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Ferrari F50 GT vence pela exclusividade

O Ferrari F50 GT, um dos modelos mais exclusivos alguma vez desenvolvidos pela marca italiana, venceu o prémio de melhor automóvel a concurso (“Best of Show”) no “The Quail, A Motorsports Gathering”, evento inserido na Semana Automóvel de Monterey, que se realiza anualmente na Califórnia, EUA.


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Nascido para a competição, mas sem nunca ter feito um único quilómetro em provas oficiais, o F50 GT é um dos modelos mais exclusivos e extremos alguma vez criados pela Ferrari. Concebido com base no F50, lançado em 1995, o F50 GT era a tentativa da marca italiana de voltar à alta-roda das competições de resistência.

 

Porém, apesar de nunca ter, sequer, participado numa corrida oficial, o F50 GT continua a ser um dos Ferrari mais apreciados, merecendo o galardão de melhor automóvel a concurso na edição deste ano do “The Quail, A Motorsports Gathering”, suplantando muitos outros modelos de grande relevância histórica. O prémio foi entregue ao seu proprietário, o colecionador Art Zafiropoulo, que mantém esta unidade em excelentes condições, tratando-se da unidade com o número de chassis #001.



Com efeito, esta é apenas uma de três unidades construídas com a ajuda da Dallara e da ATR, tendo por objetivo bater-se com modelos como o McLaren F1 GTR no campeonato de resistência BPR, que viria a terminar em 1996, sendo substituído pelo Campeonato FIA GT em 1997. Essa mudança, bem como a alteração regulamentar associada, acabaria por gerar desagrado na Ferrari, sobretudo a autorização concedida pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) à participação de automóveis especiais de homologação, como o Porsche 911 GT1. Assim, reconhecendo que um modelo derivado de um carro de série tinha poucas hipóteses de vencer, a Ferrari decidiu, pura e simplesmente, terminar o projeto do F50 GT, preferindo concentrar todos os seus esforços na Fórmula 1.

 

O F50 GT utilizava alguns dos recursos já desenvolvidos para a Fórmula 1, como o motor, um V12 atmosférico de 4.7 litros capaz de debitar 750 cv, associado a caixa sequencial de seis velocidades, enquanto a aerodinâmica diferenciava-se do modelo de estrada pela diferente solução utilizada para a asa posterior – a versão de competição contava com asa independente suportada por dois pilares centrais, enquanto o F50 de estrada tinha uma asa ligada à carroçaria pela zona lateral.


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Em testes no traçado privado de Fiorano, em Itália, o F50 GT deu bons indicadores, com a Ferrari a apontar tempos por volta mais velozes do que o protótipo 333 SP, apesar do pouco tempo de desenvolvimento técnico em circuito. A aceleração dos 0 aos 100 km/h cumpria-se em 2,9 segundos e a velocidade máxima aproximava-se dos 380 km/h.

 

O cancelamento do projeto levou a que os três chassis já construídos fossem vendidos a clientes da marca sob compromisso de nunca serem usados em competição. O mais relevante é o F50 GT com o chassis #001, que foi o único totalmente construído pela marca italiana em Maranello – os outros dois chassis (#002 e #003) foram terminados pela Michelotto, recorrendo a componentes similares, mas não em Maranello. O carro vitorioso agora no evento da Califórnia foi entregue a Zafiropoulo logo em 1997. Outros três chassis foram destruídos pela marca italiana.

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