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Foto do escritorPedro Junceiro

Valhalla: primeiro PHEV da Aston Martin tem 1079 cv!

Atualizado: 12 de dez. de 2024

Inspirado em tecnologias da Fórmula 1, o Aston Martin Valhalla reflete uma abordagem mais extrema em torno da eletrificação, com um sistema “plug-in” capaz de debitar 1079 cv de potência e 1100 Nm de binário. Além de ser o seu primeiro PHEV, o Valhalla adota também uma nova linguagem de “design” da marca.


Inspirado em tecnologias da Fórmula 1, o Aston Martin Valhalla reflete uma abordagem mais extrema em torno da eletrificação

Cada vez mais perto da produção, o Valhalla é assumido pela Aston Martin como um automóvel de estreias: é o seu primeiro híbrido “plug-in”, o seu primeiro desportivo com motor central e ainda o primeiro da marca a utilizar um V8 de 4.0 litros de cambota plana, sendo o motor de oito cilindros mais potente alguma vez integrado num Aston Martin. O objetivo é estabelecer-se como uma das referências no segmento dos superdesportivos, valendo-se de prestações extraordinárias graças aos 1079 cv de potência.

 

Limitado a 999 unidades (com as primeiras entregas previstas para o segundo semestre de 2025), o Valhalla entrou na fase da produção, abrindo um novo capítulo na marca britânica, nomeadamente no reforço do aspeto da eletrificação, com a já mencionada estreia de motor híbrido “plug-in”. Mas há mais elementos em estreia, desde logo a começar pelo desenho exterior, com uma reinterpretação da estética tradicional da Aston Martin, suportada por um forte trabalho de desenvolvimento aerodinâmico, incluindo elementos ativos, e recurso a ferramentas da equipa de Fórmula 1.



Para o CEO da Aston Martin, Adrian Hallmark, o Valhalla expressa a visão do futuro para a marca de luxo desportivo: “Com o lançamento da próxima geração de automóveis desportivos aclamados pela crítica, estamos agora a acrescentar à nossa gama o primeiro Aston Martin de produção em série com motor central, o derradeiro supercarro para o condutor. No papel e na pista, o Valhalla posiciona-se como o supercarro tecnologicamente mais avançado e centrado no condutor, com um verdadeiro desempenho de hipercarro e, no entanto, na estrada é tão utilizável e agradável como qualquer Aston Martin”.


Inspirado em tecnologias da Fórmula 1, o Aston Martin Valhalla reflete uma abordagem mais extrema em torno da eletrificação

Sistema PHEV de ponta 

Em destaque está o sistema híbrido “plug-in” com uma potência total de 1079 cv e 1100 Nm de binário máximo. É composto pelo motor V8 biturbo de 4.0 litros (de cárter seco e cambota plana) de 828 cv e três motores elétricos, dois dos quais no eixo dianteiro, acrescentando 251 cv. O motor térmico debita 207 cv/litro, o valor mais elevado de qualquer modelo da Aston Martin. Além disso, há outra estreia na forma da caixa automática DCT de oito velocidades, na qual está alojado um terceiro motor elétrico.

 

Com o conjunto motriz a funcionar em uníssono, o Valhalla consegue acelerar dos 0 aos 100 km/h em apenas 2,5 segundos e atinge os 350 km/h de velocidade máxima (limitada eletronicamente).

 

No motor V8, as novas árvores de cames e os novos coletores de escape melhoram ainda mais o fluxo de gases de escape, enquanto os pistões foram concebidos para pressões de pico mais elevadas, sendo também otimizados em termos de peso. Os dois turbocompressores “twin-scroll” têm conceção para resposta melhorada.  



O trio de motores elétricos é alimentado por uma bateria de alto desempenho (HPB) concebida especificamente para uma motorização “plug-in” de altas performances. Dotada de um sistema de arrefecimento dielétrico ultra-eficaz (ou seja, refrigeração por imersão), a bateria combina a capacidade de utilizar o seu estado de carga para satisfazer pedidos de energia frequentes e sucessivos com uma rápida absorção de energia e uma elevada densidade de potência. Isto significa que, numa condução vigorosa, todo o potencial de energia pode ser imediatamente utilizado, enquanto a recuperação é forte quando se desacelera.


O eixo dianteiro fica a cargo unicamente de um par de inovadores motores elétricos de fluxo radial específicos para o Valhalla, com cada motor a gerar 18,1 cv/kg. Quando o modo EV é selecionado, o Valhalla assume a tração exclusivamente a partir do eixo dianteiro, estando integrados numa unidade de tração elétrica frontal personalizada para permitir a vetorização do binário nas rodas dianteiras. Com a ajuda de uma estratégia de arrefecimento recentemente desenvolvida, o motor elétrico dispõe de arrefecimento ativo do estator e do óleo do rotor para reduzir as temperaturas.

 

Não existe uma ligação física entre os eixos dianteiro e traseiro, existindo, ao invés, uma monitorização contínua da sua integração graças à gestão combinada da vetorização de binário no eixo dianteiro e do diferencial eletrónico de deslizamento limitado (E-diff) do eixo traseiro. Para suportar a prestação do motor de combustão, o Valhalla conta ainda com sistemas “Torque-Fill” (preenchimento de binário) e “E-Boost”.


Inspirado em tecnologias da Fórmula 1, o Aston Martin Valhalla reflete uma abordagem mais extrema em torno da eletrificação

Em termos de sistemas eletrónicos de condução, o Valhalla dispõe de modos de distintos de controlo de estabilidade, incluindo os modos “Race” (mais permissivo) e “Off”, este último libertando todas as capacidades do Aston Martin nas mãos do condutor.

