VW lidera vendas de elétricos
- Pedro Junceiro
- 26 de jul.
- 3 min de leitura
A Volkswagen liderou as vendas europeias (28 países) de carros elétricos no primeiro semestre de 2025, com a marca alemã a beneficiar da popularidade crescente da gama ID e do decréscimo na procura da Tesla. Dados da JATO Dynamics apontam para uma quebra de 33% da marca norte-americana, comparativamente ao mesmo período do ano passado.

Com os veículos 100% elétricos a representarem 17,4% do total das vendas de automóveis novos na Europa no primeiro semestre (crescendo 3,6% face ao período homólogo), a Volkswagen assume vantagem como a marca mais vendida no continente, de acordo com os dados mais recentes divulgados pela JATO Dynamics.
Com 135.427 unidades registadas, a Volkswagen cresceu 78% no primeiro semestre e assume o comando da tabela de vendas europeia, com a sua gama ID a destacar-se em vários mercados. Por seu turno, a quebra nas vendas da Tesla – seja pelo efeito da renovação do Model Y (o seu “bestseller”), seja pela chegada de rivais cada vez mais competentes e fortes – foi um dos dados mais se destacou no primeiro semestre.
A marca de Elon Musk caiu 33% e foi a marca que mais desceu nas vendas dos primeiros seis meses, embora seguida de perto pela Volvo, que caiu 32% face ao mesmo período do ano passado, com 49.219 unidades vendidas.

Voltando ao “pódio” de vendas, a BMW assume o terceiro lugar, com 94.658 unidades, subindo 15%, ao passo que a Audi e a Skoda (também do Grupo Volkswagen) surgem em quarto e quinto lugares, respetivamente. A marca dos quatro anéis vendeu 74.561 unidases (+53%), mas em valor de crescimento foi batida pela sua congénere checa, que matriculou 71.789 unidades (+147%), fruto da chegada do Elroq, sobretudo.
Também a Renault teve um primeiro semestre muito competitivo, muito por “culpa” do 5 E-Tech, que tem sido um dos modelos de proa da gama. A marca francesa matriculou 64.402 unidades (+58%), ficando à frente da Kia (55.915 unidades; +60%) e da Mercedes (55.428 unidades; +5%).
Mais abaixo na tabela, destaque ainda para os aumentos registados por BYD (41.270 unidades; +143%), Cupra (31.372 unidades; +109%), Ford (35.239 unidades; +223%), Citroën (33.557 unidades; +185%), Mini (27.627 unidades; +204%), Porsche (18.192 unidades; +318%) e Xpeng (8.346 unidades; +273%).

Model Y retém liderança
Porém, se a Tesla caiu do topo da tabela das marcas mais vendidas no primeiro semestre, o Model Y, mesmo com a sua fase de renovação, conseguiu manter-se como o elétrico mais vendido dos primeiros seis meses. Mas, fá-lo assistindo-se a uma queda de 33% nas unidades vendidas, matriculando-se 68.801 unidades, ainda assim à frente do Volkswagen ID.4, do qual foram matriculadas 40.335 unidades (+38%).
O terceiro lugar é ocupado por outro Tesla, neste caso o Model 3, com 39.864 unidades (-33%), não havendo, no caso deste, mudança de gama que possa justificar a quebra nas vendas. Mas é depois que surgem mais dois modelos de destaque para a Volkswagen, com os ID.7 e ID.3 a venderem 38.113 unidades e 37.421 unidades, respetivamente, contribuindo então para o primeiro lugar da marca de Wolfsburgo.
Novidades chegadas ao mercado mais recentemente, os Kia EV3 (35.023 unidades), Renault 5 E-Tech (34.206 unidades) e Skoda Elroq (34.076 unidades) ocupam as três posições seguintes, valendo a pena notar que, no “top 10”, cinco dos modelos pertencem ao Grupo Volkswagen e a modelos com base na plataforma MEB.

Sandero dita leis
Abordando o mercado de forma mais geral, contabilizando todo o tipo de motorizações, o cenário é bem diferente, cabendo ao Dacia Sandero a liderança geral, graças às 128.842 unidades matriculadas no primeiro semestre – ainda assim, uma descida de 11% face ao mesmo período do ano passado.
O Renault Clio apresenta-se na segunda posição, com 122.489 unidades vendidas, crescendo 7%, ao passo que o terceiro lugar é ocupado pelo Peugeot 208, com 109.146 unidades, para um aumento de 2%.
O “português” Volkswagen T-Roc (é fabricado em Palmela, na Autoeuropa) surge na quarta posição, com 106.118 unidades, descendo 5%, e está à frente de outro modelo da marca, o Golf, do qual se venderam 104.162 unidades, uma quebra de 17%.
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