Ford Racing, não Performance

A Ford anunciou a mudança no nome da divisão desportiva de Performance para Racing, designação que a marca norte-americana entende encontrar-se mais alinhada com o aumento do investimento do fabricante baseado em Dearborn, nos subúrbios de Detroit, EUA, na competição automóvel, nomeadamente com o regresso à Fórmula 1 em 2026, como fornecedora de unidades de potência da escuderia Red Bull.

A mudança foi anunciada por Will Ford, diretor da divisão nova e bisneto do fundador da empresa, Henry Ford. Simultaneamente, apresentou-se logótipo novo. A marca, à participação da Fórmula 1, também prepara a entrada na categoria de topo (Hypercar) do Mundial de Resistência (WEC) e compete no Dakar.

“Em 1901, o meu bisavô, Henry Ford, conduziu um carro que construiu, chamado ‘Sweepstakes’ numa corrida contra o piloto mais famoso da América naquela época. Ele não era piloto, mas tinha de vencer. Naquele dia, se tivesse perdido, a Ford Motor Company talvez não existisse. E venceu”, disse Will Ford, adiantando: “Isto é muito mais do que apenas uma mudança de nome. É a reintrodução da nossa divisão de competição e representa uma forma nova de pensarmos no negócio, na marca e nos produtos que resultarão dos nossos esforços na competição”.

"Sob a única bandeira global da Ford Racing, os nossos engenheiros e ‘designers’ desenvolverão os nossos carros de estrada, de alto desempenho, juntamente com as nossas máquinas de competição. A tecnologia que permite ‘sobreviver’ à Baja 1000 encontrar-se-á no ADN do F-150 Raptor novo. As lições de aerodinâmica que aprendemos em Daytona e Le Mans serão incorporadas no sucessor do Mustang”, explicou. “O primeiro produto da Ford Racing será apresentado em janeiro de 2025”, concluiu.

Will Ford terminou o anúncio com declaração de intenções muito forte sobre os envolvimentos na Fórmula 1, no WEC e nas 24 Horas de Le Mans, no Dakar e em Bathurst: “Não queremos apenas competir. Queremos ganhar!”.