 

Além disso, o sistema de vetorização de binário eletrónico (E-TV) distribui a potência entre os motores dianteiros, enquanto o sistema de controlo geral (Integrated Vehicle Dynamic Control) também distribui o binário entre os dois eixos graças ao sistema de Distribuição de Tração Integral (E-AWDD), com recurso a sensores no chassis que leem as condições da estrada em tempo real para assim fornecer a potência de forma mais adequada consoante o tipo de condução e a estrada, efetuando cálculos sobre o quão perto está cada pneu do seu limite de aderência lateral e longitudinal.



Aerodinâmica ativa 

A aerodinâmica ativa inspirada no Valkyrie gera mais de 600 kg de força descendente a uma velocidade de 240 km/h, mantendo-se até à velocidade máxima de 350 km/h. O Valhalla utiliza a aerodinâmica ativa para reduzir gradualmente o ângulo das asas dianteiras e traseiras para “cortar” o excesso de carga descendente à medida que a velocidade aumenta, mantendo assim o equilíbrio aerodinâmico.

 

O modelo beneficia de eletrónica avançada, graças ao Controlo Integrado da Dinâmica do Veículo (IVC), conjunto tecnológico que monitoriza a suspensão, a travagem, a direção, a aerodinâmica ativa e os sistemas de propulsão para obter um desempenho ideal. Desta forma, em conjunto com os quatro modos de condução selecionáveis pelo condutor, o IVC molda continuamente o carácter dinâmico do Valhalla.


Inspirado em tecnologias da Fórmula 1, o Aston Martin Valhalla reflete uma abordagem mais extrema em torno da eletrificação

No arranque, o Valhalla seleciona o modo “Sport” por defeito, podendo o condutor selecionar manualmente os modos “Pure EV”, “Sport+” e “Race”, cada um com os seus próprios parâmetros para o grupo motopropulsor e para o desempenho da vetorização do binário, bem como a rigidez da suspensão, a aerodinâmica ativa e a calibração da direção. No modo “Pure EV”, como o próprio nome indica, a tração é assegurada apenas pelos motores do eixo dianteiro, com uma autonomia de 14 km e velocidade máxima limitada a 140 km/h.


Nos modos “Pure EV”, “Sport” e “Sport+”, a asa traseira ativa permanece escondida para manter a silhueta elegante do Valhalla, mas em modo “Race”, a asa eleva-se em 255 mm para incrementar a carga aerodinâmica. Ao mesmo tempo, recorre a uma asa dianteira oculta à frente do eixo dianteiro para também incrementar a carga aerodinâmica na frente. O conceito ativo permite também utilizar a asa traseira como um “travão” suplementar nas travagens mais fortes quando em modo “Race”.


Inspirado em tecnologias da Fórmula 1, o Aston Martin Valhalla reflete uma abordagem mais extrema em torno da eletrificação

Chassis extremo 

A estrutura do Valhalla é composta de fibra de carbono para rigidez máxima e baixo peso, tirando partido na sua conceção de ensinamentos obtidos na Fórmula 1. Com efeito, todo o trabalho resulta num peso a seco de apenas 1655 kg, proporcionando uma relação de 652 cv/1000 kg. Auxiliando este objetivo de ligeireza, o Valhalla conta ainda com subquadros em alumínio à frente e atrás. A suspensão é também inspirada na Fórmula 1, com esquema “push-rod” na frente (com amortecedores e molas no chassis) que melhora a distribuição de peso e o fluxo do ar, ao passo que na traseira a suspensão compõe-se de esquema “multi-link” de cinco braços. Os amortecedores adaptativos da Bilstein fazem parte do equipamento deste Aston Martin.



O sistema de travagem beneficia de discos dianteiros em carbo-cerâmica de 410 mm de diâmetro à frente e de 390 mm atrás, sendo controlado por tecnologia “brake-by-wire”, ou seja, eletronicamente. Este sistema de travagem permite maior resistência à fadiga e maior competência na paragem, com maxilas de seis pistões à frente de quatro pistões atrás. Também o sistema de travagem e o seu desempenho foi desenvolvido com extenso recurso às simulações por computador e com a ajuda do departamento de competição. O efeito de regeneração também é garantido pelo sistema para repor a carga na bateria de alto desempenho.

 

A marca fornece duas opções de jantes: uma primeira de alumínio forjado disponível em três acabamentos, titânio líquido, preto mate texturado e preto acetinado/torneado a diamante e está equipada com pneus Michelin Pilot Sport S 5 com medidas 285/30 ZR20 à frente e 335/35 ZR21 atrás. Mais extremas ainda, as jantes de magnésio ultra-leve (que poupam um total de 12 kg de massa não suspensa) está disponível em titânio texturado e preto acetinado, associadas a pneus Michelin Pilot Sport CUP 2 orientados para as pistas. 



Interior imersivo 

O habitáculo do Valhalla também tem inspiração na Fórmula 1, proporcionando uma imersão mais profunda dos passageiros ao longo da experiência de condução. Entre os detalhes mais relevantes estão os fundos dos pés elevados para uma posição de condução mais desportiva e bancos em fibra de carbono compostos numa única peça. O volante tem um formato semelhante ao de um carro de Fórmula 1.

 

A sensação de “cockpit” do Valhalla é expressa ainda no próprio conceito de “design”, com um elemento em carbono a percorrer o tablier em toda a sua largura, situando-se o painel de instrumentos no mesmo. Os elementos de integração Homem-Máquina foram concebidos para facilidade de utilização e informação clara a precisa, havendo um modo de apresentação gráfico da instrumentação “Race” que também apresenta inspiração no monolugar de Fórmula 1 – tacómetro linear e luzes informativas para a passagem de caixa.

 

Um ecrã tátil central também está presente, com menus próprios para o sistema PHEV, configuração dos sistemas de assistência à condução e outros elementos de conectividade multimédia. 

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