É a quarta geração do segmento B de fabricante empenhado em trabalhar mais (e melhor) na redução das emissões de CO2 dos automóveis que vende na Europa, certamente beneficiando do facto de contar com a Toyota como acionista e parceira. E, para assegurar o cumprimento desse objetivo, no automóvel novo, mecânica de 3 cilindros com 1,2 litros, 82 cv e tecnologia MHEV.
A Suzuki tem estratégia nova para o mercado europeu, necessária para cumprir os objetivos de diminuição dos gases de escape impostos por Bruxelas. A Toyota, por deter 4,89% do capital acionista do fabricante, é parceira importante, por permitir o acesso a “software” e tecnologias de eletrificação de ponta, o que facilita todo o processo de reconstrução da gama.
O Suzuki também anunciou o compromisso de propor mais quatro elétricos na Europa até 2030.
Recentemente, o construtor nipónico comunicou a retirada de alguns modelos do mercado europeu (Ignis, Swace e Jimny), movimento com dois objetivos: reduzir a média de emissões de poluentes e, sobretudo, preparar o lançamento do primeiro automóvel elétrico, que a Suzuki antecipou com protótipo apresentado na Índia, o país que mais impacta as operações e as vendas da marca. No eVX com estreia no Velho Continente prevista para o final de 2025, bateria com 60 kWh de capacidade e até 550 km de autonomia. O Suzuki também anunciou o compromisso de propor mais quatro elétricos na Europa até 2030.
Este pacote de decisões pressupõe, também, travagem nas matrículas na Europa, com uma estimativa de quebra de 19% em 2024, para 191.000 automóveis, contra os 236.000 comercializados em 2023. No entanto, para amortecimento da queda, a empresa conta com a capacidade de atração e a competitividade do Swift novo. É a quarta geração do segmento B na gama desde 2004 e que representa cerca de nove milhões de unidades vendidas.
A Suzuki, para o Swift novo, não planou qualquer versão desportiva para o topo de gama, ao contrário do que aconteceu nas gerações anteriores, mas esse facto não condiciona a ambição da marca de conseguir impor-se em categoria tão relevante na Europa, por contar com modelo que tem predicados suficientes para conseguir impor-se comercialmente, independentemente de contar só com uma mecânica a gasolina, com 3 cilindros, 1,2 litros e 83 cv, que beneficia do contributo de sistema de eletrificação do tipo “mild hybrid”, com rede elétrica complementar de 12V, que integra motor elétrico com 2,3 kW/60 Nm alimentado por bateria de iões de lítio. O pacote assiste a mecânica térmica nas acelerações, apoia a manobra de marcha-atrás, recupera energia durante as desacelerações e faz com que o funcionamento do Start-Stop seja bastante rápido e suave. E, claro, contribui, diretamente, para a diminuição das emissões poluentes.
Neste Swift-2024, seis versões: três níveis de equipamento com tração dianteira e caixa manual, dois com tração dianteira e caixa automática do tipo CVT e um com tração integral e caixa manual. O Suzuki mantém as dimensões muito compactas, com 3,860 m de comprimento, mas dispõe de habitáculo amplo “q.b.” e bagageira com capacidade suficiente, devido à distância entre eixos de 2,450 m. A imagem é retrofuturista, com reinterpretação moderna de elemento de estilo icónicos neste automóvel. Existem 13 cores exteriores (pintura metalizada: 419 €), contabilizando as quatro propostas que combinam dois tons (648 €).
No habitáculo, Swift confortável, ergonómico e espaçoso. O interior transmite-nos impressão de qualidade acima da média na categoria, com o rigor na montagem a sobrepor-se nesta avaliação ao excesso de plásticos duros. O painel de bordo tem duas cores (combinação de cinzento-claro e preto) e integra o monitor tátil com 9’’ de equipamento multimédia que permite a integração sem fios de “smartphones” com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay. Na instrumentação, encontramos ecrã de 4,2’’ com as informações mais relevantes para a condução. E este modelo é o segundo da marca com a App Suzuki Connect, para acesso a gama extensa de serviços conectados relacionados com a propriedade e a utilização do automóvel.
A disponibilidade e a eficiência do motor 1.2 novo impressionaram-nos positivamente
No primeiro contacto dinâmico, a disponibilidade e a eficiência do motor 1.2 novo impressionaram-nos positivamente, ao contrário do funcionamento da caixa CVT, que é caracterizado pela lentidão na resposta e a sonoridade expressiva nas fases de aceleração. No segmento B, somente o Swift tem tração integral e AllGrip Auto representa mais-valia sempre que rolamos sobre superfícies com aderência mais precária.
Finalmente, cumprindo outra exigência regulamentar da União Europeia, o Suzuki tem pacote completo de assistência eletrónicas à condução, apresentando-se até equipado com a pré-instalação do sistema que inibe o arranque do automóvel, se o condutor decidir utilizá-lo depois de consumir álcool a mais.
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