Os cerca de 1000 trabalhadores temporários na fábrica da Volkswagen em Zwickau, Alemanha, não deverão ver os contratos renovados no final do próximo ano.
A Volkswagen não deverá renovar o contrato de trabalho com os cerca de 1000 trabalhadores temporários da sua fábrica de Zwickau. De acordo com a publicação alemã Freie Presse, os contratos, com término definido para o final de 2025, não serão renovados. A decisão justificar-se-á, avança a notícia citando um porta-voz da marca, pelo reduzido número de encomendas, quase inalterado desde os últimos meses.
"Sentimo-nos desiludidos pelos políticos e pelo Conselho de Administração"
Os funcionários afetados já reagiram em carta aberta dirigida à administração de topo da empresa, bem como aos representantes federais e estatais, na qual responsabilizam a gestão do Grupo e a classe política pelo declínio registado e a atual situação delicada em que foram colocados. "Sentimo-nos desiludidos pelos políticos e pelo Conselho de Administração [...], agora temos de pagar por este fracasso. Os nossos colegas efetivos na empresa também vivem e trabalham atualmente na incerteza", pode ler-se no documento.
As duas linhas de produção da fábrica de Zwickau têm vindo a trabalhar com dois turnos desde setembro, prescindindo do turno noturno. Passaram, assim, a ser necessários menos funcionários, ainda que, de acordo com um porta-voz da marca, a empresa pretenda manter uma certa flexibilidade para o caso da situação se inverter.
No passado mês de julho trabalhavam em Zwickau cerca de 9.400 pessoas. Em comparação, antes de a fábrica ser convertida numa unidade de produção de automóveis exclusivamente elétricos, trabalhavam ali entre 6.500 e 7.500 funcionários. A fase de recrutamento em grande escala teve início em 2019. Recorde-se que modelos como o Cupra Born, Audi Q4, Volkswagen ID.3, ID.4 e ID.5 são produzidos em Zwickau.
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