Nissan cancela gigafábrica de baterias no Japão

A Nissan desistiu dos seus planos para a construção de uma gigafábrica de baterias no Japão, registando-se assim mais uma alteração de planos no construtor japonês numa fase em que atravessa grandes problemas financeiros.

O terceiro maior construtor japonês, a Nissan, revelou que abandonou os seus planos para a construção de uma gigafábrica de baterias na ilha nipónica de Kyushu, de acordo com uma notícia avançada pelo jornal Nikkei.

A construção dessa fábrica destinava-se à produção de baterias de fosfato de ferro-lítio (LFP), mais sustentáveis e acessíveis do ponto de vista financeiro, naquele que seria um investimento de mil milhões de euros, gerando também cerca de 500 novos postos de trabalho.

No entanto, de acordo com uma informação obtida pelo Nikkei, os planos para a fábrica foram agora cancelados, citando uma declaração da marca. “A Nissan está a tomar medidas imediatas de recuperação e a explorar todas as opções para recuperar o seu desempenho. Após análise cuidadosa da eficiência do investimento, decidimos cancelar a construção de uma nova fábrica de baterias LFP na cidade de Kitakyushu, na província de Fukuoka”, lê-se naquele meio de comunicação citado pela Reuters.

Além disso, a Nissan vai avançar com um plano de reformas antecipadas na sua estrutura no Japão, de forma a baixar os custos associados com o pessoal.

Este plano faz parte da estratégia avançada no ano passado pela Nissan, a qual prevê a redução de cerca de 9.000 postos de trabalho. A Nissan enfrenta problemas financeiros e procura uma parceria para alavancar o seu negócio em virtude dos desafios atuais relacionados com o desenvolvimento de tecnologias eletrificadas e de “software”. A fusão com a Honda chegou a estar numa fase avançada, mas a mesma caiu por terra devido a diferentes pontos de vista quanto ao papel de cada marca na nova empresa.

Uma das consequências da quebra das negociações com a Honda foi o afastamento do diretor-executivo Makoto Uchida, tendo sido substituído por Ivan Espinosa, num anúncio feito em abril.