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Mitsubishi Outlander PHEV

Atualizado: 7 de ago.

A quarta geração do Outlander, a segunda com motorização PHEV que a Mitsubishi introduziu na Europa no outono de 2012, reposiciona a marca dos três diamantes no segmento médio (D). Este Sport Utiliy Vehicle (SUV) posiciona-se no topo de gama que contará com mais dois automóveis novos, e ambos compactos, ainda este ano. No adversário de Toyota RAV4 & Cia., 306 cv, quatro rodas motrizes e programa de condução elétrico com até 86 km de autonomia.


Mitsubishi Outlander PHEV

A Mitsubishi, durante os meses da primeira vaga da pandemia de COVID-19, o que não aconteceu por coincidência, seguramente, passou por momento complexo no mercado europeu. Primeiro, em julho de 2020, decidiu a suspensão da introdução de automóveis novos na região para conseguir reorganizar-se e reconcentrar-se no Sudeste Asiático, para mais lucros e menos prejuízos. Depois, em março de 2021, depois da assinatura de acordo com a Renault, anúncios da reversão da decisão e da produção de mão cheia de automóveis novos, a maioria produzidos pela marca do losango no Velho Continente, como o Colt baseado no Clio e o ASX derivado do Captur.

 

O programa de reintrodução da Mitsubishi na Europa está só na primeira fase, com 2025 a apresentar-se-nos como ano-chave para o sucesso de empreitada que tem quatro pilares: os segmentos B, C e D como “alvos”, as motorizações eletrificadas, os sistemas de assistência à condução e a conetividade. A marca, para o regresso à ação no Velho Continente, planeou gama com mais três automóveis. E, por isso, depois da introdução deste Outlander PHEV, Grandis novo, compacto baseado no Simbyoz da Renault, e Sport Utility Vehicle (SUV) elétrico que competirá, também, na categoria dos compactos.


Mitsubishi Outlander PHEV

O Outlander novo produz-se no Japão, mas tem arquitetura técnica competente e, por isso, reconhecida: a plataforma CMF-CD dos Renault Austral, Espace e Rafale, e dos Nissan Qasqhai ou X-Trail. Trata-se da quarta geração de automóvel na gama da marca dos três diamantes desde 2001 e que ganhou sistema híbrido Plug-In na terceira (2012), que sucedeu a automóvel produzido em colaboração com o PSA e como “gémeo” do Citroën C-Crosser e do Peugeot 4007. E os números das vendas no mercado europeu (mais de 200.000) e em Portugal (mais de 5300) demonstram o sucesso do pioneirismo da Mitsubishi na adoção de tecnologia muito importante para o cumprimento do objetivo de aumentar o ritmo do processo de eletrificação.

 

O Outlander de 2025, tecnicamente, é muito diferente do antecessor de 2012, que beneficiou de três modernizações durante ciclo de vida longo, com a mais recente apresentada em 2019. Neste automóvel, motorização PHEV com 200 cv e 332 Nm, até 52 km de condução em modo EV, de acordo com o protocolo de homologação NEDC que antecedeu o WLTP (o que representa, na prática, “apenas” 35 a 37 km!), por contar com bateria que tinha 12 kWh de capacidade e não admitia o recurso a carregamentos rápidos (corrente contínua), 170 km/h de velocidade máxima, 11 s na aceleração 0-100 km/h e, ainda, 1,9 l/100 km de consumo médio (o equivalente a 44 g/km de emissões de CO2).


Mitsubishi Outlander PHEV

O Outlander não é apenas novo. Comparado com o antecessor, diferencia-se quer pela imagem (exterior e interior), quer por contar com motorização PHEV bastante mais potente (306 cv) e eficiente (0,8 l/100 km e 19 g/km de CO2), por desfrutar de bateria com 22,7 kWh de capacidade, o que permite percorrer até 84 km de forma elétrica, de acordo com a homologação WLTP. Este sistema permite recargas com corrente alternada (0%-100% em 5h com 3,6 kW de potência) e corrente contínua (10%-80% em 0h26 com 50 kW)! A Mitsubishi apresentou o SUV já em 2021, mas o “sai-não sai” da Europa fez com que a introdução no Velho Continente demorasse cerca de quatro anos!… E, no 0-100 km/h, mais potência, mais rapidez: reivindica-se 7,9 s.


