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Sordo (Hyundai) vence Vidreiro e é campeão!

Dani Sordo, 42 anos, ganhou a oitava ronda do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), vencendo a prova de encerramento da temporada de 2025, o Rali Vidreiro Centro de Portugal organizado pelo Clube Automóvel da Marinha Grande (CAMG), e sagrou-se campeão nacional. Conseguiu-o num i20 N Rally 2, depois de impor-se ao norte-irlandês Kris Meeke (Toyota GR Yaris Rally2), por 0,8 s (!). Para o Team Hyundai Portugal, terceiro título consecutivo!


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A edição de 2025 do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) decidiu-se apenas na linha da meta e de forma apoteótica, após o duelo intenso protagonizado por Dani Sordo (Hyundai i20 N Rally2) e Kris Meeke (Toyota GR Yaris Rally2). Superiorizou-se o primeiro, que derrotou o segundo por 0,8 s, depois de nove “especiais” (e 102,84 km cronometrados) em asfalto. Em 2005, espanhol e norte-irlandês coabitaram na equipa belga Kronos Racing e, ao volante de Citroën C2 S1600, lutaram pela vitória no JWRC, “mano a mano” que também foi favorável ao piloto do país vizinho…

 

“Foi um ano muito difícil, considerando que era quase tudo novo para mim. Tive de adaptar-me a uma realidade que desconhecia, mas não baixámos os braços e, em colaboração com a equipa, desenvolvemos tudo o que pudemos no Hyundai i20 N Rally2. Felizmente, ganhámos e penso que merecemos o título. Adorei o desafio e, sobretudo, o duelo com o Meeke, que foi ao décimo de segundo neste rali”, disse o espanhol, piloto com carreira longa e bem-sucedida no Mundial (depois da estreia na Catalunha-2003, totalizou192 participações, três vitórias e 58 pódios).


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Armindo Araújo (Skoda Fabia RS Rally2) chegou à ronda de “todas as decisões” no comando do CPR, com mais quatro pontos do que Sordo e cinco do que Meeke. A tarefa do piloto mais-bem-sucedido na história do Nacional (oito títulos), sabia-se, era muito difícil, devido aos ritmos superiores do espanhol e do norte-irlandês. E a expectativa confirmou-se, com o português incapaz de lutar com os adversários e a cometer erros que hipotecaram até a presença no pódio do Vidreiro.


Sordo e Meeke, em contrapartida, mantiveram-se ombro a ombro de início a fim… O espanhol, em nove “especiais”, ganhou cinco, “contra” quatro do norte-irlandês, impondo-se num duelo que valeu a primeira posição no Vidreiro e o título de 2025! Para o Team Hyundai Portugal, equipa em ação no campeonato desde 2018, trata-se da quarta vitória de pilotos no CPR, a terceira consecutiva, com Dani a suceder a Armindo Araújo (2018), Ricardo Teodósio (2023) e Kris Meeke (2024). O espanhol acabou esta época com 161 pontos, mais sete do que o norte-irlandês e 24 do que o português.


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O Team Hyundai Portugal, no rali do CAMG, conseguiu outro resultado notável. Na estreia em asfalto com o i20 N Rally2, e carros com quatro rodas motrizes, o jovem Gonçalo Henriques conseguiu o segundo pódio da época (conseguiu o primeiro no Algarve), na terceira posição, à frente de Ricardo Teodósio (Toyota GR Yaris Rally2), Araújo e José Pedro Fontes (Citroën C2 Rally2), demonstrando que já geração nova com ambição de protagonismo e talento nos ralis. “Incrível. Fizemos a nossa prova e pensámos apenas passo a passo. Esta estratégia, felizmente, foi bem-sucedida! Conquistar um pódio na estreia em asfalto com um carro de tração integral deixa-me mais do que feliz… Oxalá possa repetir esta experiência no futuro”, exclamou o piloto de 27 anos, que terminou a 1.01,4 m de Sordo.


