Corrida caótica não decide nada
- José Caetano
- 27 de jul.
- 3 min de leitura
No primeiro ePrix do fim de semana do Mundial de Fórmula E no ExCel de Londres, no ponto final nesta Época 11 do campeonato de monolugares elétricos, vitória de Nick Cassidy, da Jaguar, a segunda consecutiva em 2025 do piloto neozelandês e a terceira da escuderia britânica! Português António Félix da Costa (Porsche) apenas 14.º. Este domingo, decidem-se os títulos de construtores e equipas.

A penúltima ronda do Mundial de Fórmula E antecipava-se difícil para o português António Félix da Costa (Porsche), sobretudo depois de qualificação dececionante: somente 17.º. O circuito semicoberto montado no ExCeL de Londres, Inglaterra, é muito técnico e tem poucos pontos de ultrapassagem, combinação que “convida” ao… caos. E a corrida 15 de campeonato com 16 ePrix não foi a exceção à regra! E, entre os azarados do dia esteve, precisamente, o piloto de Cascais, que acabou na 14.ª posição, depois de paragem forçada nas boxes para mudar a asa dianteira do 9XX Electric.

No fim da corrida, à conversa com o E-AUTO, Félix da Costa confessou-se culpado pela má qualificação e lamentou os azares na corrida: “Ponho a mão no ar… Tomei decisões erradas, comprometi o ritmo e, aqui, o que fazemos mal, paga-se caro. A qualificação foi má, mas a corrida estava a ser positiva e estou convencido de que conseguiria pontuar, acabando em sétimo ou oitavo. Infelizmente, depois de ativar o segundo Attack Mode, o Oliver Rowland travou de forma inesperada, e não evitei toque no Nissan, que originou a perda da asa dianteira. Foi o ‘fim do dia’. Disse-me que teve um corte de potência, o que ainda vou reconfirmar. Qualificando-me mal, fico no meio das confusões e isto pode acontecer”, lamentou.
Félix da Costa, no entanto, também registou pontos positivos no primeiro ePrix do fim de semana em Londres e, por isso, alimenta a expetativa de domingo mais feliz do que sábado. “Ganhamos pontos aos nossos adversários nas lutas pelos títulos de construtores e equipas. Comecei este ano bem e pretendo acabá-lo da mesma forma, conseguindo um bom resultado e conquistando os dois campeonatos para a Porsche”, sublinhou.

O piloto português não confirmou, ainda, o adeus à equipa nem a mudança para a Jaguar. “Neste momento, é impossível afirmá-lo a 100%. A hipótese está na mesa, sim, não vou mentir, mas continuo sem poder garanti-lo de forma segura”. Todavia, António não tem dúvidas sobre o futuro. “Passa, garantidamente, pela Fórmula E e o regresso ao WEC [Mundial de Resistência], com a participação, também, nas 24 Horas de Le Mans”, concluiu, prometendo-nos mais certezas para breve.

Segunda vitória consecutiva de Cassidy (e terceira da Jaguar)
No primeiro ePrix do fim de semana em Londres, Inglaterra, primeira posição para Nick Cassidy, da Jaguar. O neozelandês ganhou pela segunda vez nesta Época 11, conseguindo-o de forma consecutiva, resultados que explicam o terceiro lugar no campeonato – na categoria, o piloto a caminho da Stellantis, para competir com a DS Penske ou a Citroën (a provável substituta da Maserati nas grelhas de partida!), passou a contar com 10 triunfos –, e a formação inglesa conseguiu-o pela terceira. O neerlandês Nyck de Vries (Mahindra) foi segundo classificado e o alemão Pascal Wehrlein (Porsche) terceiro.
“Não era o tipo mais feliz no fim qualificação [quarto classificado], por conhecer o potencial do carro e saber que podia conseguir resultado melhor, mas a equipa de estratégia da Jaguar preparou muito bem a corrida e proporcionou-me uma vitória incrível”, exclamou o neozelandês no final de ePrix que teve mais uma volta do que o planeado (38 em vez de 37), devido às intervenções do Safety Car conduzido por Bruno Correia, e paragens obrigatórias nas boxes para carregamentos das baterias dos monolugares elétricos (Pit Boost). O britânico Oliver Rowland (Nissan), depois de celebrar a conquista do título de pilotos no penúltimo fim de semana da época, em Berlim, na Alemanha, foi apenas 11.º e não pontuou.
Este domingo, para o ponto final no campeonato que arrancou a 7 de dezembro de 2024 em São Paulo, repete-se o programa de sábado, com qualificação às 12h20 e ePrix (34 voltas) às 17h05.

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