top of page
Foto do escritorPedro Junceiro

Renault termina programa de motores na F1

A Renault anunciou o final do programa de motores para a Fórmula 1, passando a Alpine a ser uma equipa-cliente naquela modalidade. Por outro lado, os recursos libertados irão ser alocados a outros programas desportivos, nomeadamente, no Mundial de Endurance (WEC) e no Dakar.



O projeto de motores da Renault na Fórmula 1 irá terminar no final de 2025 com a entrada em vigor do novo conjunto de regulamentos técnicos para a modalidade, o que tornará a Alpine numa equipa-cliente, previsivelmente, equipada com unidades de potência fornecidas pela Mercedes-AMG.

 

Com diversos rumores a circularem nos últimos meses relativamente ao potencial fim do programa de motores (o termo atual mais correto é unidades de potência) em Viry-Châtillon, foi agora confirmada a transformação desse local em infraestrutura de ponta com engenharia e tecnologia de ponta para outros programas de competição e, também, para aplicação nalgumas versões específicas de automóveis de produção.



Batizado de Hypertech Alpine, este centro de excelência em engenharia entrará em funcionamento no final de 2024 e, desde o início, trabalhará nos projetos de futuro do grupo Renault e da marca Alpine, mantendo-se neste caso o trabalho no desenvolvimento de projetos do WEC e do Dakar (aqui com os novos Sandriders).


Além disso, outro dos projetos a desenvolver pela Hypertech Alpine será o do futuro supercarro da Alpine, contribuindo para o seu desenvolvimento com investigação e desenvolvimento sobre células e novas químicas de baterias, em particular com a tecnologia de baterias de estado sólido. A este respeito, note-se que a Hypertech Alpine será responsável pelo desenvolvimento a curto e médio prazo das baterias dos automóveis desportivos da marca.


A longo prazo, estas equipas desenvolverão igualmente atividades de investigação e desenvolvimento avançado sobre a química das células de densidade energética ultraelevada, em particular com a tecnologia de baterias de estado sólido, em condições de funcionamento extremas para aplicações do tipo “Supercar”.



No mesmo sentido, terá a seu cargo novas tecnologias de motores elétricos, em colaboração com a Ampere, para se preparar para os avanços tecnológicos esperados na próxima geração de veículos elétricos.  


Unidade de acompanhamento da F1 

Curiosamente, não obstante a passagem para um patamar de equipa-cliente na Fórmula 1, a Alpine (através do Grupo Renault) irá manter uma unidade de controlo da modalidade, numa medida que foi tomada após processo de consulta e de diálogo com os representantes dos trabalhadores em Viry-Châtillon.



Recorde-se que, desde que surgiram os primeiros indícios do que estaria para acontecer, que os trabalhadores manifestaram descontentamento e preocupação com os seus empregos. Desta forma, a unidade agora criada para o acompanhamento da Fórmula 1 e dos seus regulamentos, irá manter os conhecimentos e as competências dos trabalhadores neste desporto. A cada colaborador envolvido no projeto será oferecida uma posição na Hypertech Alpine.


As atividades de Fórmula 1 em Viry-Châtillon, excluindo o desenvolvimento de um novo motor, continuarão até ao final da época de 2025.

 

Recorde-se que a Renault (ou, mais recentemente, a Alpine) está presente na Fórmula 1 desde 1977, destacando-se pelo fornecimento de motores a outras equipas. Foi com a Williams e com a Benetton na década de 1990 que alcançou os seus melhores resultados (seis títulos de Construtores e impulsionou cinco pilotos rumo ao título). No pecúlio, contam-se 12 títulos de Construtores (dois como equipa oficial, em 2005 e 2006) e 11 de Pilotos.

0 comentário

Posts Relacionados

Ver tudo

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page