Max Verstappen, em Red Bull-Honda RBPT, venceu a ronda 23 do Mundial de 2024. Grande Prémio do Catar, excitante, não decidiu a primeira posição no campeonato de construtores, mas “eliminou” a bicampeã em título. McLaren em vantagem, por somar mais 21 pontos do que a Ferrari.
A penúltima ronda da edição 75 do Mundial de Fórmula 1 prometia e a expectativa cumpriu-se, assistindo-se a corrida excitante de princípio a fim, com três períodos de Safety Car e duas mãos cheias de penalizações a contribuírem para resultados inesperados, nomeadamente a quinta posição de Pierre Gasly, da Alpine-Renault, e a oitava de Zhou Guanyu, da Kick Sauber-Ferrari (o primeiro projetou a escuderia francesa para o sexto lugar no campeonato de construtores, o que garante prémio de mais 30 milhões de euros do que o oitavo que a equipa manteve durante quase toda a temporada, enquanto o segundo e a formação que representa somaram os primeiros pontos de 2024).
“Estou feliz. Não tínhamos este nível de competitividade há muito tempo, embora o nosso ritmo de qualificação fosse superior ao que apresentámos nesta corrida”, disse o tetracampeão mundial, que Lando Norris, da McLaren-Mercedes, manteve sob pressão até muito próximo do final do grande prémio – depois, os comissários penalizaram-no com “Stop and Go” de 10 segundos, por não diminuir a velocidade sob bandeiras amarelas duplas, por existirem detritos na pista, o que representou, na prática, a perda de 36 s e “trambolhão” na classificação de segundo para 15.º… E terminaria em décimo, somando dois pontos, com o bónus pela autoria da volta mais rápida da corrida.
O incidente com Norris aconteceu após o aparecimento de retrovisor na travagem para a curva 1 de Lusail. O português Rui Marques, diretor de corrida, não acionou o Safety Car de imediato, decisão que também penalizou Carlos Sainz, da Ferrari, e Lewis Hamilton, da Mercedes, ambos obrigados a paragens não planeadas, com furos nos pneus dianteiros esquerdos dos monolugares. E a McLaren-Mercedes foi mais penalizada pelo erro de Lando do que a Ferrari pelo azar de Sainz – entrou no Catar com mais 24 pontos no Mundial de Construtores e saiu com menos três. No entanto, no mano a mano com os italianos pelo título de 2024, os britânicos ainda dispõem de vantagem confortável; paras as equipas, a corrida de domingo no Abu Dhabi, o ponto final na temporada, vale um máximo de 44 pontos.
“Ganhámos pontos à McLaren e adiámos a decisão do título para o Abu Dhabi. Era o nosso objetivo e cumprimo-lo, temos de sentir-nos satisfeitos», afirmou Charles Leclerc, da Ferrari, segundo classificado no Catar (passou a somar apenas menos oito pontos do que Lando Norris e, por isso, também está na corrida a segundo no Mundial de Pilotos). “Estou contente com este pódio, mas ambicionávamos outro resultado”, reconheceu Oscar Piastri, da McLaren-Mercedes, o terceiro em Lusail.
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