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Henrique Moniz (Peugeot 208 Rally4) impôs-se entre os participantes no CPR 2RM, vencendo, entre outros, o campeão Ricardo Sousa (Peugeot 208 Rally4), acabando o Nacional com 128 pontos, menos sete do que o primeiro classificado. Francisco Fontes, filho de José Pedro e neto de Rufino Fontes, dois nomes sonantes dos ralis no nosso País, comemorou a primeira vitória da carreira desportiva, aos 18 anos (e ao quinto rali), ganhando o FPAK Júnior Team num Lancia Ypsilon Rally6.


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“Tudo em aberto para 2026” 

O Team Hyundai Portugal comemora o terceiro título consecutivo no CPR, mas o plano para 2026 continua por anunciar, desconhecendo-se, ainda, se o projeto iniciado já em 2028 é para manter. Jorge Costa, Diretor de Operações da Hyundai Portugal, falou com E-AUTO sobre o título de Sordo e o presente e o futuro da marca no Nacional de Ralis.

 

P. O Dani Sordo é campeão e o Team Hyundai Portugal assegura o título de pilotos pela quarta vez, terceira consecutiva. Sentimentos?

R. – Orgulho e missão cumprida… Estas conquistas confirmam a consistência e a força do projeto Team Hyundai Portugal e do i20 N Rally2. Devemos os sucessos à capacidade e ao talento de pilotos e copilotos, ao trabalho notável de toda a estrutura, e também ao apoio dos nossos parceiros. A vitória do Dani Sordo e do Candido Carrera neste rali, e a terceira posição do Gonçalo Henriques e da Inês Veiga, refletem o ADN da nossa marca e a importância do espírito de equipa e do investimento na inovação.


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P. – O projeto é para a continuar em 2026 ou ainda estão a pensar no futuro da equipa?

R. – Está tudo em aberto, ainda estamos a definir o próximo ano. Neste momento, posso só dizer que projeto é muito bom para nós, por trazer-nos visibilidade, o que devemos ao facto de termos conseguido atrair bons pilotos, incluindo do WRC. Este ano, com apoio da Federação, também iniciámos uma aposta nos jovens, igualmente bem-sucedida. O futuro da equipa talvez passe por aqui. Esta modalidade precisa de gente nova, como o Hugo [Lopes] e o Gonçalo [Henriques]. É outro projeto ganhador importante para tudo o que a marca ambiciona em comunicação, projeção e posicionamento no mercado. O que sabemos, neste momento, é que temos diversas possibilidades: se mantivermos o programa, apostamos nos jovens ou continuamos a combinar experiência e juventude.


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P. – Hyundai e Toyota coabitam sob o mesmo “teto” em Portugal, mas são adversárias no CPR? Considerando os investimentos a que estes projetos obrigam, isto faz sentido?

R. – A entrada de marcas no CPR é boa para todos. Aumentando-se a competitividade, ganha o campeonato e ganha a Hyundai! Os custos são determinantes nestas decisões, é verdade. Por isso temos de ponderar muito bem todos os fatores antes de tomarmos quaisquer decisões. Cada equipa tem objetivos e persegue-os. As marcas são distintas, ambas querem ganhar, o que traz animação ao Nacional. Como trazem a projeção que têm no WRC, somam dimensão e valor à competição.


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P. – Estão satisfeitos com o contributo do Dani Sordo?

R. – É campeão nacional. Sim, confrontámo-nos com diversos desafios durante o ano e o Dani Sordo contribuiu, decisivamente, para os progressos que conseguimos. Tivemos sempre o piloto que precisávamos.

 

P. – Existem conversas com a Hyundai Motorsport sobre desenvolvimentos neste i20 N Rally2? O Toyota GR Yaris Rally2 é mais recente e, teoricamente, tem potencial maior…

R. – Não temos nada definido, mas sabemos que a aposta se mantém no i20, sabendo-se, no entanto, que este carro precisa de continuar a evoluir. E é possível fazê-lo, como vimos este ano no CPR.

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