O diretor-geral da Stellantis, o português Carlos Tavares, depois de anunciar quebra de 48% nos lucros líquidos do fabricante no primeiro semestre dano, reconheceu que está a analisar as estratégias para o futuro de algumas marcas do consórcio, não descartando a hipótese de fechar (ou vender) aquelas que não produzem resultados positivos.
O CEO da Stellantis, Carlos Tavares, admite que poderá deixar “cair” as marcas que não contribuam para o lucro do grupo, assinalando-se assim uma inversão de discurso por parte do português, que tantas vezes tem definido as suas marcas como “joias”.
Porém, a divulgação de resultados financeiros bastante aquém dos esperados (sobretudo, a quebra de 48% nos lucros líquidos em comparação com o primeiro semestre de 2023) estarão a levar Tavares a reconsiderar a sua posição sobre o conjunto de marcas de que é detentor.
Em declarações concedidas na videochamada de apresentação dos resultados, o CEO da Stellantis deixou claro que está pronto para eliminar (potencialmente, através de venda) as marcas que não sejam rentáveis ou que não contribuam para os lucros do grupo.
“Se não derem lucro, vamos fechá-las. Não nos podemos dar ao luxo de ter marcas que não dão lucro”
“Se não derem lucro, vamos fechá-las. Não nos podemos dar ao luxo de ter marcas que não dão lucro”, afirmou Tavares em resposta aos resultados financeiros pouco positivos no primeiro semestre, citado pela Reuters.
Entre as marcas que poderão ter o seu futuro na Stellantis mais incerto está a Maserati, que teve uma perda de 82 milhões de euros no primeiro semestre, apesar de uma aposta na renovação de gama.
Estas últimas declarações afiguram-se como uma viragem a 180º na posição de Carlos Tavares, que tem sido bastante inflexível quanto à coexistência e validade de todas as marcas que compõem o grupo. Por diversas vezes, o português declarou que “todas as marcas do grupo são joias”, acrescentando ainda que chegou a recusar propostas de compra por parte de algumas marcas, sobretudo por parte de companhias chinesas.
Entre as marcas que poderão ter o seu futuro na Stellantis mais incerto está a Maserati
Atualmente, a Stellantis é composta por Peugeot, Citroën, Fiat, Dodge, Chrysler, Alfa Romeo, Lancia, Opel, Maserati, Jeep, DS Automobiles, Ram, Abarth e Vauxhall, num lote de 14 emblemas que, nalguns casos, até se têm traduzido por novos planos de investimento, como a Lancia, que foi repensada para uma expansão europeia. Adicionalmente, através de um acordo com a Leapmotor, prepara-se para comercializar os veículos desta marca chinesa no mercado europeu.
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