entradas de refrigeração da mecânica a gasolina montada no carro original (tinha 4 cilindros, 1,1 litros e 62 cv). Neste caso, como a motorização é elétrica, assegura-se o arrefecimento da bateria.
O 110 R derivado da berlina 110 fabricou-se em Kvasiny. Tecnicamente, tinha a mesma arquitetura dos Skoda de que era contemporâneo. Graças ao peso muito reduzido (880 kg) e ao desenho aerodinâmico, atingia uma velocidade máxima de 145 km/h. O 110 R foi a base de carros de competição como o 200 RS e o 130 RS. O segundo surgiu em 1975, recebeu o cognome de “Porsche do Leste” e, no currículo desportivo, tem até vitória à classe no Monte Carlo (1975).











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