E esta motorização PHEV encontra-se mesmo entre os elementos diferenciadores do Outlander, também devido ao funcionamento silencioso do sistema que soma mecânica de 4 cilindros e 2 litros a gasolina (136 cv) a motores elétricos nos eixos dianteiro e traseiro (116 cv no primeiro, 136 cv no segundo). A condução também é muito agradável, com respostas suaves aos movimentos no pedal do acelerador. E também temos de elogiar o desempenho preciso e rápido da direção ou o trabalho da suspensão, por combinar capacidade acima da média de filtragem dos pisos, o que beneficia o conforto, com controlo correto dos movimentos da carroçaria nas transferências de massa, o que beneficia a agilidade, a estabilidade, a precisão e a segurança.



Este sistema de propulsão conta com quatro programas de atuação, do elétrico ao híbrido, com os dois que afetam, diretamente, a carga na bateria a terem impactos negativos nos consumos de gasolina, e também existem sete modos de condução (existem três para “fora de estrada”) que mudam os parâmetros de funcionamento do “pacote” híbrido Plug-In, da direção, dos travões e da tração integral (S-AWD). A intensidade do programa de regeneração da energia nas fases de desaceleração e travagem regula-se em patilhas no volante e, na consola, encontra-se botão para a ativação da capacidade máxima de retenção do automóvel. Este programa nunca pára a marcha do Mitsubishi, como acontece nos carros com sistemas One-Pedal, por abrandar a velocidade só até cerca de 10 km/h. Todavia, utilizando-o, trava-se menos frequentemente, sobretudo movimentando-nos, regularmente, em cidade.

 

O Outlander PHEV é topo de gama da Mitsubishi e tem o Toyota RAV4 como “alvo” preferencial em segmento dominado por clientes empresariais (e empresários em nome individual), o que explica o posicionamento comercial abaixo do limite para a redução do IVA (50.000 €) e no segundo escalão da Tributação Autónoma. A lista de concorrentes também inclui BMW X3, DS 7, Mercedes-Benz GLC e Volvo XC60. Em 2024, no mercado nacional, e somente nesta categoria, matricularam-se 5282 SUV, 80% eletrificados (a procura de PHEV aumentou 32%, a de elétricos diminuiu 26%). Existem duas versões: Intense (44.000 €+IVA) e Instyle (48.000 €+IVA).


Mitsubishi Outlander PHEV

Independentemente da versão, Outlander PHEV com garantias de 8 anos/160.000 km, cumprindo-se programa de manutenção que pressupõe inspeções anuais (ou a cada 20.000 km) num representante autorizado, e muito bem equipado de série, com bancos em pele e Alcântara, Head-Up Display, iluminação LED, jantes de 20’’, sistema de som Yamaha e portão elétrico, entre muitos outros itens. Já no topo de gama, pintura exterior bicolor, retrovisor interior digital, teto panorâmico em vidro, etc. No “smartphone”, na aplicação Mitsubishi Connect, acesso remoto a diversos programas do automóvel.

 

No painel de bordo do Outlander, monitores com 12,3’’ para a instrumentação e o sistema multimédia. A Mitsubishi também é adepta da digitalização, mas mantém comandos físicos no interior do SUV novo, sob o monitor no centro do “tablier” ou na consola entre os bancos dianteiros, o que facilita o acesso a diversos menus, o controlo da climatização ou da mudança de modo de condução. Mais: também no volante, botões convencionais em vez de superfícies táteis. Materiais e montagem são de qualidade, facto que não surpreende, considerando a origem do automóvel (“made in” Japão).


Mitsubishi Outlander PHEV

Finalmente, na capacidade de carga ou na habitabilidade, o Outlander PHEV soma mais pontos a favor – a Mitsubishi também produz este SUV com 5´2 lugares, mas a comercialização na Europa não está decidida. A mala tem 495 litros, capacidade que pode aumentar para 1422 litros com o rebatimento (muito fácil) dos encostos dos bancos traseiros, e todos os ocupantes do automóvel desfrutam de liberdade de movimentos, mesmo instalando-se nos lugares posteriores, que não permitem a regulação longitudinal dos assentos, recurso que encontramos até em produtos que competem em segmentos mais populares.


Mitsubishi Outlander PHEV

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