É a estreia da Dacia no segmento dos SUV compactos, categoria mais competitiva (e lucrativa!...) que a dos subcompactos, do Duster – terceira geração apresentada recentemente. Os automóveis foram desenhados em paralelo, mas o Bigster, para posicionamento diferenciado, apresenta-se mais bem equipado e tem mecânicas novas. Abertura das encomendas no início de 2025, início das entregas previsto só para o próximo verão.
A Dacia mantém-se no topo da lista de compras de automóveis novos dos clientes particulares no mercado europeu, por dispor de gama “à medida” das exigências e necessidades dos consumidores que privilegiam, principalmente, a racionalidade, independentemente dos progressos notáveis na perceção da imagem da marca, a razão por trás da expetativa de (mais) crescimento da rentabilidade da operação. A liderança no segmento B, por exemplo, confirma o sucesso da estratégia. E, agora, o fabricante romeno do Grupo Renault, com o Bigster, “ataca” o segmento C!
O SUV novo, até aos pilares B, é idêntico ao Duster
O Bigster, como todos os Dacia, baseia-se na plataforma CMF-B do Grupo Renault e, até aos pilares B, é idêntico ao Duster, mas o SUV novo, no frente a frente com o automóvel de que deriva, mede mais 25 mm de comprimento (4,570 m), 50 mm de altura (1,710 m) e 40 mm entre eixos (2,700 m). O aumento das dimensões traduz-se em progresso na liberdade de movimentos a bordo, principalmente nos bancos posteriores, e na capacidade da bagageira, que ganha 150 litros (total de 667, com os encostos traseiros na configuração normal, na vertical).
Este SUV introduz equipamentos novos no catálogo da Dacia, como as regulações elétricas dos bancos dianteiros, o comando automático da abertura e do fecho do portão, a pintura bicolor, a climatização com duas zonas de controlo autónomo da temperatura e, ainda, o tejadilho panorâmico, elementos que confirmam o “título” de topo de gama do Bigster. De série, todos os Bigster têm painéis digitalizados. As versões Essential e Expression partilham o sistema multimédia Media Display com monitor tátil de 10,1’’ no centro do painel, enquanto as Extreme e Journey contam com tecnologia mais moderna (Media Nav Live). Nas duas primeiras, monitores de 7’’ para a instrumentação. Na terceira e na quarta, a dimensão dos ecrãs aumenta para 10’’ e o potencial de configuração da apresentação das informações também é maior.
Na gama Bigster, motorizações eletrificadas novas, incluindo a ECO-G alimentada a gasolina e GPL. A unidade mais potente é baseada na que está no Duster, mas a capacidade da unidade a gasolina aumenta de 1,6 litros para 1,8, o que explica os 15 cv a mais – apoia-a duas máquinas elétricas, uma com 50 cv, outra com função de motor de arranque/gerador, bateria com 1,4 kWh de capacidade e, ainda, caixa automática. A segunda também deriva de unidade que equipa o SUV posicionado no segmento B, registando-se, todavia, um progresso de 10 cv – neste propulsor, a Dacia propõe um sistema “mild hybrid”, com rede elétrica complementar de 48 V. Na terceira,1.2 Turbo com tecnologia MHEV e 140 cv. Finalmente, 1.2 Turbo MHEV com 130 cv, caixa manual de 6 velocidades e tração integral – mais Terrain Control com cinco modos de condução: Auto, Snow, Mud/Sand, Off-Road e Eco. Anuncia-se até 1450 km de autonomia, devido à disponibilidade de dois depósitos (50 litros de gasolina e 49 de GLP) e aos consumos muito moderados.
A Dacia não divulgou objetivos de vendas para o Bigster no mercado europeu, mas Dennis Le Vot, diretor-geral da marca do Grupo Renault, durante a estreia mundial do modelo, que aconteceu em evento na cidade de Berlim, Alemanha, disse que o potencial é excecional, considerando que são vendidos, anualmente, cerca de 2,8 milhões de compactos na região e que o preço médio no segmento é de 35.000 €.
Nos primeiros oito meses de 2024, VW Tiguan no topo das vendas na Europa, com 118.772 unidades – na mesma lista, Dacia na 10.ª posição, com o Jogger (60,922), modelo com características muito diferentes do Bigster (e do Duster). Os dois SUV da Dacia são fabricados em Pitesti, na Roménia
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